— Como?...— saca uma sorriso nervoso—... Pensei que se estávamos, há uma semana te ouvi falar com meu pai sobre um compromisso ou algo parecido...
— Acho que ouviu errado... Sim, falei com seu pai, mas não era disso que estava falando, na verdade, disse a ele o contrário...— com um suspiro profundo, ele termina de explicar—... Pensava em te dizer isso daqui a alguns dias, mas a situação em que me deixa não me dá opção... Quero terminar com você, Emma.
— Como?
— Já não te amo...
A mente da albina dava voltas, via tudo girar diante dos seus olhos. Deixando cair a taça de vinho que tinha em sua mão, ela volta a si quando Willians pronuncia seu nome.
— Emma?
—....
A mulher sai correndo dali, a única pessoa que pensava que a amava a termina de uma maneira muito difícil de esquecer. O homem nem a segue, pois estava cansado dos ciúmes e dramas de Emma, que foi o que fez com que ele já não sentisse o mesmo, além de que a mulher era muito dependente e sempre contava com Williams.
Os dias passaram e Emma não saiu de seu quarto, não comia e apenas esperava a chegada de Williams para se desculpar ou algo parecido, ele nunca mais pisou na mansão. Mas algo inesperado aconteceu.
Alguém batia na porta do seu quarto, não era Ania, sua criada. Tampouco se anunciava, até que ela pergunta.
— Quem é?...— seu tom era apagado.
— Seu pai...— era a voz de Alessandro.
Era surpreendente, mas a albina apenas ficou em silêncio, abraçando um travesseiro deitada em sua cama. Emma dava as costas para a entrada da porta, quando sente o peso de algo se sentar atrás dela, nem mesmo olha ou desvia o olhar.
— Eu...
— Me surpreende te ver aqui.
— É sobre o seu rompimento com Williams...
— Agora você se interessa?
— Emma, você sabe que eu sempre-...
— Sempre me mantinha afastada de você. De que adianta agora?... Veio aqui por pena da sua filha?... Já é tarde demais.
Emma se levanta da cama afastando-se de seu pai, não deixava Alessandro falar.
— Me odeia porque fiz com que minha mãe morresse por minha causa, não é?
Alessandro abre os olhos, quer responder, ela o interrompe novamente. Mas desta vez, com lágrimas em seus olhos.
— Nunca me quis como sua filha, só me manteve sob seu teto para cumprir seu dever de pai, mas na verdade eu não queria nada material... Tudo que eu queria era o seu carinho!
A mulher sai de seu quarto ainda em roupão.
— Emma!
Gritou Alessandro enquanto olhava na direção em que ela foi.
Conforme o tempo passava, o coração partido da albina não tinha se curado, nem mesmo quando ela soube por rumores que a princesa tinha conquistado seu pretendente, ou seja, ele, Williams.
Roxan há tempos tinha colocado o olho no ex-parceiro de Emma, mas para não arruinar sua boa reputação de princesa, esperou o momento em que ambos se separaram, e naquela noite, comprovou que seu relacionamento ia mal, então por isso não duvidou em se aproximar e comprovar por si mesma se interessava a Williams, e sim, ele gostou da primeira vez que se viram. Emma soube que tudo era um plano da princesa.
Em um dia comum, Emma convidou Roxan para tomar chá. Como ambas pertenciam a famílias aristocráticas, foi fácil fazer esse pedido. Como Roxan queria saber como Emma estava, decidiu ir.
— Senhorita Emma, é um prazer revê-la e em melhores condições...— com um sorriso de lado, ela pergunta— Sem ressentimentos?
— Princesa, é claro... Eu sei deixar ir o que nunca foi meu... Quer chá?
— Claro.
Enquanto Emma servia o chá na xícara da princesa, esperava pacientemente que ela bebesse. Roxan finalmente tinha consumido o líquido, pouco depois, começa a tossir sem parar.
— O que... Foi... Cof, cof... O que me deu?
— Veneno para ratos...— a voz e o olhar de Emma eram de total escuridão...— Se Williams não foi meu, seu também não será.
