PONTO DE VISTA: ANTHONY
Nick fez a reserva num restaurante do outro lado da cidade.
Toda a rua era toda elitizada. Todos os estabelecimentos eram de marcas famosas.
O motorista parou, desceu e abriu a porta para a Nick. Enquanto eu, Greg e a babá saímos pelo outro lado.
Adentramos ao pequeno hall e a hostess veio até nós.
Informei o meu nome, pois Nick tinha esse hábito de fazer reservas nominais a mim, independente de eu estar junto ou não.
Quando ela foi nos informar para acompanhá-la, não sei o que aconteceu, mas o Greg caiu no chão.
Talvez por medo da mãe ou por vergonha, pois antes de começar a chorar, ele olhou para ela primeiro.
Abaixei para consolá-lo e uma garotinha ruiva aproximou-se de nós.
A minha reação foi rápida, olhei ao redor procurando pela mãe. Ela seria filha da Sophia?
No entanto, não tinha ninguém ao seu lado.
Greg ainda chorava, quando a menina falou com uma voz doce:
— Não chora. Você se machucou?
— Não. — Ele respondeu chorando.
— Então não precisa chorar. A minha mãe sempre diz que é caindo que se aprende a levantar. E a culpa não foi sua. Foi ela que te empurrou. — A garota apontou para Nick e continuou: — Eu vi.
Que garotinha esperta para idade e o tamanho dela!
Como era linda!
Parecia um anjo!
Eu estava encantado. Tive vontade de abraçá-la, mas me controlei.
Ajudei Greg levantar, olhei com muita raiva para a Nick.
— Cale a boca pirralha! Não fale mentiras. — Nick falou.
— Tia July, o que é pirralha? Não sou isso que ela está dizendo, não é verdade? — Ela perguntou para a hostess.
— Millie venha aqui para o meu lado. Onde a sua família?
— Estão entrando... — A garotinha respondeu triste.
Olhei para a porta esperando que a mãe daquele anjinho ruivo fosse a Sophia e que ela entrasse a qualquer momento.
Já a minha razão dizia para me aquietar, pois, a hostess perguntou pela família, ou seja, ela não estaria sozinha.
Será que o marido dela estaria junto? Ele já retornou do exterior?
Voltei para a minha posição atual com o coração a mil por hora.
— Vai ou não nos acompanhar? O seu trabalho é atender os clientes e não ficar parada cuidando de uma pirralha mal educada. — Nick falou com grosseria.
— Posso saber quem está chamando a minha filha de pirralha mal educada?
Uma voz soou da entrada. A voz mais angelical que eu desejava tanto ouvir em todos esses anos.
Virei automaticamente para a direção dela.
Sophia estava mais linda ainda.
Vestia um vestido preto acima dos joelhos, usava uma maquiagem leve como há 5 anos, bolsa de luxo, joias delicadas e segurava o seu filho menor no colo.
Ao seu lado tinha um senhor com idade para seu pai.
Seria ele o tal Igor Albuquerque? No relatório não constava a idade dele.
O ciúme tomou conta de cada célula do meu corpo.
Sophia não direcionou nenhum olhar para mim. Somente para Nick.
Ela parecia furiosa.
Nick como sempre não ajudou.
— Fui eu? Uma criança mentirosa, é mal educada.
— Conheço a minha filha melhor do que ninguém. E uma das suas qualidades é que ela é verdadeira até demais. Então mentir, é algo que ela não faz. — Sophia retrucou.
Nick pigarreou e tentou caluniar a menina de novo:
— Então, acho que você não a conhece como disse.
Não aguentei a dissimulação da minha esposa.
— Cale a boca, Nick. Peça desculpas agora.
— Não vou.
— Então vamos embora.
— Tudo bem! Desculpe-me pelo que disse. — Nick disse com má vontade.
— Não é para mim que você tem que pedir desculpas. É para a minha filha.
Nick arregalou os olhos, como se fosse um absurdo se desculpar com uma criança.
— Faça! — Ordenei imponente.
Nick ficou vermelha de raiva.
— Desculpe-me.
Senti um olhar fulminante em mim, achei que fosse Sophia, mas quando olhei para ela, estava com a mesma posição de superioridade de antes, sem me olhar. No entanto, o homem ao lado me encarava.
Será que Sophia contou sobre o que aconteceu entre nós?
Não. Ela não faria isso. A julgar como tem se comportado nas duas vezes que nos encontramos.
A hostess parecia em dúvida sobre o que fazer, até que uma voz masculina grave e séria foi ouvida:
— July, leve-os até a sua mesa. Quanto à nossa é a de sempre, certo?
— Sim, é a mesma mesa, Doutor Albuquerque. Está tudo preparado para atender as crianças.
Seguimos a hostess, enquanto eles caminhavam para o outro lado do salão.
Puxei a cadeira para Nick de propósito para que ela ficasse de costas para onde eles estavam.
E eu sentei de frente para eles, mas Sophia sentou de costas para mim.
Observei com inveja aquela família e a primeira diferença entre nós era gritante, os filhos de Sophia foram colocadas em cadeiras especiais para elas. Já na nossa mesa, a Nick não mencionou que haveria uma criança durante o pedido de reserva.
Balancei a cabeça negativamente ao pensar o tipo de mãe que Nick era...
Solicitei a hostess que providenciasse a cadeira para Greg.
Em relação a Sophia ter sentada de costas, não importava. Estávamos no mesmo ambiente e eu podia sentir a sua presença.
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Atualizado até capítulo 81
Comments
Guiomar Maria Bortolin
Mas é uma vagaba mesmo viu/Skull//Skull/
2025-03-30
0
Fatima Vieira
isso não pode ser chamada de mãe
2024-11-04
0
Andréa Debossan
tomara que aconteça isso Sirleide
2024-07-03
3