Capítulo 08

Alexandre

Acordei com uma put4 dor de cabeça, que merd4

Fazia tempo que eu não bebia tanto, para ser sincero desde o primeiro ano de faculdade, e para completar o meu celular tocou alto um alerta de que em uma hora partiríamos, o meu plano era tomar café no hotel, mas pelo visto a minha noite foi boa.

- Que merd4 – digo levantando a calcinha de frutas que estava embaixo de mim, seja quem eu tiver pegado ontem à noite, essa pessoa claramente não tinha a intensão alguma de passar a noite fodend0. Deixo a calcinha na cama e vou para o chuveiro tomar uma ducha para clarear os pensamentos.

Não é a primeira vez que eu esqueço com quem passei a noite enquanto estava bêbado isso acontecia muito na faculdade, eu não tenho tolerância nenhuma para bebida, e ontem eu bebi muito para esquecer a merd4 de relacionamento em que eu estava envolvido.

Em uma hora eu já estou pronto e quando eu vou sair lembro da pequena calcinha diferenciada em minha cama e sinto vontade de leva-la comigo, me aproximo da peça exótica e a guardo em meu bolso.

Assim que eu saio do meu quarto vou até o quarto da minha secretaria pois o meu celular descarregou e não tem como eu saber se ela já está no saguão me esperando. Mas para a minha nada surpresa ela está na porta do seu quarto com aquele escroto do filho do Saulo.

- Vamos Senhorita Lima – rosnei e não entendi o motivo de eu não ter gostado de ver que eles passaram a noite juntos e que só agora estão se despedindo. A ideia de imaginar a minha secretaria com ele me parece um pesadelo – vou te esperar lá em baixo tem dois minutos.

- tchau melissa foi um prazer conhecer você – ele disse e notei a filha da put4 da minha secretaria me encarar constrangida, envergonhada.

Saio não precisando ver mais nada e sigo direto para o saguão, não sei por que eu estou sentindo raiva, talvez seja o fato de ela fazer isso em uma viajem a trabalho, deve ser isso.

- se.senhor e.eu – ela diz assim que entra no carro ao meu lado, ela está estranha, se bem que ela é estranha.

- Se vai me dizer sobre ter passado a noite com seja lá quem enquanto deveria estar trabalhando faça o favor de ficar calada senhorita Lima – inquiri ela pareceu engolir em seco, mas o seu pescoço estava vermelho, um sinal claro de quando fica com raiva

- Senhor eu vou ficar calada para não perder o meu emprego – disse contudo mas pareceu um rosnado, suas pernas começaram a balançar em um tique nervoso, quando eu percebi que ela não se segurava mais e que a qualquer momento ela iria começar a falar levou os dedos a boca roendo a unha para conter qualquer merda que quisesse dizer – sabe o que eu acho

- Não senhorita Lima – a interrompi, pois, eu não queria demiti-la e com a maldit4 dor de cabeça que eu estava sentindo provavelmente seria isso que ia acontecer– eu não sei e não quero saber.

Para a sorte dela chegamos ao hangar e já fomos direto para o avião, simpática como sempre cumprimentou a equipe eu apenas me sentei e pedi que assim que iniciasse o voo trouxessem um café da manhã para nós

- Idiota, grosso, burro, estupido – ela rosnava baixinho tenho certeza de que me xingando

- Pelo visto Roberto não deu conta – soltei confesso que foi sem querer não conseguir segurar a minha língua, ela me encarou e eu senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem, ela parecia querer arrancar os meus olhos e desmembrar cada parte do meu corpo.

Porém a minha pequena frase foi capaz de deixá-la em silencio pelo restante da viagem ou quase toda.

- Então o senhor não se lembra de nada de ontem? – ela perguntou quando faltava quinze minutos para pousarmos

- Não Senhorita Lima – disse a verdade e ela me encarou confusa, porém aliviada

- E nem que me prometeu um aumento em meu salário? – disse com uma sobrancelha arqueada, como se realmente estivesse falando a verdade – você prometeu dobrar o meu salário.

- Com base no que, eu disse isso? – indaguei gostando de que pela primeira vez nós não estávamos trocando farpas, ou falando sobre a minha agenda

- Você disse o querida Melissa você merece o dobro do seu salário apenas por me aturar – disse fazendo uma voz grossa como se tivesse me imitando, não aguentei e comecei a gargalhar – do que está rindo? Eu disse alguma piada por um acaso?

- eu poderia até acreditar se você não tivesse dito querida e usado o seu nome – revelei e ela ficou confusa

- e porque eu haveria de mentir senhor Oliver? – disse cruzando os braços

- Primeiro porque eu não lhe chamo de querida e segundo nunca lhe chamei pelo nome – eu disse e ela soltou um “droga” – e se não tivesse arrumado um namorado ao invés de estar trabalhando eu poderia ter lhe concedido o aumento.

Disse e me lembrei do que ela fez e rapidamente me distanciei e ela também não quis mais conversar comigo, o que eu achei bom.

Para a minha infelicidade assim que descemos do jatinho Barbara estava me esperando e se jogou em meus braços, senti o momento em que a minha secretaria ficou constrangida e confusa, ela não disse nada apenas se afastou enquanto minha ex noiva prendia os braços em meu pescoço.

- amor, eu te amo por favor me perdoa – ela diz distribuindo vários beijos por meu rosto, antes da minha secretaria entrar em um dos carros da empresa ela ainda olhou para trás, o que eu vi em seus olhos era uma mistura de tristeza, vergonha, medo e talvez arrependimento.

Eu não sei o motivo, mas eu senti que ali eu estava perdendo algo, eu só não sabia o que era.

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