Quarto

No centro de Zerkir

– Eu vou atrás dela – afirmou Owen.

– Está tão preocupado assim? – alfinetou Cateline, com deboche em seu tom de voz.

– Estou mais preocupado com o povo de Suyare, isso sim – Owen lançou um olhar de canto à Gildor.

– Você tem razão, Owen. Vá de uma vez, nós vamos colocar algumas coisas no lugar por aqui – Gildor deu de ombros e usando sua magia ancestral começou a consertar algumas casas que foram destruídas, juntamente a Cateline.

Owen se transformou em corvo (algo que todo vampiro consegue fazer), em pouco mais de cinco minutos também estava lá.

Foi quando ele viu Sigard Denner, o guerreiro mais destemido de Suyare avançando com Martha, sua conhecida lança para cima de Salya, que estava com um sorriso malicioso em seu rosto.

Antes que a lança pudesse alcançá-la, Owen parou Martha com as palmas de suas mãos, e olhou bem dentro dos olhos verdes e brilhantes de Sigard.

– O que pensa que está fazendo? – perguntou Owen, ruidosamente.

– Vocês estão invadindo o meu reino, eu quem lhes pergunto, o que significa isso?! – Sigard esbravejou fortemente, era uma rapaz jovem e forte, pelos seus 19 anos de idade e já era um herói para Suyare.

Owen tentou usar sua magia de desintegração mas não funcionou na lança, mas manteve sua expressão neutra, aquilo com certeza fora fruto de uma fortificação com pó de dimitria.

– Vocês começaram essa batalha sem sentido, mandando seus homens para atacar os líderes de Zerkir – disse Owen, friamente. A escuridão pairando em seus olhos âmbar.

– Isso não é possível... eu... – Sigard tentou explicar mas foi interrompido por Salya.

– Eu não quero ouvir os seus motivos, o que você viu hoje é apenas uma pequena amostra do que sou capaz de fazer, e também um aviso... – ela puxou a corrente que estava presa no rosário o levando até ela. O rapaz estava imobilizado pois aquela corrente drenava a força e a energia de quem nela estivesse preso, perdendo também sua vontade de lutar. Ela então parou o rosto dele em frente ao seu, fixou os olhos nos dele e aproximou suas bocas, e só então começou a sugar a alma dele como numa meticulosa cena de teatro.

– Pare com isso, sua maldita! Pare agora! – gritou Sigard, que logo foi golpeado por Owen, que aproveitou do seu momento de descontrole para lhe enfiar uma adaga nas costelas.

– Você não vai impedi-la de se alimentar, só os demônios sabem o quão mal humorada ela fica quando tem fome – Owen sussurrou no ouvido de Sigard e em seguida mordeu o seu pescoço, despejando uma grande quantidade de seu veneno na corrente sanguínea dele – Eu sei que vocês estão consumindo pó de dimitria, mas essa quantidade de veneno ainda vai te surtir alucinações e muitas dores indesejadas.

Owen deixou o homem ali de joelhos no chão, sentindo seu corpo adormecer enquanto saboreava uma tenebrosa agonia, enquanto observava o corpo do Rosário cair no chão sem vida.

– Nós estamos protegendo o reino de Zerkir a partir de agora, lembre-se disso e bem... você fica muito melhor assim, de joelhos – Salya disse cruelmente e então sorriu.

– Vamos querida – Owen lhe estendeu a mão e Salya segurou. Ele invocou um falcão e a ajudou subir junto com ele.

Ambos rasgaram os céus em direção a Zerkir, havia uma tensão nítida entre eles, algo mágico, leal e sensual.

– Eu não preciso ser salva, Owen – sussurrou Salya no seu mesmo tom sensual e provocante de sempre, pois sabia que Owen a escutava muito bem.

– Aquilo foi... um gesto de boa fé, querida imperatriz – ele a olhou e sorriu. Ela permaneceu mirando o céu.

– Eu irei lhe ajudar, Owen – ela o olhou de canto.

– Porque? – perguntou curioso.

