Capítulo 9

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Emma e seu pai estavam quase chegando, antes disso, Alessandro havia enviado uma carta para avisar sobre sua visita.

Na entrada da residência, para surpresa de ambos, o arquiduque e seu filho estavam esperando para recebê-los.

- Que incomum que você mesmo me receba\, Isaac.

- Devo desculpas a sua filha\, Nicolás assustou a jovem Emma e se apresentou sem a sua permissão... - Isaac bate levemente nas costas de Nicolás - ... Peça desculpas a ela.

- Eu... Sinto muito por ter me apresentado sem a permissão do duque.

Alessandro franzia a testa para a criança, causando-lhe um pouco de medo. No entanto, Emma puxa a manga da roupa dele como sinal de que aceitava as desculpas.

- Apenas por minha filha eu te perdoo.

- Por favor\, entrem\, o inverno está mais forte este ano.

Flocos de neve começam a cair, o duque reage pegando na mão de sua filha e entra na grande mansão. Isaac aproveita a oportunidade e começa a conversar com Alessandro, enquanto as duas crianças caminham juntas.

- Ei... Sinto muito se te assustei com o que disse - sussurrou Nicolás... - Talvez você não acredite em mim e pense que estou louco.

- Eu realmente vim por isso... Quero conversar com você para descobrir como você sabe disso... - murmurou Emma.

- Venha\, me siga... - Nicolás segurou a mão de Emma e a levou para outro corredor.

Alessandro estava distraído com Isaac, então não percebeu quando as crianças saíram.

- Tenho muito o que te contar\, Isaac... Vamos para um lugar onde possamos conversar e eu possa ficar de olho em Emma-... - o homem para ao ver que não havia ninguém atrás dele... - Emma?!... Onde está minha filha?

Com um pequeno sorriso, Isaac diz.

- Tenho certeza de que Nicolás está mostrando a casa para ela\, enviarei uma empregada para procurar por eles. Fique tranquilo\, meu filho pode ser reservado\, mas é um cavalheiro\, e tenho visto que está mudando um pouco desde que conheceu Emma...

- Eu...

- Confie em sua filha\, venha\, vamos para um lugar mais confortável\, acredito que você venha falar sobre aquela vez.

Sem opções, o duque concorda e segue para o escritório de Isaac. Ambos se sentam e Alessandro começa.

- Renunciei à corte\, como eu disse a você. O imperador me chamou por algo bobo e aproveitei a oportunidade para fazê-lo.

- Lembro-me de quando você veio ao meu escritório daquela vez\, fiquei perplexo quando você me disse que seu poder mágico estava desaparecendo... Ainda não entendo como.

Sim, naquela vez em que Alessandro foi falar com o arquiduque em seu escritório, era para discutir algo muito importante, mas não era sobre Emma, era sobre como em breve o duque ficaria sem seus poderes, isso era parte do que Nicolás ouviu antes de sair correndo. Alessandro não disse mais nada fora do lugar. Apenas que sua magia estava diminuindo cada vez mais e que ele precisava ensinar tudo o que sabia a Emma para que ela pudesse se proteger quando chegasse a hora...

Voltando ao presente.

- Alessandro... Me conte como você chegou a esse estado... Eu te perguntei naquela ocasião e você não me respondeu. Sou seu amigo... - Isaac enfatizou... - Foi por causa de Emma\, não foi?

Fechei os olhos pesadamente, Alessandro responde.

- Sim... Foi para salvar a Emma\, é a única coisa que posso te dizer.

- Você não vai me contar mais\, não é?

- Desculpe\, mas é apenas Emma quem tem o direito de saber a verdade. Quando chegar a hora\, vou contar a ela.

Isaac oferece um sorriso reconfortante ao amigo e não fará mais perguntas, pois viu nos olhos de Alessandro muita dor.

- Bem\, vamos parar por aqui\, vejo que esse assunto dói muito para você\, se Emma está bem\, você também está... Uma bebida?

- Claro que não... Estou com a Emma. O que ela pensaria se me visse bebendo?... Apenas me dê um chá forte.

- Certo... Vejo que você quer ser o pai perfeito para ela.

- Não perfeito\, Isaac... Pelo menos um pai que ela merece.

Emma espirra de repente. Os dois crianças estavam na sala de estar.

- Está tudo bem? - perguntou Nicolau.

- sim... E... Vais dizer-me como sabes que vou morrer dessa maneira?

Com um suspiro fugaz, Nicolau olha-a nos olhos, a revelação esperada que Emma queria ouvir desde ontem, finalmente será dita.

- Acredito... Acredito que voltei no tempo... - Emma fica tão surpresa que perde o fôlego\, ela olha para ele com grande impressão\, mas o deixa continuar.

O jovem relata que há mais de um mês acordou sendo uma criança, assim como aconteceu com Emma; quando na realidade era um adulto de 22 anos. Emma não pode deixar de supor que ele também se lembra de sua vida passada.

- Não sei como aconteceu\, de repente\, acordei aqui\, 10 anos atrás... Embora minha vida não fosse boa naquela época\, sempre desejei mudá-la e não ser o homem fraco que desapontou seu pai...

- Desapontou?

- Sim... Fui alguém que sempre se escondia atrás da sombra do medo\, quando completei a maioridade\, meu pai me pediu para assumir os negócios da família e eu recusei porque me sentia inseguro\, me sentia incapaz de tudo. Meu pai não me disse nada\, mas sabia que o havia desapontado... Agora\, que tenho essa nova oportunidade\, pretendo corrigir meus erros.

Emma fica em silêncio ao ouvir essa pequena história quase parecida com a dela e Nicolás segura sua mão.

- Talvez você não acredite em mim\, mas conheci o seu futuro... É por isso que tento evitar que você faça algo assim.

A albininha sorri um pouco e pergunta.

- Por que você se preocupa tanto com o meu futuro?

- Porque\, para mim\, sua vida vale mais do que a da princesa...

Emma olha nos olhos dele e finalmente o reconhece.

"Agora me lembro, nunca chegamos a nos conhecer, mas o vi no momento do julgamento, foi a única pessoa que me olhou com tristeza... Nossos olhares foram rápidos, foram seus olhos que me fizeram reconhecê-lo... Apesar de querer mudar seu próprio futuro, ele quis me salvar do meu me avisando dessa forma".

A albininha o abraça de repente e diz.

- Obrigada.

Nicolás se tensiona nos braços de Emma, que mesmo assim pergunta um pouco corada.

- Você realmente acredita em mim?

- Sim\, por isso vou seguir seu aviso... Vamos mudar nosso caminho\, não é?

A criança se afasta para dizer isso...

- Vamos ser aliados\, Emma.

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