Uma Única Noite Para Ter Você E Te Perder
PONTO DE VISTA: ANTONY KRIGER
Sou Anthony Kriger, tenho 30 anos, sou proprietário de uma cadeia de concessionárias de carros espalhadas pelo país, moro em São Paulo, sou casado há 7 anos e tenho um filho.
Hoje, é o aniversário de 5 anos do meu garotão e a pedido da minha esposa, a comemoração será realizada no salão do hotel mais luxuoso da cidade.
O meu filho está super empolgado. Ele escolheu o tema da festa de super heróis e será a fantasia. Vestiremos as nossas no local.
É gratificante ver a empolgação dele.
Saber que no meio do caos do meu tumultuado casamento, o meu herdeiro é uma criança feliz, faz de mim um pai e um homem melhor.
Chegamos ao hotel, eu, minha esposa Nick, meu filho Gregory e duas babás.
Como sempre, tenho o hábito de olhar à minha volta quando estou em um novo ambiente.
Assim que paramos no hall de entrada, a porta de um dos elevadores estava aberta e vi saindo uma linda mulher de cabelos longos e ruivos trajando um vestido bege até os joelhos, usava salto alto o que tornava seu corpo ainda mais escultural.
Não podia acreditar que a mulher que permeia por meus pensamentos nos últimos cinco anos estava há poucos metros de mim ou melhor da minha família.
A tensão em meu corpo era evidente, tudo isso aconteceu em questão de segundos, mas pareciam longos e eternos minutos.
Ela conversou com um homem ao lado, o mesmo parecia ser um segurança que puxava duas malas enormes pelas alças.
O que mais me surpreendeu foi que em seus braços havia uma garotinha pequena e ruiva, pelo tamanho, deveria ter uns três anos. Ela dormia profundamente com a sua cabecinha no ombro da mulher, agarrada ao pescoço dela. Seria a sua filha?
"Quando ela se casou?" — Eu pensei quando ela passou por nós como se não estivéssemos ali.
Até hoje, eu não sabia do seu paradeiro após ela deixar a minha sala ou melhor a minha empresa.
Flashback:
Há 5 anos, eu estava no meu escritório e era final do expediente, porém ainda tinha trabalho a finalizar.
Ela, Sophia Ducan, tinha 20 anos e era uma das minhas secretárias.
Naquele dia, a secretária principal tinha ido embora mais cedo e ficamos nós dois terminando a revisão de um documento importante.
Quando acabamos, era quase meia noite e estávamos cansados.
Peguei uma dose de whisky para mim e uma para ela. Lembro que no dela coloquei pedras de gelo.
Geralmente, as mulheres gostam de bebidas mais suaves…
Depois da primeira dose, começamos a conversar. Era a primeira vez que falamos de assuntos que não fosse trabalho.
Era muito fácil conversar com ela, apesar de ainda ser uma universitária, era uma profissional talentosa, logo descobrimos o quanto tínhamos em comum.
Conversa vai, conversa vem… de repente estávamos rindo, além de estarmos sentados lado a lado e depois de muita conversa surgiu um beijo…
Foi um beijo mágico com direito a ver estrelas…
Tudo foi tão avassalador que quando dei por mim, tínhamos feito uma rodada de sexo que valia por dez.
Os gemidos dela foram músicas para os meus ouvidos.
Os toques foram delicados e sensuais…
Mesmo sendo inexperiente, ela foi esplêndida e não deixou marcas no meu corpo, as quais poderiam me prejudicar.
Quando Sophia foi ao banheiro da minha sala se limpar, a minha consciência pesou…
Eu fui o primeiro homem dela. Por que ela não disse antes? Por que eu não parei quando percebi? Por que fui tão, tão… Canalha!? Isso sim. Esse foi o meu comportamento.
Eu já era casado há 2 anos e a minha esposa estava grávida de 31 semanas.
Vesti minhas roupas, peguei outra dose de bebida, fui até a minha mesa, sentei e esperei que ela saísse.
Quando ela abriu a porta e olhou na minha direção, tinha certeza que entendeu o que eu estava pensando, pois o meu eu descontraído havia retornado ao original. Frio e sem emoções. O chefe havia voltado.
