Capítulo 07

Melissa

Quando acordo sinto uma dor forte em minha cabeça, tenho uma dificuldade absurda em abrir os olhos, e assim que eu faço estranho o meu quarto, porque esse é mais luxuoso.

Com a confusão que sinto minha cabeça passa a doer mais, e quando eu me movo sinto uma ardência entre as pernas e então toco o meu corpo e arregalo os olhos ao notar que eu estou nua e tem um corpo quente bem atras de mim e uma mão em minha cintura

“não acredito que eu fiz isso, eu lembro de dispensar o Roberto, tr4nsei com ele mesmo falando da ex? será que ele gemia dizendo o meu nome ou o dela? Pensei incrédula, não posso ser tão burra assim” pensei novamente antes de criar coragem para me levantar e ir embora antes que ele acordasse.

Com calma eu tirei aas mãos que estavam envolta da minha cintura e me sentei na cama e quando eu me virei para encara-lo é que o meu mundo caiu, eu não me sentia mais fazendo parte deste mundo, tenho certeza que a minha alma saiu do corpo e voltou,

Eu só não gritei porque o susto e o medo foram maiores, diante de mim o meu chefe dorme profundamente nu como se a guerra mundial não estivesse acontecendo aqui e agora. Eu saio do meu estado de paralisia e começo a procurar as minhas roupas.

- Ai meu deus – digo quando ando e sinto a minha intimidade assada – que merda nós fizemos?

E então enquanto eu vou catando a minha roupa flashs da noite anterior vão se passando em minha cabeça, ele me fodend0 a primeira vez na parede ao lado da porta do quarto, a segunda vez no chão e a terceira na cama. Ok é demais espero que tenhamos usado camisinha por favor senhor.

Chorando no banheiro da minha suíte implorei aos céus para ele não lembrar do que aconteceu naquele quarto, ou eu não teria coragem de trabalhar para ele, o meu chefe tem uma namorada.

E então o choro veio mais forte quando penso que eu me tornei uma destruidora de lar, nunca imaginei que eu pudesse me tornar esse tipo de pessoa.

- Carol – eu disse assim que ela atendeu o telefone

- que porr4 Mel porque está chorando? – ela disse desesperada, eu ainda estava de roupão encolhida no meio da cama – se foi aquele filho da mãe eu vou enfiar o cabo da minha vassoura no

- Nós tr4nsamos – eu disse a interrompendo e ela ficou calada – meu senhor Carol, ele tem uma namorada, o fato de estarmos bêbados não é justificativa para a nossa sem-vergonhice.

- Você transou com ele? – ela disse como se não acreditasse

- Eu não sabia – afirmei – juro que não – lembro de estar muito bêbada, de alguns flashs da gente, mas em momento algum eu imaginei que o cara no bar poderia ser de fato o meu chefe. Me sinto tão idiota.

- Calma, e o que ele disse sobre isso? – indagou eu podia ouvir os seus passos, ela estava andando de um lado para outro, provavelmente se arrumando para o trabalho.

- Nada quando eu fugi como uma criminosa do quarto ele ainda estava dormindo – informei tentando lutar contra as lagrimas.

- Não se desespere ok, veremos quando ele acordar o que vai acontecer, vocês são adultos ele que tem uma noiva, se ele te demitir por isso eu vou tacar fogo naquela empresa com ele dentro. – Ameaçou

- Ele tem uma noiva Carol – eu disse sentindo as lagrimas caindo

- Isso mesmo, ele – quando eu ia retrucar ela me interrompeu – quem tem que ser fiel a ela é ele e não você

- discordo, eu sei que ele tem namorada então eu me torno uma vaca aceitando as investidas dele – tentei e ela bufou, o alarme no meu celular apitou informando que faltava uma hora para a nossa partida e duas horas que eu já estava no meu quarto chorando.

- Quando chegar em casa nós vamos conversar com calma agora eu vou trabalhar – ela disse e eu ouvi o barulho das chaves do seu carro – e eu quero saber como foi.

Antes de eu manda-la para a casa do seu zé, ela desligou sabendo que eu diria isso, engoli o restante das lagrimas e arrumei as minhas coisas que estavam espalhadas pelo meu quarto, espero que ele não lembre de nada senhor por favor, fiquei repetindo várias vezes a mesma coisa.

Claro que eu sofreria em silencio sabendo que algo de errado aconteceu, e o pior é que pouco a pouco as lembranças vão se tornando mais nítida, o latejar entre minhas pernas mais intenso uma prova de que o meu corpo gostou e quer mais.

Contudo sei que nunca mais vai acontecer, e que se ele não lembrar será um segredo que eu guardarei para sempre, apenas uma memória de uma secretaria bêbada.

Quase uma hora depois alguém bate na porta do meu quarto e o meu coração dispara, esqueci até como se respira, procuro manter a calma, mas a cada martelar do meu coração parece impossível.

A pessoa do outro lado volta a bater, acho estranho porque não parece ter toda a impaciência do meu chefe, pouco a pouco vou caminho até a porta e para a minha tristeza, alegria, ou decepção não é o meu chefe.

- Oi, bom dia – Robert diz assim que eu abro a porta, quando eu o vi não sei bem se o que eu senti foi alívio.

- Oi, Roberto, o que faz aqui? – indaguei confusa e ele sorriu sem graça.

- eu vim apenas me desculpar por ontem a noite, eu sei que eu fui uma péssima companhia – ele disse com um sorriso envergonhado no rosto.

Eu o encaro agora como se pedisse para voltarmos no tempo, e ele não fosse um verdadeiro babaca e toda a noite terminar de maneira diferente, eu não teria ido parar na cama de alguém comprometido.

Como ele não sabe nada sobre o que aconteceu em meus pensamentos eu coloco a culpa em Roberto, mas de nada adianta, ainda sinto um peso em minha consciência.

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