Capítulo 06

Espero que seja algo importante pra você me tirar da cama, irmãozinho.

- E eu espero que você esteja bastante acomodado em sua cama, meu querido irmão, porque você não vai acreditar na coincidência que acabou de me acontecer.

- Desembucha, Nicola, quero voltar logo pro meu sonho.

- Aposto que estava sonhando com a morena do restaurante, né seu pervertido?

- Cala a boca e fala logo o que fez com que você me ligasse de madrugada.

- Acabei de encontrar com Diego Rossi aqui na boate.

- O QUÊ? E VOCÊ VEM ME AVISAR AGORA, PORRA?

- Você não queria que eu matasse o cara no meio da boate, né Riccardo? Se acalma, meu irmão, senão vai morrer antes mesmo de se vingar. Então, como eu disse, Diego estava na boate até agora a pouco. Eu o vi entrando num carro preto e ir embora. Agora, se segura pra não cair, porque agora que vem a grande cereja do bolo: Diego Rossi é o cara do restaurante, marido da sua putinha.

Nesse momento, Riccardo teve um segundo de apagão. Lembrou da cara do homem com o qual teve um breve desentendimento no restaurante mais cedo. Então era aquele o responsável por tirar a vida do seu pai?

- Riccardo, ainda está na linha?

- Oi, sim, estou aqui.

- Respira irmão, que ainda não acabou. A mulher que estava ao seu lado mais cedo é sua esposa, Giovanna Denaro, filha do advogado que limpa o rastro da turminha do Rossi aqui em Nápoles. Um homem bastante rico e influente politicamente.

- Só uma pergunta: de onde você tirou todas essas informações?

- Por incrível que pode parecer, eu conheci uma linda jovem que soltou o nome de Diego no bar e eu acidentalmente ouvi. Depois disso, bastou alguns copos de whisky para que eu conseguisse todas as informações que eu precisava.

- Nicola Salvatore fazendo sua primeira vítima em Nápoles. – Disse Riccardo enquanto se levantava da cama e caminhava em direção à janela do quarto. – Obrigada, irmão, tais informações foram de bastante utilidade. Agora, divirta-se com sua garota, mas não perca o foco.

Encarando o céu coberto pela noite, Riccardo se parou pensando na mulher que o estava deixando louco e que acabara de ganhar um nome: Giovanna Denaro. “Se ela ficar viúva não estarei cometendo nenhum pecado, não é mesmo?” Pensou no seu íntimo.

Quando percebe o toque de suas mãos subindo pela lateral de seu corpo, Giovanna automaticamente se encolhe de medo. Ela podia sentir o cheiro da bebida e do cigarro impregnado nas roupas de Diego, que estava lhe apalpando, querendo que ela fosse sua mulher e lhe desse prazer.

Ela não entendia o motivo dele fazer isso com ela: se não a amava, porque não a libertava? Ela jamais se incomodou que ele saísse com outras mulheres enquanto estava na rua. Sabia que ele trans*va por aí sem pudor algum, que participava de tudo quanto é tipo de festas privadas em boates, hotéis e prostíbulos.

Montando por cima de Giovanna, Diego foi levantando suas roupas e as usando para tampar seu rosto, deixando-a com um pouco de dificuldade para respirar. Ouviu quando ele tirou sua calça , afastou suas pernas e a penetrou fundo, sem nenhum tipo de cuidado pra que ela não se machucasse.

Não tinha um dia em que Diego não a obrigava a tr*nsar com ele. Afinal ela era sua mulher, objeto de seu prazer, a quem tinha que obedecer em tudo para não ser castigada. Giovanna procurava pensar em coisas felizes para que pudesse suportar todo o tempo que ele estava dentro dela.

Quando fechou seus olhos, pela primeira vez ela pensou no homem do restaurante: aquele belo par de olhos claros, corpo másculo, com algumas tatuagens ao longo dos braços. Ao pensar nele, Giovanna sentiu seu corpo reagir, sentiu um formigamento estranho no meio de suas pernas, que ela tinha certeza de que não vinha de Diego.

Ligando um sinal de “alerta” mental, Giovanna achou por bem parar de pensar no homem e focar em como fugir do demônio do seu marido. Enquanto recebia as estocadas de Diego, ela passava pela milionésima vez seu plano em sua mente.

- Tem que dar certo, Giovanna, você não pode se permitir errar. Meu Deus, me ajude amanhã, m permita-me que eu consiga fugir desse monstro. – Clamou mentalmente.

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