Capítulo 19

— Está de volta querida! Por que demorou tanto? — perguntou Cristina — O cliente era, na verdade um amigo e acabou que nós conversamos um pouco — O seu marido sabe disso? — Não! E nem precisa — Eu estava apenas brincando. Relaxe um pouco — Cristina solta uma gargalhada da menina e volta ao que estava fazendo — Esse seu amigo sabe que você é casada, né? — um silêncio se caiu sobre a loja e com os olhos arregalados Cristina encara Eloíse. — Você está traindo o seu marido? — O quê?! Não! Claro que não! É só que... o meu casamento para mim, pelo menos é só uma fachada

— E mesmo assim, eu não teria coragem de trair ele. Eu me sentiria culpada, mesmo sabendo dos delitos que ele comete — Não pretende se separar? Ou você vai continuar assim até a hora que o seu pai quiser? — Não se preocupe Cristina! Esse casamento logo irá acabar. — Faça o que vá te fazer feliz — Cristima caminhou até Eloíse e a abraçou — Você é como uma filha para mim. Não sabe o quanto eu me preocupo com você! — Obrigada, Cristina! — Eloíse aperta mais a mesma. Cristina não sabia o quanto aquele abraço era reconfortante para Eloíse.

Não tinha o amor de um pai, já que Carlos só se importava com dinheiro e consigo mesmo. Monique até que se importava com a garota, mas, só sabia obedecer as ordens de seu marido Carlos e deixando assim a pobre menina de lado. Fazendo com que Eloíse não enxergasse o amor de uma família e não o recebendo. Ela não iria deixar isso acontecer com o filho delas. Não mesmo! Ela queria que seu bebê tivesse uma vida feliz e saudável, custe o que custar. Ela só precisava comprovar para Nathan que não era uma vadia como ele pensava.

Não era como se isso fosse fazer uma grande diferença, mas ela queria mostrar-lhe que tudo o que disse e pensou da mesma, não passavam de mentiras. Ela iria mostra-lo que o filho era dele e que nunca mais iria vê-lo. Mas para isso, ela precisava de uma pessoa para ajuda-lá e ela já sabia quem poderia ser. Ela só precisava ter a certeza de que poderia confiar nele para viver a sua vida em paz de tudo e de todos.

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Depois de um dia cansativo, Nathan tomou um banho bem relaxante para jantar com Eloíse. Ele iria avisá-la sobre o almoço com o seu avô no sábado.

Nathan colocou uma calça moletom e uma regata. Ele desceu as escadas e viu Eloíse já na cozinha conversando com Maria. Maria era uma empregada da família, desde que Nathan era pequeno que ela trabalhava na casa. Depois da morte dos seus pais, Roberto levou Nathan para morar com ele e quando o menino já estava maior de idade, voltou para sua antiga mansão. Ele considera Maria como uma segunda mãe, mas não sabe demonstrar os seus sentimentos para as pessoas.

— Eloh querida, cuidado para não se queimar com a panela. Ela acabou de sair do fogo. — Nathan escutou Maria falando com Eloíse e caminhou até a cozinha. Quando ele já estava bem perto, escutou o estrondo e caminhou mais depressa — Eloíse! — Os seus olhos passearam pela cozinha até ver a menina assoprando a sua mão que estava cheia de molho.

— Venha! Lave a sua mão. Irei pegar um pano e um saco de gelo — Maria falou, enquanto Nathan ajudava Eloíse a se levantar. — Lave as mãos — Nathan abriu a torneira e colocou as mãos da menina na água. Ela desviou o seu olhar das suas mãos para o homem ao seu lado — Você é tão descuidada. Deveria prestar mais atenção! Principalmente agora no começo da sua gravidez. — outro barulho se é escutado e dessa vez é Maria, que acabou soltando a compressa de gelo e o pano.