Terceiro

Chegando no Lar do Solstício, os conhecidos como bastardos ficaram surpresos com a destruição ao redor, e também com as habilidades do ditos Três Rosários.

Estes que eram três soldados de classe especial do reino de Suyare, os mesmos que estavam ameaçando o lorde Dominic. E que agora, estavam promovendo um ataque direto aos líderes do clã dos humanos em Zerkir.

– Eu encontrei um deles aqui no chão, está sem vida – disse Cateline enquanto verificava o pulso do agora falecido, Jonah Cainan.

– Os outros estão dentro do edifício – Disse Owen.

Os quatro então foram rapidamente até a sala principal onde dois dos Líderes do Solstício estavam lutando arduamente contra os três rosários, Zaaf com sua magia de fogo e Malik com sua magia de água, fizeram a combinação perfeita para criar uma névoa densa onde eles tinham um pouco mais de vantagem devido a sua minoria.

Mas aquela névoa não era só uma vantagem pois os soldados também eram treinados para serem furtivos e os ataques vinham completamente do nada. Quando Malik iria ser atingindo pela magia de cristal de um dos Rosários, Cateline imediatamente parou a magia dele. Levantando uma densa parede de água bem na frente de Malik, e devolvendo o ataque. Em seguida, começou a cantar para o rosário, que ficou hipnotizado e perdeu as forças gradativamente.

– Não os matem por favor, precisamos retirar informações! – gritou Zaaf, o ódio vazando pelos seus poros.

Owen por sua vez alcançou o rosário usuário de magia com espelhos, com sua velocidade e ouvidos apurados quebrou todos os espelhos na sala principal e agarrou o rosário pelo pescoço, sem lhe dar chances o mordeu, despejando um pouco de seu veneno na corrente sanguínea dele e saboreando o seu sangue, até ele desmaiar.

Após ver toda essa cena que aconteceu rapidamente, o último rosário correu, ou melhor, tentou. Até que bateu de frente com o cachorrinho da Salya.

– Você gosta do Cerberus? – ela falou no seu tom mais sedutor e malicioso.

– Que diabos é esse monstro?! – gritou o último rosário e então o cão começou a latir.

– Acho que ele não gostou de você, mas vai ser melhor se você não correr. – Salya disse cruelmente, então caminhou até o rapaz, seu par de saltos compondo uma doce melodia carregada de sua mais pura intenção assassina. Quando estava exatamente na frente dele, o olhou nos olhos e sorriu.

– Do que está rindo, seu demônio maldito! – gritou o homem, bem no rosto dela, e um pouco afastado deles observando tudo, Owen exclamou: – Grande erro!

– Ajoelhe-se – ordenou Salya, friamente.

– Eu jamais me ajoelharia para um demônio nojento como você – o rosário desafiou.

– Tesouro... – ela falou, tão baixo que parecia um sussurro. No rosto dela um sorriso sádico e em seus olhos só habitavam a escuridão e a sede por divertimento. E o cachorro correu, até as pernas do homem onde deu uma bela mordida, e o fez cair de rosto no chão.

– Ahh!!! Pare por favor! – suplicou o rapaz.

– É o bastante, tesouro. – Ela falou para o cachorro, que se sentou no chão ao lado dela. – Isso poderia ter sido mais fácil, você deveria saber que diante de uma imperatriz tem de se curvar e falar apenas quando lhe permitir.

– Impressionante, querida – Disse o lorde Dominic que em seguida tocou no ombro dela cuidadosamente, pois aquela aura maligna e perigosa ainda pairava ao redor dela.

– Não fique tão feliz, farei isso com você a próxima vez que me convidar para o seu maldito baile – Salya responde, no seu tom sedutor e despreocupado de sempre. E Owen sorriu, pois sabia que ela tinha voltado ao normal de novo.

Zaaf e Malik após se recuperarem com ajuda de Cateline se uniram aos quatro.

– Nós agradecemos muito a cooperação de vocês, infelizmente não conseguimos salvar o nosso irmão Jonah. – Disse Malik entristecido, mas ainda tentando manter a postura firme de irmão mais velho.

