Capítulo 18

"O quê? Você quer dizer que foi à casa dos meus sogros?" Satria perguntou surpreso quando o Sr. Agung revelou que havia acabado de fazer uma visita aos sogros de Satria.

Satria ainda não estava pronto para que seus sogros descobrissem quem ele realmente era. Especialmente seus cunhados arrogantes e avarentos, que atualmente eram funcionários em sua empresa. A exceção era apenas Beni, que sempre fora gentil com Satria.

"Sim, senhor. Conheci sua sogra e ela me confundiu com um cobrador de dívidas", informou o Sr. Agung.

Indra, que ouviu a conversa, mal conseguia conter o riso, preferindo não rir alto considerando que o Sr. Agung era mais velho do que ele. Satria já não ficava mais surpreso com as histórias do Sr. Agung sobre sua sogra, ele sabia muito bem como ela era.

"O que você precisava me encontrar em casa, Sr. Agung?" Satria perguntou, redirecionando a conversa.

"Bom... A senhora da casa me instruiu a entregar estes documentos e cartões para a Sra. Satria. Tentei ligar para você mais cedo, mas seu celular estava desligado, então tive que entregá-los pessoalmente, você sabe como ela é quando dá uma ordem", explicou o Sr. Agung seriamente.

Os documentos que o Sr. Agung trouxe eram de propriedade de uma butique e um salão. A butique e o salão estavam em funcionamento há dois anos. A avó de Satria havia construído-os como presente de casamento para Dinda e Satria.

"Tudo isso é da avó, para a Dinda? Quando a avó começou esse negócio?" Satria perguntou, chocado, pois não tinha conhecimento dos empreendimentos comerciais de sua avó na indústria da beleza que atraíam mulheres.

"Quando ela soube que você estava se casando, ela imediatamente começou o negócio, com a intenção de presenteá-lo à sua nora como presente de casamento. Agora está claro quem é a proprietária - está em nome da Sra. Satria e os cartões de crédito e débito também são para sua esposa", detalhou o Sr. Agung.

Satria não tinha ideia de que sua avó havia preparado tudo isso com antecedência, incluindo os documentos de propriedade dos dois negócios em nome de Dinda.

*Como a avó conseguiu administrar todos esses requisitos? Ela realmente é notável\,* Satria refletiu internamente.

Assim que os negócios do Sr. Agung foram concluídos, ele se despediu rapidamente. Quando abriu a porta para sair, Beni estava do lado de fora, esperando para falar com Indra. Beni entrou depois que Indra permitiu.

"Oh, Satria, você está aqui?" Beni perguntou, surpreso ao ver Satria no escritório de Indra.

"Sim, precisava discutir algo com o Sr. Indra; ele é um amigo meu", respondeu Satria, ainda escolhendo mentir.

"Desculpe interromper, mas preciso falar com o Sr. Indra. Há alguns documentos que ele precisa revisar", disse Beni educadamente.

Fundamentalmente, Beni era uma pessoa boa, falando apenas quando necessário. Satria assentiu e permitiu que Beni tivesse sua conversa com Indra. Beni e Indra terminaram rapidamente sua discussão de trabalho, após o que Beni se desculpou e saiu.

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Três dias se passaram.

Dinda e Satria planejavam se mudar, mas não para a casa principal. Estavam se mudando para uma residência que Satria havia comprado perto da casa da família principal onde morava a avó.

"Para onde exatamente vocês planejam se mudar?" Rudi perguntou, vendo Satria e Dinda fazendo as malas.

Eles não carregavam objetos de valor, apenas suas roupas. O restante dos móveis, Dinda havia doado voluntariamente aos vizinhos, com a geladeira e a TV solicitadas pela Sra. Rahayu.

"Estamos nos mudando para o condomínio Indah Island", Satria revelou o nome de sua nova residência.

Todos na casa de Dinda ficaram atônitos ao ouvir Satria mencionar o condomínio onde iriam morar. O condomínio Indah Island era conhecido por ser um bairro de elite frequentado por pessoas ricas e empresários.

"Você deve estar sonhando! Isso é um bairro de elite", zombou Sarah, desprezando Dinda e Satria.

"Pode ser que você esteja com inveja porque nós vamos morar lá. Além disso, Satria comprou essa casa à vista. Se você não acredita, pode ir e ver por si mesma", retrucou Dinda, tentando ser honesta.

Hahaha...

Os irmãos de Dinda riram descontroladamente, convencidos de que Satria e Dinda tinham enlouquecido. No entanto, concordaram em seguir o convite de Dinda para a tal casa.

"Está bem, iremos com você", concordou Sarah, apoiada por todos os outros.

"Por que vocês não vêm ver o palácio de Satria e Dinda? Chamamos assim, mas é só por causa do nome de elite do condomínio. Provavelmente é apenas uma casa velha nos arredores", Reno acrescentou sarcasticamente.

"Eu fico em casa; confio em Satria e Dinda. Se o resto de vocês quiser ir, vão em frente, e mãe, você pode ir junto se quiser", afirmou o Sr. Karim.

No final, todos seguiram para a nova casa de Dinda. Dinda e Satria foram em seu carro; Reno e Rudi cada um dirigiu seus próprios veículos. Rena e a Sra. Rahayu se juntaram ao carro de Rudi, enquanto Beni e seus filhos acompanharam Reno. As crianças de Reno e Rudi raramente saíam de casa, nem mesmo para visitar seus avós.

Ao chegar na grande casa de dois andares, todos os membros da família de Dinda ficaram maravilhados com a casa que os esperava.

"Essa é a casa do seu chefe, Satria?", perguntou Rudi, olhando admirado para a casa diante dele.

"Pense o que quiser, mas o fato é que Dinda e eu vamos morar aqui. Vocês querem entrar? Não se preocupem; não vou pedir para tirarem os sapatos ou sandálias", provocou Satria, lembrando-se de como tinha sido repreendido por não tirar as sandálias ao visitar a casa de Rudi no passado.

"Presunçoso! Agora que você é um motorista autorizado a morar na casa do seu empregador, está se achando. Falar sobre ser motorista, quando um emprego sedentário lhe dá uma fortuna sem esforço", Rudi se vangloriou de seu status.

"Falar sobre o seu emprego de escritório, ao qual você se agarra sem fazer nada. Verdadeiro orgulho vem de ganhar honestamente através do trabalho duro", respondeu Satria, lançando um olhar de desprezo para seu cunhado.

Rudi cerrou os punhos, quase acertando Satria, mas se segurou quando Beni interveio. Beni queria evitar uma cena e o risco de ser expulso pelos seguranças do condomínio, já que dois guardas os observavam desde que chegaram.

"Não precisa fazer um escândalo, senão podemos ser expulsos. Olhe, os seguranças estavam nos encarando há um tempo. Se o Sr. Rudi não sente remorso, por que ficar com raiva?" A pergunta retórica de Beni deixou Rudi encurralado.

"Ele me insultou!" Rudi procurou justificativa.

"Chega de discussão, vamos para casa. Por que se preocupar em visitar esse lugar? Eles estão apenas morando na casa do empregador. Não acredito que Satria comprou essa casa em dinheiro vivo. Ele nem pode pagar refeições regulares, quanto mais comprar uma casa à vista. Dinda, lembre-se de que eu ainda vou te encorajar a pedir o divórcio se Satria não puder te fazer feliz. Tono está pronto para substituí-lo", as palavras da Sra. Rahayu pegaram Satria desprevenido.

Thump...

Satria pensou que as intenções de sua sogra eram apenas brincadeira, mas ela estava seriamente tentando combinar Dinda com o Tono e pressionar pelo divórcio.

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