Chamei por ela e quando se aproximou, eu disse as malditas palavras:
— Vou transferir um valor para a sua conta como um bônus. Espero que não comente o que aconteceu aqui. Foi apenas sexo, porém sou casado e nunca traí a minha esposa antes. Não quero abrir precedentes para as mulheres que se aproximam de mim. Não perdoarei se tentar destruir o meu casamento.
Vi que lágrimas rolaram pelo seu rosto…
Eu sabia que as minhas palavras tinham lhe ofendido profundamente, mas eu não podia arriscar.
Ela merecia alguém que a amasse e cuidasse dela. E depois da sua primeira vez, deveria receber todo o mimo e atenção que merecia do seu homem, mas eu não podia lhe proporcionar isso.
Em vez disso, eu disse que pagaria para que ela mantivesse a boca fechada e a recompensaria pelo que aconteceu.
O que eu fiz? Ela iria me odiar para sempre…
Senti um nó na minha garganta.
— Senhor Kriger…
Quando ela falou o meu nome para dizer alguma coisa, eu juro, respirei fundo e esperei que ela me xingasse, pois eu merecia. No entanto, o seu celular tocou.
Era madrugada. Quem ligaria para ela a essa hora?
Não sabia o porquê, mas senti ciúmes.
Sophia viu quem estava ligando no identificador do aparelho.
Parecia preocupada.
Olhou para mim com os olhos lacrimejando ainda, fez um sinal para eu esperar, foi até a janela no final da sala.
Atendeu falando baixo. Eu não ouvi, uma única palavra.
Vi que ela colocou a outra mão no rumo do seu coração e ofegava. As suas lágrimas aumentaram ainda mais. Assim que terminou, virou as costas para mim, limpou as lágrimas, respirou fundo e veio na minha direção.
Com a voz embargada, pediu que aguardasse alguns minutos e disse que voltaria até a minha sala.
Isso era o mínimo que eu poderia fazer por ela. Aguardar e esperar que falasse tudo o queria, ela tinha esse direito, já que eu fui um escroto humano.
Eu merecia ouvir todos os tipos de insultos existentes.
Dez minutos depois, ela voltou.
Os olhos de Sophia estavam vermelhos e tristes, mas as suas lágrimas já não corriam mais.
— Senhor Kriger, em relação ao que falou antes, somos adultos... Não quero nenhum bônus como o "senhor" disse, não sou prostituta para receber pagamento. Eu conheço o meu lugar e nunca ninguém saberá por minha boca sobre o que aconteceu aqui. Espero que faça o mesmo.
Assenti sem conseguir dizer nada.
Sophia continuou:
— Essa é a minha carta de demissão. Não estou saindo pelo que aconteceu, mas porque minha família acabou de ligar e eles precisam de mim. Se um dia nos encontrarmos novamente, seremos apenas dois desconhecidos.
Quando olhei para a carta de demissão, as minhas tremeram, mantive-as fora da vista da mulher à minha frente. Eu queria pedir perdão, mas as palavras não saíram da minha boca, ficaram entaladas.
Senti uma pontada no peito e mais uma vez, tive uma sensação de algo apertando a minha garganta.
Ela olhou bem nos meus olhos por alguns segundos. Achei que os xingamentos começariam, mas ela me surpreendeu mais uma vez:
— Seja feliz no seu casamento! Adeus!
Ao terminar de falar, saiu sem olhar para trás. Pegou as suas coisas e nunca mais apareceu.
*********** Fim flashback**********
— Thony, vamos? Thony!!!! — A minha esposa Nick me chamou e balançou o meu braço.
Sai do meu transe e respirei fundo, não querendo ir.
Eu não conseguia parar de olhar na direção da recepção, mas estava com a minha família e só me restava viver com o sentimento de culpa no meu coração.
Seria somente culpa?
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Fotos aleatórias retiradas da internet apenas para fins ilustrativos.
Fique à vontade para imaginar os personagens à sua maneira.
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Atualizado até capítulo 81
Comments
edvania
não leio livros que a protagonista é a destruidora de lar porque ela sabe que o infiel sem vergonha não vai largar a família pra ficar com ela.Vitima é a esposa e não os dois. Não leio histórias que ele o protagonista vai fazer a esposa de vilã.Só leio se ela for a esposa e ele o infiel vai fazer de tudo pra reconstruir sua família e não separar.
2023-02-26
105
Sineia Soares
Essas fotos estão muito pequena
2024-11-10
0
Jeanne Brandes
A estória é no Brasil e todos com nomes gringos....
2024-11-06
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