– Agora o reino de Suyare sabe que a proteção do reino não é das melhores na capital, está na hora de se submeter, Malik. – disse Owen diretamente, os olhos intensamente cravados nos de Malik.

– Não sei como os cidadãos irão lidar com isso – Respondeu Malik, um tanto obstante.

– Vocês são os líderes deles, ensine-os a se submeterem como nós tivemos que nos submeter, quando vocês humanos, escravizaram o meu povo! – exclamou Gildor, sua voz calma e serena transmitindo o mais puro rancor.

– Querido, por favor... – Cateline entrelaçou seu braço a Gildor.

– Eu sei que precisamos de proteção mais do que nunca, se eles se atreveram a fazer este tipo de ataque, é certo de que mais ataques virão. – Malik, respondeu um tanto preocupado.

– Então iremos assumir daqui – respondeu Salya, olhando para os dois irmãos com superioridade – Vocês sabem muito bem, que só estavam a frente do reino todo este tempo, porque nós permitimos.

– Eu não concordo com isso, é loucura irmão! – disse Zaaf, incrédulo porém congelado, devido a pressão que àqueles quatro líderes de suas raças emanavam.

A aura densa e perturbadora de Salya começou a se manifestar ao redor dela, suas unhas se transformaram em garras afiadas, e todos ao redor dela começaram a se sentir enfraquecidos.

– Esse pequeno sabor do seu poder já é o bastante, imperatriz. Nós já entendemos. – disse Malik, com a mão sob o estômago, pois estava sentindo um leve desconforto. E depois olhou de forma repreensiva para Zaaf, que era o mais novo dos irmãos.

– Você é um humano, mas é um humano inteligente. Agora, precisamos mandar um recado para Suyare – interferiu, Gildor.

– Vamos mandar um deles de volta, sob o poder de hipnose da Cateline – disse Owen.

– Não vai funcionar para assim tão longe – Cateline deu de ombros.

– Eu mesma faço isso, sozinha – disse Salya, entre os dentes, mas se sentindo eufórica.

Em seguida ela foi até o rosário que seu cãozinho havia atacado, e usando uma de suas especialidades, correntes demoníacas, o prendeu no pescoço e começou a puxá-lo.

– O que você pretende fazer? – perguntou Owen, com os olhos brilhando e um sorriso animado.

– Ninguém ataca o meu maldito reino e sai só com arranhões, só nós podemos causar transtornos aqui! – Salya exclamou, um pouco de raiva vazando de seu tom afiado.

– Ela vai pessoalmente levá-lo até Suyare – disse Cateline, com os olhos arregalados.

– Até mais, queridinhos – Salya colocou suas asas para fora, prendeu o rapaz numa cúpula mágica e seguiu para Suyare, numa super velocidade, aproveitando a noite estrelada em Zerkir e o vento agradável em seus cabelos.

Cerca de cinco minutos depois ela aterrissou no centro de Suyare, o rapaz ainda estava preso na cúpula. Salya evocou seu poder mais uma vez e disse: 'Levantem-se meus doces servos', em seguida ela lançou algumas correntes no chão da capital de Suyare, abrindo cinco fendas, de onde começaram a sair demônios menores, os de baixo poder e inteligência.

– Vão e brinquem queridos! – ordenou Salya, sua magia escura e densa pairava no ar de Suyare, enquanto ela ria e se deleitava ao ver o estrago que estava causando.

Logo alguns cidadãos começaram a sair de suas casas e lutar com os pequenos demônios, alguns gritavam em agonia, mas os demônios da imperatriz não tinham ordem para matar, apenas para brincar e assim foi feito.

– Você vai pagar por isso, você vai! – disse o rosário de dentro da cúpula.

– Eu posso arrancar a sua língua, se continuar a falar comigo sem permissão – Salya desdenhou do rapaz enquanto admirava o próprio estrago que estava causando.

Mas logo um homem alto e forte, de vestes limpas e portando uma lança pesada investiu um ataque contra Salya.

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