Capítulo 4

Acordei assustada um barulho alto veio da parte debaixo da casa, me levantei e caminhei até a cama da Isa.

_O que foi isso?- Isa me olha assustada.

_Acho que tem alguém na casa.

_E o que vamos fazer?

_Vamos ficar quietas aqui até o papai ou Cris nos chamar.

_E se alguém entrar aqui?

_Isa eu não sei tá, só não faz nada idiota.

_Vamos esperar!

Depois de alguns minutos que pareceram uma eternidade fomos juntas para a porta mais não saímos do quarto, ficamos ali agachadas no chão do quarto esperando algum sinal ou ouvir mais alguma coisa .

_Não! - ouvi mamãe gritar desesperada.

_Aí meu Deus Sofia vamos descer!

_Não! Ficou maluca e se papai tiver se machucado ou se tornado refém de algum maluco? Você vai fazer o que eu mandar. –Afirmo segurando firme nos braços da Isa.

Outro barulho parecia que alguém estava quebrando tudo na cozinha.

_O que foi? Quem esta lá? O que vamos fazer? Vamos fugir? Droga não posso pegar a arma, esqueci lá em baixo. Vamos sair pela janela?

Metralhava Isa. Sem parar para tomar fôlego.

_Cala a boca! Não consigo pensar com você tagarelando no meu ouvido! - tento manter a calma.

_Tudo bem, me desculpe e o que vamos fazer Sofia? - Isa me olha apavorada.

Respirei fundo como se fosse saltar do trampolim da piscina.

_Quando eu disser vai, você corre para o quarto da Lucy e tranca a porta! Entendeu? Não abra a porta pra ninguém!

Se eu não voltar você foge pela janela e se esconde até amanhecer.

_Mais Sofia e você? O que vai fazer?

_O que nosso pai ensinou. Tentar proteger minha família! Vai, corre!

Isa me deu um abraço apertado e com lágrimas nos olhos corre pelo corredor, passando pela porta como um furacão fechando -a atrás de si.

Ouvi passos leves subindo as escadas, cautelosos, e pela brecha da porta eu o vi, com uma faca em punho totalmente suja de sangue.

_Não pense só reaja! Não pense só reaja!

As palavras do meu pai ecoavam em minha mente.

Mais o medo tomou conta de mim, não consegui me mexer.

Cris apareceu no corredor quase me matando de susto e começou a conversar com o invasor.

_Que merda é essa, o que você está fazendo aqui?

_Não disse pra ficar tranqüilo,que eu ia levar lá pra vocês a parada ?- Continuou Cris.

O rapaz ficou furioso, pulou em cima de Cris e começou a gritar como um louco e o atacou com a faca, mais antes que eu pudesse fazer alguma coisa Cris o dominou e desarmou o cara empurrando ele contra a parede do corredor.

_Você disse cara! Prometeu, ela ficou esperando mais aí ficou muito doente, sabia? Pode morrer e você aqui no seu palacete enquanto minha irmã definha iludida com suas mentiras! Você é um cretino, não merece viver!

O rapaz falava ainda preso por Cris.

Imediatamente Cris o soltou e o empurrou para a escada.

_Da o fora daqui Mec!

_Eu vou mais você vai se arrepender do que fez com a minha irmã.

Cris não se mexeu, ficou parado sem reação como se tivesse processando as informações em seu cérebro, abri a porta e sai feito louca em direção a ele o agarrei com toda força, ele tinha que saber que não estava sozinho e por mais difícil que fosse o que ele estava passando não estava sozinho, eu estaria ali sempre por perto!

_Cris! Cris! Tudo bem ele já foi. Está tudo bem agora, eu estou aqui! - Tentei confortá-lo.

Ele agarrou os meus braços me empurrando para longe, balançando a cabeça andando de um lado para o outro.

_Tudo bem? Você pensa antes de falar essas coisas? Como vai ficar tudo bem, se tudo que eu faço é merda? Eu não passo de um lixo! Por acaso você sabe que tipo de homem eu sou?

Sou da pior espécie, do tipo de canalha que ilude idiotas como você! Minto e engano sem um pingo de remorso! Esse e o tipo de homem que eu sou. E agora estou pagando pelo que eu fiz!

E então em alguns minutos ele estava no chão chorando como um bebê. Me puxando para perto como se eu fosse um bote salva vidas.

_Shii...Vamos dar um jeito! Vou te ajudar!

_Você é tão boa eu não mereço ser seu irmão! -Diz em meio as lágrimas.

Um ruído nós trouxe de volta a o que realmente era

importante naquele momento.

_Já posso sair?-Isa perguntou._ Lucy está me deixando maluca com todo esse silêncio, nunca pensei que ela pudesse ficar tanto tempo calada, isso ta me assustando pra caramba!

_Tudo bem! Vem levanta bebê vamos procurar nossos pais. Peguei a pequena Lucy no colo e descemos a escada.

O cheiro de sangue era forte e o horror era indescritível, um corpo caído no chão sem sinal de vida. Viro-me na mesma hora para passar Lucy para os braços de Isa que estava atrás de mim. Sem hesitar Isa a pega e a leva de volta pra cima.

_Vamos voltar para o quarto!- Isa entende a gravidade e já se afasta.

_Por que Isa ?- Lucy coça os olhinhos e boceja.

_Porque sim! Já passou da hora de dormir e você vai obedecer!

_Você nunca fala assim comigo! -Reclama Lucy.

_Não estou brigando amor, só estou cansada e vou ficar na cama com você até dormir! Tubo bem?

Está melhor assim?

_Está Isa! Eu te amo! - Lucy envolve e pescoço de Isa e eu a perco de vista.

Volto a minha atenção pra aquela cena terrível. Era um pesadelo, não podia estar acontecendo meu pai caído naquele chão frio como um animal, uma poça enorme de sangue em volta, mamãe desmaiada ao seu lado, aparentemente não estava gravemente ferida . O cheiro de sopa e sangue se misturavam na cozinha eu tentei chegar perto deles mais o cheiro me enjoou,minha cabeça girava e uma falta de ar me deixou tonta.

_Sofia ! -Escuto alguém me chamar.

Sinto suas mãos me sacudindo, mas não reajo, só sinto o vazio, a falta de algo que tinha no peito e agora não tenho mais, aquele sentimento de impotência e solidão! Caio lentamente já não sentindo o chão sob os meus pés!

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