capítulo 12 Sem lenço e sem documento

Então, depois do amor veio a calmaria, estavam felizes, porém os problemas continuam e precisam de uma atitude rápida. A amiga Bia ligou para informar que o seu pai estava rescindindo o contrato do aluguel dela, porque tinha outros planos para o imóvel.

- Entendo, o seu pai não quer uma ex-presidiaria no apartamento alugado no seu prédio de luxo.- Ela disse contendo as lágrimas que teimavam em sair. - preciso de um mês para conseguir outro lugar para morar. - concluiu..

- Desculpe minha amiga, mas quem toma as decisões é o meu pai. - Desculpou-se Bia.

- Preciso de um emprego com urgência e um lugar para morar.- pensou chorando copiosamente.

Então os dias começaram a passar a seu ver de forma vertiginosa e logo teria de entregar o apartamento. Após vinte e dois dias em busca de trabalho estava completamente arrasada, cansada e começando a ficar em pânico. Breno, era sua única alegria, e o seu filho alegrava as suas tardes que passavam brincando no tapete da sala de estar, jogando ou desenhando. Essa aproximação deu-se a partir do momento em que Breno passou a frequentar o seu apartamento depois que ela saiu da prisão.

- Breno, preciso de um trabalho com urgência, tenho que entregar o apartamento até o dia trinta desse mês. Não sei mais o que fazer.

- Quer trabalhar para mim? Preciso de uma babá para o meu filho. Você passa a morar na minha casa, e claro, terá um salário e todos os direitos trabalhistas. A minha governanta te coloca a par dos horários e hábitos da nossa casa e do Bruninho. Aceita? - indagou sério.

- Aceito, preciso trabalhar.- Aceitou de imediato sem pensar.

- Então, amanhã às sete horas esteja pronta para iniciar uma nova etapa na sua vida.- Breno disse como contratante.

Na manhã seguinte ela tocou a campainha sendo recebida pela dona Jacinta, uma senhora muito simpática que a levou para um tour pela casa e depois mostrou o seu quarto que ficava ao lado quarto do menino. A colocou a par dos hábitos do menino e do pai. Ensinou como preparar a mesa para as refeições, organizar o armário do menino, encaminhar para a maternal e o horário de saída e chegada.

Esse primeiro dia foi cansativo por não estar acostumada com tantas atividades. A noite, assim que o menino adormeceu ela foi até o apartamento e pegou as suas malas e algumas coisas que havia comprado para tornar o lugar mais aconchegante e organizou tudo no seu novo quarto.

Antes de dormir foi até o quarto do menino, ajoelhou ao lado da cama e orou para ele ter uma noite muito tranquila de sono. Beijou a sua testa, os seus cabelos e assustou-se com a presença do Breno.

— Então, como foi o seu primeiro dia como a minha funcionária do lar? — Indagou sério.

- Foi ótimo. A dona Jacinta me ensinou tudo que preciso fazer, os horários e foi tudo bem.

- Daniela, agora a nossa relação é de funcionária e patrão. Então, sempre que estiver na presença de outras pessoas trate-me como tal, Doutor Breno. — disse a observar as suas reações.

Aquelas palavras a despertaram para a nova realidade que estava vivendo a partir daquele momento, era a babá do filho do seu amor e nada mais.

- Entendi, fique tranquilo. sei comportar-me. Boa noite, doutor Breno! - Disse e retirou-se para o seu quarto.

A partir daquela data ele tratava-a como a sua funcionária e não a procurou mais para o amor, não a abraçava e nem beijava. Para complicar apareceu aquela mulher que ela já conhecia de vê-la ao lado dele na praia, no shopping, e que a via como um ser inferior.

— Daniela, por favor traga-me um copo d'água bem gelada, seja rápida. Pediu com ares de dona da casa.

Então Daniela foi até a cozinha e trouxe o copo d'água numa pequena bandeja para ela

- o meu Pai, a criatura não sabe o que é água gelada. Essa água está apenas fresca. - pode levar de volta. Traga uma água mineral com gás e bem gelada.- exigiu

— Senhora, não temos água mineral com gás, apenas a natural pode ser? - indagou tentando parecer calma.

- Senhorita inútil, providencie. Faz parte do seu trabalho. Você tem dez minutos para me trazer essa água. Mexa-se!

