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O Mafioso Frio - Irmãos Jones.

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Voz

—Agora não Heitor.

Heitor

—Por que o mal humor? Acho que realmente está precisando de um pouco de carinho.

Voz

—EU DISSE QUE AGORA NÃO! SERÁ QUE NÃO ESCUTOU?

Quando seu tom de voz de eleva Heitor fica um pouco irritado também.

Heitor

—Ah eu escutei sim, mas já que estamos partindo para ignorância, por que não volta correndo para o lugar de onde veio ao invés de me encher o saco?

Voz

—Olha desculpe , não minha intenção, não tive um dia muito bom.

Heitor

—Eu também não, mas tentei ser gentil, não me viu descontando a porra da minha raiva em você, então cai fora!

Voz

—Heitor ?

Heitor

—Eu disse para sair!

Quando a porta bate Heitor então muito irritado pega o copo de whisky que estava na mesa e joga na parede.

De volta a casa Jones Ingrid, Ana e Sebastian continuam sua conversa . Ingrid fica quieta por alguns segundos andando de um lado para o outro.

Sebastian

—Princesa? Precisa se sentar e se acalmar.

Ingrid

—Eu não preciso me acalmar, preciso descobrir quem esta tentando machucar minha família, está obvio que a prisão do Dylan foi algo armado para alguém.

Ana

—Como assim mãe ?

Ingrid

—Queriam ele lá para atrair a gente lá , algo me diz que você não era o alvo que essa pessoa queria.

Sebastian

—Me explica isso direito Princesa.

Ingrid

—Pensa bem, se o Dylan é preso quem é a primeira pessoa para quem ligariam quando descobrissem que ele tem TEA?

Ana

—Para os responsáveis, no caso você e o papai, até por que a Jenny ligou primeiro para a senhora.

Ingrid

—Exatamente , seja quem for essa pessoa ela queria eu ou o seu pai.

Sebastian pensa no que Ingrid acabou de falar e faz muito sentido.

Sebastian

—Mas então por que ele atacaria a Ana ?

Ana

—Mandar um aviso.

Sebastian

—O que?

Ingrid

—Exatamente! Olha só Sebastian te conhecendo bem eu sei que já tem alguém em mente , quem é?

Sebastian

—Estamos trabalhando na hipótese de ser o Henrique, afinal é a única ponta solta do passado.

Ingrid

—Não!

Sebastian

—Não por que?

Ingrid

—O Henrique é idiota demais para arquitetar tudo tão bem assim.

Sebastian

—Acho que 10 anos preso pode mudar alguém e ele tem motivos para nos odiar.

Ingrid

—Ele não pensaria em algo assim, a não ser que...

Ana

—Que o que mãe ?

Ingrid

—Que a Helena esteja por trás disso.

Ana

—Ela não está!

Ingrid

—Como pode saber?

Ana olha para Sebastian na hora porque sabe que falou sem pensar, mas Ingrid nota e se vira para ele.

Ingrid

—O que você fez?

Ela pergunta olhando nos olhos de Sebastian ao notar os olhos assustados de seu pai, Ana resolve falar.

Ana

—Eu a matei!

Ingrid

—Como é?

Sebastian

—Ana ? Não! princesa ela não fez nada.

Sebastian estava morrendo de medo de Ingrid o odiar por isso, mas ver sua filha assumindo a culpa não era algo que ele queria, mas para Ana esse seria o jeito mais fácil de sua mãe aceitar, até por que foi ela quem pressionou o pai para resolver logo o problema Helena antes que a policia descobrisse .

Ana

— Olha mãe , eu matei a Helena .

Ingrid

—É mentira! Você não seria capaz disso Ana .

Ana ao ver que sua mãe não vai acreditar nela resolve ser mais convincente.

Ana

—Enfiei um canivete em sua garganta e a vi sangrar até a morte, depois eu não sabia o que fazer, estava com medo de ser presa e pedi ajuda para o papai para me livrar do corpo.

Ingrid

—Isso é verdade?

Sebastian olha na direção de Ana que faz um sinal com a cabeça para que ele confirme, mas Sebastian diz;

Sebastian

—Não , a Ana não...

Mas ela o interrompe .

Ana

—Já chega pai, não tem mais que me proteger, estamos colocando as cartas na mesa então eu queria te contar mãe, até por que a Helena mereceu morrer.

Ingrid

—NÃO É VOCÊ QUEM DECIDE ISSO !

Ingrid diz aumentando a voz o que assusta um pouco já que ela é sempre tão doce.

Ana

—Não era ela quem deveria decidir também, ela matou minha mãe biológica, deixou o vovô em uma cadeira de rodas, até mesmo nos últimos segundos de vida dele a única coisa que ele se arrependia era de nunca ter conseguido nos pegar no colo, você lembra como ele falava, aquela mulher tentou arruinar sua vida. A morte foi pouco para ela!

Plaft ecoa o tapa que Ingrid da em Ana , mas assim que fez ela já se arrependeu, ela se deixou levar pela emoção do momento.

Ingrid

— Ana ...Meu Deus o que eu fiz?

Sebastian

— Ingrid, por que fez isso?

Ingrid

—Me desculpa querida eu...

Ana

—Tudo bem.

Ana leva a mão ao rosto pois estava ardendo.

Ingrid

—Filha eu... me desculpa!

Ana

—Ela era sua irmã eu entendo sua raiva, mas mesmo que não possa admitir para você mesma que ela mereceu morrer, eu não me arrependo mãe, faria tudo de novo se fosse para proteger minha família.

Ela se vira para o seu pai e continua dizendo

Ana

—Porque para proteger minha família, eu faria qualquer coisa, e isso não é motivo para vergonha, a família é o que temos de mais preciso nessa vida, e proteger esse elo é o que importa e alguns segredos precisam morrer com a gente para proteger a mesma.

Com essas poucas palavras ela consegue dizer ao pai que ele não precisa se envergonhar e nem mesmo assumir essa culpa sozinho e acabar com o casamento dele, a verdade foi dita apesar de não ter sido a mão dela a tirar a vida de Helena, ela estava lá ela viu tudo e ela quem o motivou a fazer isso, então ter sua mãe com raiva dela por um tempo, seria um preço pequeno a se pagar , do que ver a família sendo destruída por causa da Helena.

Sebastian se aproxima de Ana e a abraça, Ingrid também quer abraça-la e se desculpar pelo tapa , mas quando Ana se vira com os olhos cheios de lagrimas e o rosto vermelho ela se sente envergonhada.

Ana

—Eu vou para casa!

Sebastian

—Não você fica aqui hoje!

Ana

—Não pai, eu preciso de um tempo, preciso ficar sozinha.

Ele se aproxima e fala baixo.

Ana

—Essa é a verdade, não estraga tudo entendeu? Não é culpa sua! Só machucaria a mamãe.

Ingrid

—Filha , se está querendo ir pelo que fiz, me desculpa, eu só agi sem pensar, me perdoa.

Ana