PONTO DE VISTA DE ANTHONY
Após o almoço, o Matheus foi embora.
Combinamos que nos encontraríamos no final da tarde. Eu iria buscá-lo no seu apartamento.
Assim aconteceu…
Já era noite, eu e Matheus estávamos no meu carro, estacionado há uma vaga da entrada do restaurante.
— No dia da minha folga, eu tive que cancelar um encontro com uma mulher para ficar com você dentro de um carro? É sério, isso?
— Não exagere. Você mesmo disse que só aceitou esse tal encontro porque não tinha o que fazer essa noite.
— E ficar dentro de um carro com você, é melhor? Vamos ou não entrar nesse restaurante?
Olhei para o meu relógio e respondi:
— Daqui a pouco, entraremos.
— Espera! Você estará esperando que Sophia entre primeiro?
Assenti com a cabeça e não disse nada.
De repente, um Rolls Royce Phantom Preto parou em frente ao nosso carro.
— Vamos!
Ao descer, paramos lado a lado, fiz um sinal com a cabeça para que Matheus olhasse para a frente.
Eu estava ansioso por ver a mulher que eu amava mais uma vez.
O motorista desceu do carro, foi até a porta do passageiro e abriu-a. Estendeu a mão.
O meu coração acelerou.
Uma mão feminina tocou a mão do motorista e uma mulher começou a descer.
Parecia uma imagem em câmera lenta que foi logo agilizada no final.
A ansiedade virou decepção, a mulher que desceu era loira, elegante e muito bonita, mas não chegava aos pés da minha ruiva.
Ouvi um som baixo de um assobio de aprovação. Foi Matheus que o emitiu.
Os meus olhos ainda estavam grudados no carro à minha frente.
Millie, a filha de Sophia, desceu do carro e segurou a mão da loira.
O Motorista deu a volta, abriu a outra porta traseira.
A minha esperança retornou.
Ele abaixou e ficou um tempo nessa posição
Fiquei decepcionado quando o motorista levantou o corpo e saiu com o filho mais novo da Sophia, provavelmente estava tirando a criança da cadeirinha e o entregou para a loira…
— A ruivinha em miniatura e o garotinho são os filhos da Sophia?
— Sim.
Em seguida, um Bentley preto, um carro avaliado em mais de dez milhões de Reais, estacionou à frente.
Um homem de terno que parecia ter a minha idade, era o motorista. Ele desceu e deu a volta no carro indo para a calçada.
Vi que o homem chamado de Dr. Albuquerque também desceu. Ele estava no banco do passageiro na frente.
O primeiro homem, o mais jovem, abriu a porta traseira do lado oposto e ajudou uma mulher sair. Ou melhor, a mulher que eu amava sair.
— Thony, qual desses dois é o marido?
— Não sei. Ontem, só estava o mais velho. — Respondi confuso.
— Tem certeza que quer fazer isso?
— Tenho. — Respondi com convicção.
— Isso é masoquismo.
— Se não posso tê-la, posso pelo menos vê-la. O que estou sentindo agora, não é nada em relação ao que fiz com ela.
— Você é louco!
A família entrou no restaurante e nós em seguida.
Não via mais ninguém a não ser as costas da linda ruiva à minha frente.
Ela usava uma calça de alfaiataria bege que deixava os seus glúteos mais empinados, calçava saltos da mesma cor e vestia uma camiseta branca de seda branca com alças fininhas. Cujo decote destacava o seu busto, a vi de frente quando desceu.
Como sempre, ela estava linda.
A família recém-chegada estava na nossa frente, esperando que outro casal que falava com a hostess fosse atendido.
O telefone de Sophia tocou.
Ela olhou quem era pelo identificador do celular. Mostrou para a mulher ao lado, sussurrou algumas palavras.
Levantou os braços para que o filho fosse com ela, tirando‐o do colo da loira. O garotinho sorridente mais que depressa inclinou o corpo, aconchegando-se em Sophia.
Em seguida, ela entregou o aparelho para a loira que foi atender a ligação perto da porta do restaurante.
Com a saída da mulher, Sophia ficou entre os dois homens.
Eu queria puxá-la para os meus braços. Estava com ciúme, sem direito de tê-lo.
Enquanto eu sofria olhando na direção dela, senti uma mãozinha segurar a minha mão e depois, balançou-a para chamar a minha atenção.
— Oi, Millie! — Olhei para baixo e respondi com um sorriso no rosto.
— Oi, moço! Você lembra do meu nome? — Ela sorriu com aqueles dentinhos minúsculos na boca.
— Claro que sim.
Como não lembrar? Se eu até pensei que fosse a minha filha e de Sophia...
— Onde está o seu filho? — Millie perguntou, olhando para os lados.
— Ficou em casa!
— Você "deixou ele" com aquela mulher má?
— Essa criança é inteligente! — Matheus disse rindo.
— Ela não vai fazer nada com ele. — Eu garanti.
— Você tem certeza?
— Tenho. A sua mãe deu uma lição nela. — Eu contei.
Olhei para frente e percebi que Sophia estava nos ouvindo, mas sem se virar, fingindo brincar com o filho no colo.
— A minha mãe é a melhor!
— Sim, ela é. — Respondi com um tom mais alto, olhei rapidamente para aquele rostinho angelical e fixei o olhar na mulher à minha frente.
Nessa hora, Matheus abaixo para falar com Millie:
— Oi, eu sou Matheus! Sou amigo desse cara aí. Escutei o seu nome e ele é lindo, assim como você.
— Obrigada.
— Quantos anos você tem Millie?
— Eu tenho 3 quase 4.
— Você é muito esperta para a sua idade.
— Eu sou sempre esperta! — Millie respondeu confiante.
— Deixa o tio tirar uma sujeirinha que caiu no seu casaco. — Matheus disse e passou o lenço na roupa dela.
Nesse momento, vi que Sophia fez um sinal com a cabeça ao Dr. Albuquerque, ele confirmou com um gesto, virou para nós e chamou pela garotinha:
— Millie, vamos entrar?
— Sim, vovô.
Ela acenou para nós com a sua mãozinha e foi ao encontro do avô.
— Então, esse homem deve ser sogro dela… — Matheus cochichou.
Assenti. Isso queria dizer que o outro homem seria o marido dela?
Eles entraram no salão.
Minutos depois…
A hostess veio até nós para nos levar até a nossa mesa.
No corredor entre as mesas que passávamos, Sophia conversava em pé com uma senhora.
Ela não segurava o filho.
Olhei para a direção da mesa dela do dia anterior. E outros já estavam sentados e de costas para nós.
Quando passamos por ela, eu fiz questão que os meus dedos tocassem bem devagar a sua mão que estava rente ao seu corpo.
Ela não retraiu a sua mão, não sei se não o fez para não chamar a atenção da outra mulher, ou se ela queria ou gostou do meu toque. Mas, nada disso importava. Eu ansiava por sentir mais uma vez a sua pele, por mais rápido que tenha sido, valeu a pena.
Cada célula do meu corpo respondeu ao estímulo da corrente elétrica que recebi do corpo dela.
"Sophia, quando baixará a guarda e me deixará aproximar de você?" — Pensei.
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Atualizado até capítulo 81
Comments
Katia Martins De Sousa
Só o bobo não vê a semelhança entre ele e a filha , mas todos veem
2025-02-10
0
MagnoliadeLourdes Carneiro
com certeza o Matheus já vai fazer o teste do DNA KKK
2025-03-13
0
Rosangela Oliveira
Matheus já tá oi na frente e vai fazer o DNA
2025-03-25
0