Heitor esperou por alguns minutos e como não ouviu mais nenhum ruído do lado externo, levandou com cuidado para observar a rua que estava vazia. Sentou-se rapidamente no banco do motorista dando partida no veículo e indo embora.
Suspirou quando parou no sinal vermelho.
_ Eu cheguei tão perto hoje… eu ia expor eles para todo mundo... contar o que eles fizeram comigo, o que ele fazia com a minha mãe... mas ainda não acabou, eu vou provar que vocês me roubaram, que você Marcus, machucou a minha mãe… Heitor abaixou a cabeça no volante se lembrando de Sofia. _ Eu te devo uma, se nos encontramos novamente pode contar comigo... Suspirou sentindo um aperto no peito. _ Por que eu não consigo fazer nada contra eles, por que nada da certo para mim? Quando colocou o mão no pescoço, Heitor e se desesperou por não encontrar a corrente com o relicário que tinha a foto da mãe. _ Onde está...acendeu a lanterna do celular procurando dentro do veiculo o seu maior tesouro. Começou a escutar buzinas dos carros que estava atrás dele vendo que o sinal já estava aberto, deu seta estacionando o carro próximo a calçada para continuar procurando pela foto da mãe. Revirou todo o carro, mas não encontrou o objeto se sentindo ainda mais frustrado, sem saber onde poderia ter perdido o relicário. Sentiu as lágrimas pesarem nos seus olhos, se entregando ao desespero que sentia naquele momento.
Heitor pensava em ir para casa depois de nada dar certo naquela noite, mas recebeu uma mensagem do dono do veículo alugava para trabalhar, cobrando o valor do aluguel que já estava atrasado.
_ Nossa… Esqueci disso. Mesmo querendo ir para casa, resolveu que trabalharia um pouco a noite para completar o dinheiro do aluguel que faltava, sentia-se esgotado, mas necessário pois não poderia ficar sem o carro para trabalhar. Abriu o aplicativo e a primeira corrida o fez rir de nervoso. _ Fala serio… eu tenho que voltar lá? O endereço para pegar a passageira era exatamente onde estava acontecendo o lançamento da Ceus-pes. Como o valor da corrida era bom, resolveu arriscar.
Sofia resolveu ir embora depois de discutir com Julian, e Bruna a acompanhou.
_ Tem certeza que você não quer te leve em casa. Perguntou mais uma vez para Bruna.
_ Não, eu moro do outro lado da cidade, como ainda está cedo e o motorista já aceitou a corrida, daqui a pouco estarei em casa.
_ E em quanto tanto é carro vai chegar?
_Chega em dois minutos, não se preocupe, pode ir tranquila..
_ Está bem, e por falar em motorista, vê se consegue alguém para substituir o seu Luiz o mais rápido possível, desde que ele se aposentou estou tendo que dirigir, e o tempo que gasto o da minha casa até a empresa poderia estar trabalhando, mas não, estou tendo que dirigir, e eu detesto dirigir pela manhã.
_ Está bem... o problema é que não estou encontrando alguém que aceite trabalhar nos moldes que você quer, que possa ficar disponível pela mesma quantidade de horas que você trabalha. Deveria trabalhar menos, ter vida social como as pessoas normais... Sofia encarou Bruna que sorriu.
_ Mas eu sei que você vai encontrar alguém que aceite trabalhar para mim. Se cuida. Falou entrando no carro e partindo. Um minuto depois, o carro que Bruna havia pedido se aproximou. .
_ Boa noite. Cumprimentou ao entrar.
_ Boa noite senhorita. Cumprimentou Heitor arrancando a mais rápido possível, pois não queria correr o risco de ser visto. Dirigia enquanto Bruna mexia no celular. Parou o carro esperando um cachorro que mancava atravessar a rua correndo.
_ Você dirigi com cuidado. Comentou Bruna diante do seu gesto.
_ Tenho que dirigir...pela nossa segurança, pela segurança dos pedestres, dos animais que estão na rua por causa de pessoas irresponsáveis, e esse carro não é meu, então são muitos fatores que me fazem ser cauteloso. Bruna ficou interessada no que disse Heitor e resolveu conversar com ele.
_ Bom, e eu concordo com você em tudo, e detesto ver animais abandonados. Se as pessoas sabem que não vão dar contar de cuidar desse seres maravilhoso, para que pegam para criar e abandonam na rua depois?
_ Também não entendo, deixá-los sem um lar, sem amor, sem comida sujeitos a diversos tipos violência, eles não são nós que podemos fazer escolhas, nos defender... Eu cresci com um amigo peludo, e ele foi tirado de mim... quando eu mais precisava dele, doeu muito. Heitor lembrou que quando a mãe morreu, Marcus se desfez do cachorro que ele tinha desde criança e ele nunca soube que fim teve o cachorro, não gostava de imaginar o que Marcus tinha feito, já bastava a dor que sentia quando lembrava das vezes que Marcus batia na sua mãe.
_ Minha chefe tem um labrador lindo e amável, mas ele não gosta de quem não gosta dela.
_ Eles sentem o perigo, sabem quem gosta da gente.
_ Heitor, não é? Perguntou depois de conferir o nome dele no aplicativo.
_ Sim.
_ Prazer, eu sou a Bruna, com deve saber por causa do aplicativo... eu posso te fazer algumas perguntas?
_ Pode... Heitor ficou curioso._ E claro, prazer em conhece-la, Bruna...
_Você gosta de ser motorista?
_ É o que paga as minha contas, posso dizer que gosto.
_E quantas horas você trabalha por dia?
_ Depende, mas com tem sido difícil, as vezes rodo mais de doze horas por dia. O aluguel do carro não é barato, por isso tenho que trabalhar mais.
_ Você teria interesse em trabalhar de carteira assinada, como motorista. Garanto que o salario é bom e provavelmente vai trabalhar menos horas por dia, apesar que precisar ter certa disponibilidade para atender a minha chefe. Trabalho seria de segunda a sexta e as vezes aos sábados. Heitor sentiu que aquela poderia ser uma boa oportunidade para ele dependendo do salário, e poderia continuar trabalhando nos finais de semana com o aplicativo de transporte, e assim conseguiria juntar dinheiro mais rapidamente para pagar um bom advogado para provar que Marcus estava usufruindo dos bens que pertenciam somente a ele.
_ Eu tenho interesse.
_ Vou te dar o meu cartão, na segunda você me liga bem cedinho que eu vou agendar uma entrevistar para você na empresa. Falou estendendo um cartão para Heitor._ E se o salário te interessar, poderemos ser colegas de trabalho...
_ Lamoda…
_ É muito bom trabalhar para a minha chefinha,o problema é que ela trabalha de mais para a idade que tem.
_ Eu ligarei na segunda. A resposta de Heitor animou Bruna. Depois de encerar a corrida, Heitor fez mais três corridas naquela noite e resolveu ir para casa, pensando na oportunidade de trabalho ofertada por Bruna.
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Atualizado até capítulo 72
Comments
Ivania Soriano de Lima
amando a história ❤️
2024-05-14
0
Elisabete Fontes Prado garcia
já gostei da história
2024-05-11
1
Michelle Nolasco
minha casa tenho 2 cachorros 12 gatos que resgatei e alimento todo dia mais 4 gatos de vizinhos. Graças ao meu bom Deus que não me deixa faltar nada para eles
2024-04-05
5