Capítulo 20

Melissa

Gravida de três meses e os meus lindos bebês já deram forma em meu corpo, eu estou amando essa evolução que eu estou tendo.

Porém nem tudo são flores, os enjoos são muito frequentes principalmente pela manhã assim que acordo. Um sono fora do normal, dou graças em não está indo para o trabalho de ônibus pois tenho medo de encostar em um acento e dormir e perder o ponto e acabar parando em um lugar desconhecido.

Sim, eu estou na fase encostou dormiu, e eu pensava que isso aconteceria só mais para a frente, sendo sincera eu pensava que isso era apenas mito, mas de fato é verdade eu estou sentindo na pele.

Na empresa ninguém ainda sabe que eu estou gravida, porém a cada dia que passa está ficando difícil de esconder o que está acontecendo, afinal eu não posso viver a base de comprimido para enjoos e sem contar as fofocas sobre o meu corpo.

A avó do meu filho, ou melhor Doutora Carla tem me ajudado muito com dicas, ela não se tornou a minha medica, mas sempre tem uma mensagem sua no meu celular ou quando liga para falar com o filho nós conversamos, e principalmente, adoro quando vem visita-lo, pois eu sempre ganho um chocolate que no momento estou desejando muito.

- Acordei desejando os chocolates que Dra Carla sempre me leva – eu disse assim que eu cheguei na cozinha, Leo que agora vive praticamente em nosso apartamento já está aqui, hoje é ele que irá me levar para o trabalho, o projeto que minha amiga está trabalhando está evoluindo muito e o seu chefe quer que ela fique sempre por perto para que nada saia de errado.

- doutora Carla não – Carol disse e eu revirei os olhos já em antecipação ao que ela diria – Diga assim “a avô dos meus filhos”

- Corre, Tpm Mel – Leo tentou sussurrar mas falhou miseravelmente pois Carol ouviu e olhou feio para ele, peguei uma bolachinha agua e sal e minha bolsa e rapidinho saímos, quer dizer, Leo ficou enrolando tentando roubar um beijo de minha amiga.

No caminho ele foi me distraindo com os seus compromissos de hoje, eu não entendo nada das leis, mas gosto de ouvi-lo falar enquanto finjo que entendo, me sinto inteligente mesmo não entendendo nada.

Assim que ele estaciona o carro no mesmo instante o meu chefe o faz também, é impossível não reconhecer o seu carro, ou um dos, pois eu já o vi com três modelos diferentes e eu estou trabalhando para ele apenas cinco meses.

- Pelo visto alguém não está tendo um bom dia – Leo diz quando ver o senhor Oliver batendo a porta com mais força do que alguém que possui aquele carro dos sonhos bateria – nossa, essa pancada doeu em meu coração.

- Não seja dramático – disse, mas no fundo eu estava preocupada com o meu emprego e com o pai dos meus filhos, me corrigindo, eu estava preocupada com o meu chefe.

- Não acha que está na hora de contar Mel? – ele pergunta, eu tentei da última vez e entendi o que aconteceu como um sinal para não contar agora, tudo o que eu quero é tranquilidade para eu levar a minha gravidez a diante e de forma tranquila.

- eu vou trabalhar – eu disse sabendo que ia levar bronca do meu chefe pois ele havia chegado primeiro.

Me despedi e segui para dentro da empresa, Juh me olhou penalizada, ultimamente todos sabem que ele não está em seu melhor momento, mas também como uma noiva como aquela, que momento bom haveria de ter?

É só eu que penso assim será ou mais alguém? Eu não deveria pensar tais coisas dela, afinal graças a Deus eu não convivo com ela e nem gostaria.

Estranhei quando não ouvi nada, isso era sinal de problema, se alguém que sempre está falando, resmungando ou gritando está em silencio é que algo aconteceu não é?

- Com licença senhor Oliver – eu disse assim que dei três batidas na porta – vim trazer a agenda – eu disse e coloquei a agenda em cima da sua mesa, assim como aconteceu um mês atrás, ele mesmo está passando a agenda do dia.

- A caneta rosa com glitter – ele disse me estendendo a mão

- Não entendi senhor – disse confusa encarando seu rosto triste e ainda mais cansado que o normal.

- Você esqueceu a caneta rosa com glitter de fazer os maldit0s corações – ele disse e eu suspirei, sim ele fazia também os malditos corações, sua letra era um garrancho só, mas ainda assim ele anotava tudo o que precisava quando eu não estava, a agenda era mais dele do que minha agora.

- Ah senhor, para a sua sorte ela acabou – eu disse e tentei sorrir, mas o mesmo não devolveu o sorriso. Ele apenas abaixou a cabeça, entendi isso como um pedido para que eu saísse e assim eu o fiz.

Quem não tem vindo muito mais aqui é o André, mas ainda assim pensei em chamá-lo, porém eu ia parecer uma enxerida então deixei de lado.

Mas realmente estava preocupada com o meu chefe, e pai dos meus filhos, eu não queria que nada de ruim acontece com ele.

Pensar nisso me fez sentir um frio incomum, passei as mãos em meus braços tentando acalmar os pelos eriçados.

– Era só o que me faltava sentir frio no dia que eu esqueço o meu casaco – Resmunguei alto, eu tinha essa mania estranha, comecei a procurar o controle do ar-condicionado para desligar e não encontrei

– Pode usar o meu blazer – Me assustei com A voz do meu chefe, eu realmente estava com muito frio e não pude recusar até encontrar o controle, mas era melhor.

– Não senhor – afirmei imaginando que a sua noiva poderia entrar a qualquer momento.

_ fique até encontrar o controle do Ar – ele disse me entregando a sua peça de roupa

Peguei o seu blazer que tinha o seu cheiro e o vesti, ele havia seguido para o elevador, não disse nada, porém não foi preciso, eu estava muito agradecida com sua atitude.

– É minhas sementinhas a mamãe estava quentinha, mas agora eu vou tirar o Blazer do pai de vocês antes que a Bruxa velha chegue – eu disse percorrendo a minha mão pelo meu ventre.

– De que sementinhas está falando? E quem é o Pai? – vociferou

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