Cap. 18 - As bruxas

o dia de Sofia foi extremamente pesado por causa dos conflitos internos que começaram com a mensagem da  chegada da mãe. Não conseguiu se concentrar no trabalho na hora do almoço não teve fome.

Estava Heitor estava intrigado com aquela situação pois a relação que tinha com a mãe era intensa, cheia de amor e carinho, e não conseguia entender como a mãe de Sofia poderia deixar ela naquele estado.

O dia de Sofia foi improdutivo, não conseguiu pensar em nada criativo. Faltava uma hora para o final do dia de trabalho quando o telefone de Sofia começou a tocar. Sentiu um arrepio ruim ao ver o nome da mãe na tela do aparelho.

_ Mãe...

Onde você está? perguntou Cristina brava quando Sofia atendeu a ligação. Já tem meia hora que eu e a Debora estamos esperando você enfrente a sua casa.

_ Mãe, eu ainda estou no trabalho sabe disso.

O que? gritou Cristina do outro lado da linha. você sabia da nossa chegada deveria estar aqui para nos receber.

_ Mãe... como a senhora não disse que horas chegaria a minha casa, pensei que sabia que esse horário estaria no trabalho.

_ Pensou errado como sempre, venha para cá agora, estou mandando.

_ Estarei em casa daqui a pouco...

_ É o que eu espero. Falou Cristina deslizando na cara de Sofia. Sofia respirou contando até 10 tentando ficar calma depois daquela conversa que teve com a mãe imaginando como seria quando se encontrassem.

Vamos, preciso chegar em casa mais cedo, minha mãe já está enfrente a minha casa. Falou com Heitor totalmente sem animo deixando Bruna preocupada, raramente Sofia ficava assim.

Cuide Heitor...

_ Fique tranquila Bruna, eu vou cuidar dela. Falou indo atras de Sofia.

_Mãe, por que temos que ficar na casa daquela idiota, temos dinheiro para ir para um hotel cinco estrelas. Questionava Debora entediada de ficar dentro do carro.

_ Temos que estar  perto da Sofia, saber o que ela anda aprontando na empresa e ficando aqui, posso pressioná-la todos os dias até que ela não aguente mais... vamos fazer da vida dela um inferno até que ela não consiga mais negar que eu estou pedindo, e mesmo que seja obrigada, ela terá que  me dar o dinheiro que eu mereço.

_ Certo, e o tal namorado? Cristina riu da pergunta de Débora.

_ Duvido dessa história. Sofia sempre foi tímida, lembra quando ela contou que perdeu a virgindade quando entrou na faculdade, foi tão engraçado que ela ficou com vergonha quando eu comecei a rir. Namorar sempre difícil para ela imagina morar com o namorado. E se acaso ele existir, temos que nos livrar dele o mais rápido possível, nada pode atrapalhar nossos planos e se isso não der certo já sei o que fazer. Um sorriso maldoso tomava conta dos lábios de Cristina.

_ Eu posso seduzi-lo, vou adorar tirar mais um namorado dela como sempre faço, ainda mais se ele for bonito e atraente.

_ Em breve saberemos se ele existe ou não. Cristina enviou mensagens para apressar Sofia.

Sofia estava angustiada, a volta para casa demorou mais do que imaginava por ter que pegar Luck na creche.

Quando chegaram, o carro de Cristina entrou na garagem atrás do de Sofia e ela já desceu com a cara fechada.

_ Mais uma hora  que fiquei esperando, isso que você disse que chegaria rápido. Sofia se sentiu acuada com o tom da voz da mãe e Heitor surpreso ao ver a forma agressiva como Cristina falava com Sofia, e isso lembrou a forma com Marcus sempre o tratou. Abriu a porta e Luck desceu começando a latir Cristina e Débora que descia do carro. As duas com medo do cachorro voltaram correndo para o carro sem observarem a presença de Heitor.

Tire essa peste de perto de mim. Gritava Débora histérica.

Por favor Heitor, leve o Luck para a área de serviço por enquanto. Pediu e Heitor conseguiu convencer Luck a ir com ele.

_ Mãe...

_ É assim que você me recebe, deixando seu cachorro me atacar?

_ Não é isso... Cristina não deixava Sofia falar.

_ Espero que ele fique longe de nós durante o tempo que  ficaremos aqui. Heitor voltou para garagem e prestava atenção em Cristina e no sorriso debochado de Débora ao ver a mãe brigar com a irmã, era estranho para ele ver uma mãe tratar a filha daquela forma, sendo que sua mãe era só amor por ele. Parecia mais com uma madrasta do que uma mãe, pensava entendendo e concordando  com o apelido dado por Bruna, realmente eram duas bruxas.

_ Estou morrendo de fome, espero que tenha algo para comer nessa casa.

_ A senhora sabe que eu tenho empregada, só a moça que vem fazer a faxina...

_ Então quer dizer que eu acabei de chegar de viagem, cansada e tenho que sair para jantar fora?

_ Posso pedir comida pelo app.

Não estou acostumada a comer porcaria. A partir de amanhã minha empregada vai trabalhar na sua casa e vamos ter comida descente aqui. Sofia não conseguiu mais ficar calada.

Olha a senhora escolheu vir para a minha casa, estou te recebendo de bom grado, mas sabe como eu vivo, sabe como eu penso e também sabia que no horário que chegou aqui eu estava no trabalho, não entendo os motivos da sua insatisfação comigo, e não entendo como não se preocupa comigo, sequer me deu um abraço depois de passar mais de um mês viajando. Será que não sentiu minha falta? Um pouco de saudade com eu senti da senhora? Não precisa responder, porque eu ja sei a resposta.

_ Olha como fala comigo... eu te criei... Cristina se fez de ofendida e estava furiosa pela cobrança feita por Sofia.

Já imaginava que ela não nos receberia bem. Mamãe, conheço um restaurante maravilhoso aqui perto, acho bom voltar para essa casa somente na hora de dormir. Disse Débora olhando com superioridade para Sofia. Ah, as nossas malas pode levar para os nossos quartos. Falou Débora tirando as malas do carro.

Espero que reflita sobre o que disse e nos receba bem, afinal sou sua mãe...  agora leve essas malas. Ordenou Cristina vendo Sofia totalmente perplexa com a situação. O que você está esperando, não tem empregada, então faça o trabalho você.

Heitor não aguentou mais aquela cena se aproximou e antes que Sofia pudesse pegar as malas. Débora e  Cristina viram ele se aproximar e pegar as malas.

Pode deixar amor, eu levo as malas para você. Falou olhando para Sofia que sentiu um grande alívio ao escutar as palavras de apoio ditas por Heitor. Boa noite. Heitor olhou para Cristina e Débora cumprimentando as duas.

Débora ficou surpresa ao vê-lo, os olhos brilharam vendo o quanto ele era bonito desejando tirá-lo de Sofia.

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