Emma estava deprimida. Embora nunca tenha pensado em ter uma conexão com o pai, pois ele nunca se interessou por ela, isso a deixou pensativa.
— Ania... Meu pai não te falou nada?... Por que ele me chamou?
— Bem... Eu mencionei que você queria aprender magia. Que ele iria procurar um mestre para você. Mas ele disse que não era necessário, que queria falar com você... Desculpe.
— Por que você está se desculpando?... Você estava tentando me ajudar, e eu realmente aprecio isso, você nunca me daria problemas, pelo contrário, você sempre está lá por mim.
Ania para no meio do caminho, pois isso parecia muito maduro e sério para uma menina de 10 anos. No entanto, ela ignora isso, sorri e continuam caminhando.
Chegam ao escritório, Ania bate duas vezes na porta e anuncia a chegada delas.
— Deixe-a entrar, apenas ela.
— Mas...— sussurra Ania.
— Estarei bem... Posso lidar com ele. Afinal, ele é meu pai.
— Tem certeza?... Ele pode ser muito frio com você.
A albina balança a cabeça com um leve sorriso, então entra deixando Ania para trás. No entanto, a empregada sentia algo diferente desde que Emma tinha acordado. Mas ela terá que confiar nessa nova menina e ver os resultados que ela espera que sejam para melhor.
— Pai...
— Sente-se.
"Pensando bem, ele nunca mudou. Voltei 8 anos no tempo e é como se nada tivesse mudado, é exatamente como ele era quando eu era adulta..."
— Ouvi dizer que você quer aprender magia. É verdade?
— Sim. Espero que não seja um problema para você...— embora a albina sinta apenas distância em relação ao pai, ela não deixa de fitá-lo intensamente.
É quando ambos os olhares se encontram. Talvez as diferenças possam mudar se alguém nessa sala estiver disposto a fazê-lo, é quando ele fala.
— Emma. Talvez eu tenha sido muito distante como seu pai, é algo que preciso consertar, sinto que não está recebendo o ensino que merece.
— O que você quer dizer com isso?
Alessandro se levanta de sua cadeira e vai até ela, surpreendendo Emma, que olha confusa para o pai.
— Serei seu mestre de magia... Emma.
— O quê?... Não entendo.
— Você não entende?... Falei claramente, serei eu quem vai te ensinar a usar seus poderes...
— Não me refiro a isso. Você é um homem ocupado, sempre sai do seu escritório e entra como se não houvesse outro lugar na mansão. Não, eu preferia outra pessoa, não quero te causar problemas...
— Não haverá discussão sobre isso. Começaremos amanhã...
— Mas pai-...— Alessandro sai do escritório interrompendo Emma no meio da frase.
"O que deu nele?... Ele nunca teria se oferecido para isso, ele simplesmente escolheria o melhor mestre e pronto, se livraria de mim facilmente, mas não. Foi exatamente o contrário..."
Emma suspira bruscamente e então observa melhor o local. Ela nunca esteve aqui antes, nem mesmo quando era adulta.
"Talvez... eu possa ver..."
Em busca de algo que ela sempre quis ver. Uma foto de sua mãe, pois desde que ela morreu no parto, Alessandro escondeu todas as fotos dela. Então Emma, desejando saber como sua mãe era, vasculha gavetas, a mesa e os cantos do escritório, até que encontra algo, mas está trancado. Tentando abrir a fechadura, alguém aparece pela porta.
Era Ania, que depois que o duque saiu decidiu verificar como estava a pequena Emma.
— Emma!... O que você está fazendo?!... Seu pai poderia te repreender!
— Ania!— surpresa, Emma vê por cima dos ombros...— eu... Você não vai contar nada ao meu pai, vai?
— Não, só porque foi uma travessura de criança, mas você sabe que não deve fazer isso.
A empregada segura a mão dela apenas para tirá-la do quarto e fechá-lo como o duque havia ordenado antes de sair.
— Ania, para onde meu pai foi?
— Hum... Ele não me disse nada, mas ouvi ele falando com o motorista, ele vai para a residência do arquiduque Connell.
— Esse homem...
— O que está acontecendo?
— Ah, nada, só divagando em meus pensamentos... Estou com fome, vamos comer.
Agora era Emma quem estava na frente. No entanto, agora ela pensava com mais curiosidade.
"Meu pai sempre teve contato com o arquiduque Connell. Quem é ele?... Nunca o conheci em minha vida passada, mas tenho a sensação de que logo o conhecerei."
Enquanto o carruagem do duque se dirigia à residência mencionada, passou-se apenas meia hora até chegarem à imponente casa do arquiduque, ainda era dia, passando das doze da tarde.
O motorista abriu a porta do carruagem para que Alessandro descesse, com um suspiro pesado, observou a grande estrutura do local. O mordomo pessoal do arquiduque se aproxima.
— Por favor, siga-m...
— Eu conheço perfeitamente a casa, sei para onde ir. — respondeu Alessandro com total frieza.
Caminhando ao lado do serviçal, cada passo que dava era mais pesado. Facilmente, o duque chegou ao escritório pessoal do arquiduque. O mordomo ficou atrás de Alessandro.
— Meu senhor, peço desculpas, ele... — falou o mordomo nervosamente.
— Não importa, vá embora.
— Como ordenar.
Uma vez que estavam ambos sozinhos, o arquiduque falou.
— Bem-vindo, duque Phantom.
Anunciou ele, cabe destacar que o arquiduque tem quase a mesma idade que Alessandro, ambos se conhecem há muito tempo; como de costume, começa a falar de negócios. No entanto, havia uma criança pequena, sendo ela, Nicolás Connell, filho do arquiduque, com 12 anos de idade, ele era uma pessoa inteligente, e por isso, escondido, escutou a conversa. Parece que Nicolás ouviu algo muito importante, mas ouve passos se aproximando da porta, a criança sai correndo antes disso.
— Hein?... O que foi isso? — perguntou Alessandro, que vê a porta entreaberta. Sai dali e vê o corredor vazio.
— Aconteceu algo, Alessandro?
— Não... Não aconteceu nada, Isaac.
"Senti uma presença igual à da Emma... Acho que me enganei."
Pensou ele, que fecha a porta para continuar sua conversa.
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Atualizado até capítulo 20
Comments
Aninha <3
será que ele ainda não tinha superado o fato da esposa dele ter morrido, e como a Emma é parecida com ela ele n queria vê-la
2024-08-28
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Raquel Vitoria
eu acho que ele não mostra amor , ele ama a filha ,mas não sabe mostra isso
2024-08-02
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Raquel Vitoria
tomara que ele seja um bom pai para ela
2024-08-02
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