Vários dias depois.
Na entrada principal do reino, Emma estava se despedindo de Nicolás, a albina pediu ao pai para dizer um pequeno adeus. Ambos pareciam animados, já que a despedida seria para o bem e que num futuro próximo se encontrariam.
- Escreverei assim que chegar\, espero que você e seu pai tenham boa saúde.
- Obrigada\, por favor\, cuide-se\, faça o que tem que fazer para voltar são e forte.
- Eu prometo...
Ambos estavam se aproximando cada vez mais, no entanto, Alessandro pega Emma pelo ombro suavemente, mas é Isaac quem fala enquanto se aproxima.
- O transporte de Nicolás já chegou. Embora tenha me pegado de surpresa que meu filho queira se unir a um dos cavaleiros de prata, ele terá que ser o melhor para ocupar o cargo.
- Isso farei pai. Trarei orgulho ao sobrenome Connell.
- Assim será.
Nicolás irá sozinho, o transporte é da família do arquiduque e ele viajará com um escolta já que a viagem é longa, então ele estará bem protegido.
- Boa viagem\, meu filho... - despedindo-se com um abraço\, Isaac diz adeus.
Alessandro e Emma se distanciam um pouco, mas a albina, ao entender que não verá seu amigo recente por muito tempo, ela sai do lado de seu pai e corre em direção a Nicolás.
- Nicolás! - o jovem para no meio do caminho para o carro.
- Em?
De repente, ela o abraça com força.
- Faça a espera valer a pena... - Emma dá um beijo na bochecha dele, despedindo-se assim dele. Nicolás não esperava aquele gesto, causando-lhe um rubor agradável...
Era de se esperar que Alessandro ficasse como uma pedra, era muito cedo para ele, que sua filha tivesse um namorado ou fizesse algo parecido com um menino. Mas ao contrário de Isaac, esse pai sim esboça um sorriso ao ver Nicolás com uma senhorita.
- Emma! ... - gritou Alessandro enquanto se aproximava.
- Rápido\, suba no carro! - a albina empurrava Nicolás pelas costas.
Quando Alessandro estava a seu lado, o transporte já estava se movendo.
- O que eu te disse sobre ter namorado? ... Você ainda é muito jovem. Vamos falar sobre isso em casa.
"Ah, é melhor pedir perdão que permissão, eu gostei de dar aquele beijo na bochecha..."
Pensou a menina que estava sendo repreendida no caminho. Isaac viu como seu amigo saiu sozinho para cuidar de sua filha, sorriu, porque Alessandro sempre será assim, não importa a idade que Emma tenha.
Era uma noite quando Alessandro estava em seu escritório e seu mordomo lhe entregou uma carta do imperador e saiu imediatamente.
"Desta vez, recebi a carta de renúncia do imperador, só preciso assinar e estarei fora da corte. Mas, nesta carta, havia duas, uma já mencionada sobre as razões e a outra sobre Emma. Assinei a renúncia e li a outra..."
...Duque Phantom, como seus poderes agora são nulos, é uma pena tirá-lo da minha corte, agradeço pelos anos de serviço. Mas você não pode deixar seu legado assim; Emma Phantom é e será tão prestigiosa quanto você, por favor considere a proposta de que, no futuro, sua filha ocupe seu lugar, posso até oferecer o título de duquesa sem casamentos. Até então, esperarei sua resposta com paciência......
Após terminar a leitura da segunda carta, o duque a guarda, pois tinha planejado contar a Emma no futuro se ela queria ou não aquele cargo, agora ela ainda era uma criança e ele tinha que se ocupar de outras coisas, qualquer decisão que ela tomasse, ele respeitaria...
— Meu senhor...— Ania bateu na porta e o duque permitiu que ela entrasse — Vim avisar que a pequena Emma está dormindo.
— Ótimo, obrigado por fazer seu trabalho.
— Cuidar de Emma não é um trabalho... Com todo respeito, eu amo aquela menina como se fosse minha filha, então não é nenhum problema estar com ela dia e noite...— Ania cobre a boca com uma leve corada — Desculpe, acho que estou ficando muito à vontade.
A serviçal faz uma leve reverência e sai. O duque apenas continua observando, com um sorriso ao saber que sua filha estava em boas mãos.
— Ania, você é uma boa mulher.
Os dias passavam rapidamente, Emma combinava seus treinamentos de magia com esgrima.
Hoje ela estava praticando esgrima com seu pai. Era apenas uma criança e, como tal, seu pai a ensinava as posturas corretas com uma espada de madeira.
- Lembre-se do que lhe disse.
- Sim\, pai... Manter o equilíbrio entre seu corpo e a arma.
- Muito bem\, vamos começar...
Emma sorria felizmente, mais uma vez, seu pai se oferecia para ensiná-la e dessa vez era com a espada, algo que ele também era habilidoso. A albina fazia o máximo para aprender como dominar a arte do combate, sabendo que não se tornaria especialista de um dia para o outro, mas com persistência conseguiria, já que estava gostando muito.
Numa tarde fresca, Ania corria alegre pelo corredor com uma carta na mão.
A mulher chegou ao quarto da albina, Emma estava lendo um livro já que estava em seu dia de folga.
- Pequena Emma\, você recebeu uma carta do jovem Nicolás...!
- Até que enfim ele enviou uma carta... - falou Alessandro atrás da porta\, assustando Ania por aparecer de repente.
- Meu senhor!... Como é que...
- O que estou fazendo aqui?... Emma está praticando sua leitura\, e ela me pediu para ouvi-la.
Alessandro observava a carta, ela era tão fina quanto delicada, ele pensou que aquele jovem apenas enviaria uma carta simples, porém estava enganado e percebia que ele se importava com Emma.
- Posso lê-la depois\, pai?
- Não é necessário\, você esperou por essa carta por dias\, Ania e eu lhe daremos privacidade.
Com um sorriso, Emma agradece. Tanto o duque quanto a governanta saem do quarto.
- Nunca a vi tão feliz por receber uma carta - ressaltou Ania.
- Não gosto de admitir... Mas acho que ela gosta de Nicolás\, mas ainda não me agrada.
- Ele é um bom rapaz\, cavalheiro e educado\, perfeito para Emma\, posso lhe assegurar disso\, meu senhor... - Ania faz uma reverência e se retira.
- Suponho que esteja certo\, Ania... - sussurrou ele\, vendo-a se afastar pelo corredor.
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Atualizado até capítulo 20
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