Capítulo 20

"Tono está tramando te afastar de Dinda, então você precisa ter cuidado, Satria. Por favor, não mencione que você ouviu tudo isso de mim. Meu silêncio até agora não significa que eu concordo com as ações deles. Eu fiquei quieto porque não quero problemas, especialmente na frente dos meus filhos; eles são muito jovens para presenciar disputas entre parentes," disse Beni sinceramente.

Beni encontrou intencionalmente Satria quando ele foi à empresa sob o pretexto de visitar seu amigo, Indra.

"Beni, não se preocupe. Eu não vou dizer a eles que obtive todas essas informações de você. Com licença agora, tenho outros assuntos para resolver. Quando tiver tempo, traga Tiara e Gibran para minha casa," disse Satria, dando um leve tapinha no ombro de Beni.

"Sim, espere até o meu dia de folga," respondeu Beni amigavelmente.

Finalmente, a curiosidade de Satria sobre Beni foi resolvida, confirmando que Beni realmente não gostava do comportamento de seus cunhados e dos planos de casamento entre Dinda e Tono.

No entanto, Beni ainda estava curioso sobre Satria. O vendedor ambulante de gelo, que costumava andar por aí, agora está sempre vestido elegantemente com roupas caras e habilidoso em dirigir carros de luxo. Considerado um motorista particular, mas nunca visto com seu empregador, recentemente Satria era frequentemente visto na empresa, encontrando-se com Indra.

Indra não era uma pessoa comum; até mesmo colegas de negócios achavam difícil vê-lo sem um agendamento prévio. Então, por que Satria achava tão fácil encontrar Indra? Um dia, Beni, você descobrirá quem Satria realmente é.

Em outro lugar, Dinda e sua avó estavam em uma Boutique e Salão. A boutique ficava no primeiro andar, e o salão acima. A avó levou Dinda lá para apresentá-la à equipe.

"Amara, esta é Dinda, a verdadeira proprietária desta boutique. Você pode reunir a equipe para que todos saibam quem é a segunda dona desses negócios?" pediu a avó.

Amara, a gerente de confiança que estava cuidando da boutique e do salão há dois anos, ficou satisfeita quando a avó ligou para apresentar a verdadeira proprietária, já que estava achando desafiador gerenciar os dois lugares simultaneamente.

"Seja bem-vinda, Srta. Dinda. É um prazer conhecê-la," saudou Amara calorosamente.

"Obrigada, Amara. Vou contar com a sua orientação," disse Dinda gentilmente.

Amara assentiu com um sorriso amigável, saiu do local e reuniu a equipe, embora nem todos estivessem presentes, já que alguns estavam atendendo clientes. Depois que todos se reuniram, a avó apresentou Dinda à equipe, pedindo a eles para trabalharem ainda melhor e seguirem todas as regras e comandos de Dinda.

"Obrigada a todos. Espero que possamos trabalhar bem juntos," concluiu Dinda as apresentações.

"Entendido, Srta.," respondeu o grupo em uníssono.

Amara dirigiu a equipe a voltar ao trabalho e então levou Dinda para um tour. Eles visitaram primeiro o salão do segundo andar, que deixou Dinda impressionada com a sua estrutura expansiva, não apenas um salão, mas como uma clínica de beleza com instalações e equipamentos de alta qualidade.

Após o tour pelo segundo andar, Amara levou Dinda ao primeiro andar, onde uma variedade de itens de moda luxuosos eram vendidos, combinando com a atmosfera chique do estabelecimento.

"Isso é o suficiente por agora, Amara; estou começando a ficar cansada. Mesmo com apenas dois andares, esse prédio parece tão grande quanto dobrar o tamanho de um campo de futebol, então andar por aqui é bem cansativo," riu Dinda.

"Muito bem, Srta. Vamos voltar para o seu escritório; a senhora provavelmente está esperando sua chegada," respondeu Amara educadamente.

"Amara, você trabalha aqui há muito tempo?" perguntou Dinda, ansiosa por saber mais sobre ela.

"Estou aqui há mais de dois anos, desde o início desses negócios. Mas na verdade, eu trabalho com a Madame há seis anos. Eu costumava ser a secretária dela, antes de ser transferida para cá assim que esses empreendimentos foram estabelecidos," compartilhou Amara sua história de trabalho com a avó Murni.

