Daniela dormiu mal aquela noite e assim que saiu do quarto deu de cara com Sophia que havia aparentemente pernoitado na cama do Breno.
— Bom dia! A Senhora Precisa de algo?- perguntou educada com o coração partido.
- Um café puro e bem quente.- Ordenou sem responder ao seu cumprimento.
- Sim, senhora, deve demorar uns cinco minutos.- Avisou dirigindo-se a cozinha. Estava preparando o café quando o cheiro invadiu as suas narinas e ela correu para o banheiro onde vomitou. Levou alguns minutos para se recompor. Então pediu a dona Jacinta para servir os patrões que ela não estava bem. Logo a senhora voltou aflita, a mocreia, exigiu a presença da Daniela.
- Desculpe senhora, precisei ir ao banheiro com urgência. — Disse sem olhar para Breno. - A senhora precisa de mais alguma coisa? - Disse calma, mas o rosto pálido a desmentia. Estava uma fera por dentro.
Depois que o casal se foi, ela colocou o menino na escola, e sentiu o seu corpo muito fraco ao executar as suas tarefas da manhã. Tentou estudar na parte da tarde, mas adormeceu sobre os livros. E foi acordada pelo Bruninho fazendo cócegas nos seus pés.
- Estou com fome! - queixou-se. Imediatamente ela levantou e foi preparar o lanche da tarde do menino. Tentou brincar como sempre, mas a sua cabeça estava a rodar e os enjoos muito frequentes.
- Caramba! Isso é sintoma de gravidez! - pensou desesperada. Pensou que sem uma criança sua vida já estava muito difícil. Abortar não era uma opção. Falar com Breno? Melhor não. Tentaria esconder o máximo de tempo possível e quando não houver saída, fugir para algum lugar bem longe dali. Lembrou que ainda estava respondendo ao processo em liberdade. Então daria um jeito quando chegasse a hora.
- Doutor preciso sair pela manhã, devo demorar um pouco. Posso pedir a dona Jacinta para pegar o Bruninho na volta da escola. Assim que terminar eu volto para casa. - prometeu.
— A dona Jacinta não é responsável pelo Bruninho! - Interveio a dona Sophia que passava agora muitas noites naquela cama com Breno.
- Sim, eu sei disso. Eu preciso muito estar nessa reunião. Prometo senhora, fazer todo o possível para voltar antes da chegada do Bruninho. - Disse séria.
- pode sair para o seu compromisso. Depois conversamos.- Disse Breno
- obrigada doutor. Volto logo que puder. - prometeu e saiu de casa após tratar com a dona Jacinta sobre o retorno do menino.
Antes mesmo de ver os resultados, o médico já iniciou b tratamento pré-natal. E apesar de tudo ela estava feliz. Passou na farmácia e comprou os remédios. Voltou pouco antes da chegada do menino. E o dia transcorreu como sempre. A única novidade eram os seus enjoos cada mais evidentes.
- Menina o que você está arrumando nessas idas à faculdade? - Perguntou dona Jacinta. - um filho custa muito caro e na sua situação não é uma boa ideia.- Aconselhou.
- Por favor, ajude-me a esconder essa gravidez até eu conseguir pensar no que fazer. - pediu em prantos.
- Fique tranquila, não vou falar nada, senão essa mulher do doutor Breno, é capaz de te expulsar de casa.- Lembrou a amiga.
Então os meses foram passando, e ela tentando usar roupas mais largas, salto baixo, e a única coisa que ela não conseguia esconder era a palidez, o rosto triste, ausência do sorriso de sempre, agora só dirigido ao menino.
Então parou diante do espelho nua e percebeu que logo teria de resolver a sua vida, a barriga agora entrando no sexto mês de gestação começava a aparecer. Que fazer? Fugir para onde? Como sobreviver sem ajuda de familiares ou amigos, com um bebê?
Continuou a trabalhar, estudando, passeando na orla da praia na volta da faculdade e sonhando com uma solução para sua vida.
- Doutor, eu poderia continuar a cuidar do Bruninho morando em outro lugar? - perguntou sem encarar o seu patrão.
- claro que não, preciso que esteja presente nas vinte e quatro horas dele. Porque quer sair de casa? Está fugindo do quê? Indagou sério.
- Está certo, desculpe, eu só pensei na possibilidade, mas, está tudo certo.- Concordou e saiu quase correndo para chorar longe dele.
Então naquela noite ele entrou no seu quarto e ficou observando seu sono agitado. Percebeu que algo estava diferente naquele corpo lindo de mulher bonita e fogosa. Não pretendia deixa-la sair das suas vidas. Sabia que estava sendo egoísta, mas não conseguia livrar-se do sentimento de posse, ela era sua, com ele ela conheceu os prazeres do sexo e por mais que tentasse esquecer, estava cada dia mais apaixonado pela sua babá. Ainda existia Sophia a quem não amava e insistia em manter um relacionamento sem amor e sem desejo.
Aproximou-se da cama tirou os cabelos do rosto bonito dela e percebeu as olheiras. Deitada de lado a barriga estava aparente . Ele ficou observando essa mudança e colocou a mão, ela virou de frente ainda dormindo e ele voltou a colocar a mão, dessa vez contornando, e sentiu um movimento, um chute.
- grávida!! - Sentiu raiva e dúvida. - Daniela, acorda! - pediu sem tirar a mão da barriga dela, sacudiu seu rosto.
Ela acordou assustada, tentou sair, mas as mãos em torno da barriga a mantiveram deitada.
- porquê escondeu que está grávida?- perguntou a apertar o seu pescoço.
- porquê tenho medo de perder o Bruninho. - Respondeu sufocando. - Na verdade, tenho muito medo de tudo.'- confessou.
- Quantas semanas de gestação?- perguntou.
- vinte e oito semanas, até a próxima semana aí completa vinte e nove semanas. - Disse nervosa. Se permitir que eu continue aqui até o bebê nascer, eu prometo que vou fazer o possível para não aborrecer a dona Sophia e nem você.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Marli Da Silva Gouvêa Castro Rosa
Ele vai achar que é de outro./Frown/
2024-01-20
0
Flavia Oliveira
É agora 😬😬😬😬
2023-06-04
1