Daniela não respondeu apenas se retirou e foi providenciar o pedido da jovem senhora. Logo o porteiro tocava a campainha da porta de serviço e ela recebeu a água da dondoca.

— pronto senhora aqui está a sua água mineral com gás e bem gelada! - anunciou

- Não quero mais, demorou tanto que a sede passou.- Disse fazendo um aceno para retirar a bandeja com a água .

Daniela agora estava adaptada aos hábitos da casa e principalmente ao menino que a chamava mãe quando estavam a sós. Ela era carinhosa, brincalhona e, ao mesmo tempo educadora. Ensinou o menino a orar, a cantar fazendo coreografia, brincar de jogo da memória, pular amare linha, montar o lego a fazer vários contornos diferentes. Estava feliz com a sua nova função.

A noite, no silêncio do seu quarto, sentia muita saudade do amor com Breno, do seu carinho, dos seus beijos. As vezes ele ficava em casa, mas, não se aproximava dela, a tratava educadamente e só. Conforme o combinado ela tinha todos os seus direitos trabalhistas e neles estava o seu direito a uma folga semanal que ela nunca tirava

preferindo permanecer em casa e ficar na piscina com o menino ou assistindo programas infantis.

A menina risonha, sempre alegre, deu lugar a uma mulher sofrida, forte, guerreira.

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Comments

patricia033096@gmail.com

patricia033096@gmail.com

que final triste pra essa jovem

2023-08-02

3

Flavia Oliveira

Flavia Oliveira

A vida às vezes é cruel, menos mal, pois ele a deu um teto e um emprego.

2023-06-04

0

Ver todos
Capítulos
1 capítulo 1 - DANIELA
2 capítulo 2
3 capítulo 3 Ivan
4 capítulo 4 O professor gato
5 capítulo 5 Nunca se deve confiar
6 capítulo 6 A virada
7 capítulo 7 A festa de Encerramento
8 capítulo 8 Sem apoio
9 capítulo 9 - vida que segue
10 capítulo 10 o recomeço
11 capítulo 11 O Despertar
12 capítulo 12 Sem lenço e sem documento
13 capítulo 13 saudade de mim
14 capítulo 14 A volta para a vida
15 capítulo 15 Quanto frio
16 capítulo 16 E agora?
17 capítulo 17 E agora como será?
18 capítulo 18 surpresa desagradável
19 capítulo 19 minha casa, meu lar
20 capítulo 20 síndrome do pânico
21 capítulo 21 Depois do amor
22 capítulo 22
23 capítulo 23 E agora, como será
24 capítulo 24 A hora do parto chegou
25 capítulo 25 A VOLTA
26 capítulo 26 Nova Era
27 capítulo 27 Não te quero mais
28 capítulo 28 o tempo
29 capítulo 29 A justiça é cega
30 capítulo 30 mais enxerga no escuro
31 capítulo 31 Recomeço
32 capítulo 32 o calor do verão aquece o coração
33 capítulo 33 incertezas sobre tudo
34 capítulo 34 Entre o amor e o ódio
35 capítulo 35 coragem para viver
36 capítulo 36 O amor pode ser um doce veneno
37 capítulo 37 Um dia de trégua
38 capítulo 38 Depois do Amor
39 capítulo 39 Como será o amanhã
40 capítulo 40 A Faculdade e a vida nova
41 capítulo 41 A hora da vingança
42 capítulo 42
43 capítulo 43 Enfim
44 capítulo 44 Que fazer
45 capítulo 45 gato no telhado
46 capítulo 46 vejo estrelas no céu
47 capítulo 47 A busca
48 capítulo 48 o resgate
49 capítulo 49 vida de gato
50 capítulo 50 A vida continua
51 capítulo 51 guerra é guerra
52 capítulo 52 Sem explicação
53 capítulo 53 A armadilha
54 capítulo 54 Ivan ataca outra vez
55 capítulo 55 guerra e paz
56 capítulo 56 Gata no cio
57 capítulo 57 A Saga Ivan
58 capítulo 58 As provas e argumentos
59 capítulo 59 o tribunal
60 capítulo 60 O embate final
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Atualizado até capítulo 60

1
capítulo 1 - DANIELA
2
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3
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51
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