– Você ainda tem utilidade para mim – ela o olhou e sorriu de forma maligna, seus olhos brilhando em pura maldade.

– Você me amedronta, imperatriz. – sussurrou Owen de forma sedutora e sorriu.

Cinco minutos depois eles chegaram no castelo do lorde, e bem na entrada estavam Kiara e Vlad, de mãos dadas, conversando bem intimamente.

– Interrompo alguma coisa? – disse Salya, com petulância e deboche enquanto descia do falcão. Apenas na intenção de provocá-los.

– Milady! – Kiara soltou as mãos de Vlad e foi em direção a Salya e Owen, que não estavam muito distantes – Porque não me levou junto com você?!

– Não foi necessário querida, vejo que esteve se entretendo enquanto estive fora – retrucou Salya fazendo beicinho.

– Oras, não seja assim imperatriz, as crianças gostam de se divertir quando os pais saem! – Owen falou com ironia e ergueu as mãos em sinal de rendição quando Salya tornou a olhá-lo.

– Senhor, a festa ainda está rolando – disse Vlad com hesitação, um tanto intimidado pela presença de Salya, com o rosto levemente corado.

– Ótimo, estou faminto! – Owen sorriu e passou a língua em cima dos lábios.

– Eu estou me retirando, e você Owen... – Salya o olhou de forma penetrante.

– Tenha piedade de mim! – ele uniu as sobrancelhas confuso.

– Amanhã a noite, você irá tomar banho comigo, na minha terma. Nós temos um assunto importante a ser tratado – Salya se ergueu do chão, batendo suas asas negras e olhou para Vlad.

– Se certifique de que ela chegará ao meu palácio em segurança, ou então você será o meu novo cachorrinho – ordenou seriamente, e então sumiu rapidamente em direção ao seu castelo.

– Senhorita Kiara, que horas a sua mestra costuma tomar banho na fonte termal? – Perguntou Owen, visivelmente confuso. — Como ela pode intimar as pessoas e sair dessa forma... — reclamou baixinho.

– Às onze da noite, Milorde – Kiara respondeu graciosamente. — É o jeitinho doce dela, não se preocupe.

– Mestre, vai precisar de mais alguma coisa? – perguntou Vlad, eufórico e louco para ficar a sós com Kiara, o que era claro para todos que ficassem por um minuto com eles.

– Não! Vamos ao castelo, estou faminto – disse Owen animado.

...----------------...

No conselho de Suyare

– Como ela ousa?! – Claude Monett, um dos magos protetores do reino e líder do conselho disse raivosamente enquanto dava um soco na mesa. – Ela é incrivelmente odiosa e repugnante – concluiu Claude.

– Senhor Claude, ela não só é odiosa como também é extremamente poderosa – Sigard acrescentou, estava um tanto intrigado enquanto mordia o canto do lábio.

– Nós precisamos de algo para combater a imperatriz bastarda, ela de longe é a mais perigosa de todos ele – com seu ar sombrio e misterioso falou, o Capitão North.

– Mas fomos nós que começamos tudo isto, estou errado, Capitão North? – indagou Sigard, se sentindo enganado pelos próprios colegas.

– Fomos nós sim, precisávamos testar o poder de Zerkir, e agora já sabemos que os líderes do solstício não são grandes coisa – North respondeu secamente.

– E perdemos três bons homens por isso, por nada, não nos defendemos, apenas atacamos gratuitamente! – Sigard se levantou abruptamente – Isso foi de extrema imprudência liderado pelo senhor, Capitão!

North se levantou furioso e encarou Sigard nos olhos, que sustentou o olhar dele firmemente, mas então o mago Claude se levantou e disse com firmeza:

– É o suficiente por hoje, usem essa energia para organizar soluções para os nossos problemas, e não para criarem ainda mais, a reunião está encerrada.

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Comments

Mayumi chan

Mayumi chan

aiai esse Owen

2023-03-22

0

Mayumi chan

Mayumi chan

Quero um pra mim por favor

2023-03-22

0

Mayumi chan

Mayumi chan

Aiai essa Cate

2023-03-22

0

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