Elas chegaram de volta ao escritório que Dinda ocuparia. Lá, a avó Murni estava sentada em um sofá, assistindo televisão.

"Terminou o passeio, Din?" perguntou a avó Murni com um sorriso caloroso.

"Sim, vovó. Talvez mais tarde, minhas pernas estão meio cansadas," respondeu Dinda, rindo.

"Bom, então descanse. Amara, por favor, prepare os relatórios financeiros dos últimos dois meses para mim. Você precisa ensinar a Dinda sobre as finanças aqui, já que ela é nova e não está familiarizada com elas", disse a avó Murni de forma amigável, mas autoritária.

"Certo, senhora", respondeu Amara, saindo para buscar os documentos necessários.

Dinda poderia ter gostado de explorar o salão e a boutique mais a fundo, mas suas pernas doíam e ela ansiava por uma massagem.

"Vó, posso sair por um momento?", perguntou Dinda, pedindo permissão.

"Pra onde, Din?", perguntou a avó Murni, confusa. Dinda acabara de reclamar de pernas doloridas e agora queria sair de novo.

"Só por um momento. Vi uma barraquinha vendendo sorvete de coco lá fora. Parece bem refrescante nesse calor. A senhora também quer um pouco, vó?", perguntou Dinda.

"Achei que você ia a algum lugar. Sim, eu quero, mas sem gelo para mim. Só diga que é para a vó Murni; o vendedor vai saber, porque sempre compro", disse a avó Murni.

"Ok, vó", respondeu Dinda, deixando o quarto.

Dinda saiu do prédio da boutique para comprar sorvete de coco na barraca da frente. Apesar do ambiente chique, a avó Murni permitia que vendedores ficassem ao redor da boutique contanto que não atrapalhassem os negócios, como ocupar vagas de estacionamento.

Dinda pediu três porções com cobertura de gelo, mas para a avó Murni, ela pediu uma porção de água de coco pura, sem gelo e leite. Apressando-se de volta, Dinda colidiu com alguém. Felizmente, a bebida de coco não derramou.

Bum...

"Ai... Olha por onde anda!" repreendeu uma mulher em voz alta.

Dinda reconheceu aquela voz e quando viu seu rosto, de fato, era Sarah. Mas Dinda ficou intrigada com o homem desconhecido que a acompanhava.

"Sarah?", exclamou Dinda, surpresa ao ver sua cunhada, esposa do Reno, ali.

"Din... Dinda? O que você está fazendo aqui? E o que é isso que você está carregando?", perguntou Sarah, com sua voz carregada de ansiedade pela possibilidade de suas ações serem descobertas.

"Eu trabalho aqui, isso é sorvete de coco. Você quer um pouco, Sarah? Ah, e quem é esse homem com você? Seu irmão?", indagou Dinda, com um toque de investigação.

"Eu não me dignaria a tomar essas iguarias baratas. Elas são adequadas para você - pobre e sem cultura. Quem é esse homem, não é problema seu; cuide dos seus próprios assuntos. Preocupe-se em como pode ficar rica rapidamente, para ganhar mais respeito. Ah... Você está aqui para fazer faxina? É isso, não é? Que triste: lavar pratos no café e fazer faxina aqui", zombou Sarah, rindo em seguida.

Dinda viu Amara se aproximando, mas sinalizou para ela ficar parada com um aceno de cabeça, desejando confrontar sua desrespeitosa cunhada sozinha.

"Mesmo que meu trabalho seja humilde, pelo menos não sou má ou mesquinha", retrucou Dinda, um sorriso irônico nos lábios.

"O que você quer dizer?" exigiu Sarah.

"Eu não sou mais criança, Sarah. Eu sei que esse homem deve ter uma relação especial com você. Lembre-se, você é casada e tem filhos adultos, então não aja precipitadamente. O que o Reno pensaria se descobrisse suas escapadas?" Dinda perguntou, com um sorriso malicioso, não demonstrando medo diante da falta de valor e respeito de sua cunhada.

Dinda há muito tempo suspeitava de Sarah. Em ocasiões que não fossem jantares em família, Sarah sempre estaria inexplicavelmente ausente, e há poucos dias, Dinda a avistou jantando no café com o mesmo homem que estava ao seu lado agora.

"O Reno nunca acreditaria em você em vez de mim, sua esposa", declarou Sarah, transbordando de confiança.

"É mesmo?", respondeu Dinda curtamente.

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