Depois disso, Roxan morre envenenada. Nesse momento, Emma estava cegada pela vingança que nem sabia que tinha até ver o corpo da princesa sem vida e no chão. A jovem reage e percebe o que tinha feito, que por ciúme, tinha matado uma mulher que não merecia, mas foi pela vingança que a matava.
Era óbvio que Emma não sairia dessa. Ao saber disso, a coroa a mandou prender até aguardar seu julgamento, os imperadores estavam furiosos, era sua única filha, então não deixariam a mulher ir tão fácil. Deixando Emma por vários dias na pior cela do calabouço, lá a jovem sofria.
Alessandro jamais foi visitá-la, ela pensava que essa tinha sido a gota d'água sobre o relacionamento com seu pai...
Chegara a hora de sua sentença.
- A morte... - declarou o juiz ao analisar toda a cena\, as provas eram mais que suficientes.
Muitos ficaram chocados com o ocorrido com a filha de um grande duque. Mais do que Emma sentia que seu fim estava muito próximo. Em uma cela, ela aguardava.
- Minha senhora! - era Ania\, a mulher que sempre criara a menina com muito carinho como uma mãe - Por quê? - perguntou ela\, muito ferida.
- Eu... Ania... Sinto muito\, estava cegada pelo ódio\, pela vingança e pela dor... Não sabia o que fazia até já estar feito... - a albina se levanta do chão\, suas mãos frias agarram as grades enferrujadas dando-lhe essa sensação arrepiante -... Não quero morrer... Por favor\, faça algo. Meu pai.
- O duque Alessandro... Meu senhor\, não o vejo desde que você foi levada pelos guardas. Lamento\, não posso fazer mais nada.
- A visita acabou!... É hora de ir embora! - elevou a voz\, um guarda.
- Minha senhora...! - o homem segura o pulso da criada para tirá-la do lugar.
- Ania!
Então, uma vez que o silêncio tormentoso do lugar passou pela cabeça da albina, ela percebe muitas coisas que havia feito errado em sua vida.
"Eu... Como me arrependo dos meus pecados, por que não deixei Williams ir embora sem cometer essa estupidez?" - golpeia o chão impotente - "Eu, gostaria de ter outra chance. Uma vida em que eu possa mudar e não ser essa vilã; maltratei, insultei e matei, só porque não consegui o que sempre quis... Pai, me perdoe, mesmo que você nunca tenha me amado, eu deveria ter sido uma boa filha. Tudo o que fiz foi te dar dores de cabeça e vergonha, mãe, me perdoe... Sinto muito."
Chegando a hora de Emma morrer, a jovem com súplicas via seu pai em um mar de lágrimas, ele apenas lhe dedicava um olhar vazio e sem emoção. Quando a cabeça de Emma cai no cesto depois que a guilhotina desce, embora muitos tivessem vindo ver, eles ficaram chocados. Entre o público estava Williams, olhando com repúdio para a pessoa que um dia foi sua parceira, ele se afasta para não ser mais visto.
O mais impactante é que sua consciência ainda estava viva depois que sua cabeça foi separada de seu corpo, mas apenas por alguns segundos...
"Por favor... Gostaria de voltar atrás e mudar tudo."
Uma vez que a escuridão toma conta de toda sua consciência, Emma morre e sua história acaba aí... Ou pelo menos é o que ela acredita...
_________
- Pequena Emma... Acorde. Você está atrasada para o café da manhã - Ania sacode o corpo da jovem dormindo.
- Hã?... Ania?
Com um sorriso, a serviçal oferece.
- Bom dia... Jovencita\, espero que tenha tido sonhos doces.
Parece que Emma estava confusa, o que estava fazendo aqui se morreu há alguns minutos?... Talvez, voltou no tempo?... Esta é sua nova chance?
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Atualizado até capítulo 20
Comments
Mary
é mulher agora faz as coisas direito viu 😃
2024-09-09
0
JS 👑
caramba 🤯
2024-08-30
0
Dalva Dos Santos
sera
2024-08-30
0