Depois Da Morte Eu Me Tornei Um Elfo
Quando acordei, muitas figuras desconhecidas estavam no meu campo de visão. A minha visão estava levemente embaçada, o que não ajudava muito.
- Não se preocupem, isso não é tão fora do normal. Não significa que tem algum problema com o filho de voc- - Antes mesmo que o "doutor" terminasse a frase, vários suspiros aliviados soaram ao mesmo tempo.
Não sei o que dizer, a reencarnação sempre foi algo que considerei plausível, apesar de ter muitas dúvidas. Mas não tenho uma resposta para o que o meu pai fez, no mínimo, estou tendo delírios.
- Já que todos estão aqui, e ele está bem... gostaria de finalmente dar nome ao meu primeiro filho. Este é Harlequim Brightsprout, meu futuro herdeiro! - Ele levantou brevemente sua entonação antes de falar o nome. Eu nem mesmo tinha um nome, mas não posso reclamar, eu nem havia notado.
Harlequim? Não é um nome ruim. Não é o que eu esperava, mas é bonito.
Com meu nome decidido, os dias voltaram a se passar. Eu mal conseguia notar diferença entre eles. A única coisa que me deixava empolgado era as histórias que mamãe viria a contar toda noite.
Aos poucos, aprendi a engatinhar. Antes não me parecia tão difícil manter meu corpo sobre quatro patas. Mas me locomover dentro do berço estava me deixando bastante animado.
Depois de algum tempo, minha mãe sumiu. Ela parou de aparecer todas as noites, até que desaparecesse totalmente. O mesmo aconteceu com o meu pai.
Uma nova mulher estava me ajudando com tudo.
- Hal, você já está sujo de novo? - Sua voz soou com um pouco de enjoo, mas com um leve tom de ironia. Ela havia encurtado meu nome para "Hal". Eu achei algo fofo e bonito. Seus cabelos castanhos, bem curtos. Seus olhos também eram castanhos. Suas roupas eram sempre bem semelhantes a de uma empregada.
Nesse tempo, eu já estava me tornando um profissional nesse negócio de engatinhar.
Ela finalmente havia me deixou sair do berço. Engatinhar fora do berço era muito diferente, o chão onde apoiava meus joelhos não era tão macio.
Não parei para notar, mas esse quarto é gigantesco. Suas cores eram alternadamente entre dourado e branco. Olhando no chão, pude ver ligeiramente meu reflexo.
Meus cabelos eram ruivos escuros, enquanto meus olhos eram verdes bem claros. O meu traço era mais puxado para minha mãe, mas meu cabelo não tinha o aspecto de nenhum dos dois.
Será que mamãe deu uma escapada?
As minhas orelhas pontiagudas chamavam bastante atenção na minha aparência. Não é algo que me incomoda, talvez seja alguma coisa de família.
Eu passei semanas engatinhando pelo quarto. Por algum motivo, ela não me deixava se aproximar das portas. Eu fazia tudo ali, comer, dormir e até minhas necessidades.
Não consegui aprender muita coisa sobre onde estava, o quarto havia se tornado minúsculo para isso.
Oito meses se passaram.
Eu ainda não tinha a mínima ideia de onde estava. Nenhum deles apareceram nestes últimos meses. Na minha cabeça, não havia nada fora dali.
Eu me sentei com dificuldades no berço, antes de ouvir uma voz me chamando: - Hal, a mamãe voltou! - Ela entrou rapidamente, sua voz pareceu falhar por um segundo. Estava em um longo vestido vermelho.
Ela me deu um longo abraço, e sussurrou: "Está tudo bem!"
- Obrigado! - Ela agradeceu a mulher antes de deixar o quarto. - Vamos, precisamos tirar algumas medidas. - Ela me disse.
Olhando ao redor, a casa era enorme. Corredores longos, com muitas portas. A cor branca trazia um ar moderno. O mais próximo que posso chamar de mansão.
Descemos uma longa escada para o andar de baixo, onde observei todas aquelas pessoas se movendo de um lado para o outro. Entramos por uma porta branca, com pequenos detalhes em dourado.
Havia um homem de aparência estranhamente boa. Além de bonito, ele era estiloso. Estava em um fino terno azul que destacava bastante sua aparência.
- Você é o pequeno Hal? - Sua voz soou de maneira doce e suave. Eu esperava que "Hal" fosse um apelido, mas parece que se espalhou por todos da casa. Isso meio que me desanima um pouco.
Ele começou a me contornar com uma pequena fita. Aquilo fazia cócegas, não era como se eu pudesse controlar o riso.
- Você vai se tornar um belo homem, Hal! - Até parecia brincadeira o que ele estava dizendo, todos os olhares dentro daquela sala estavam redirecionados apenas para uma pessoa.
- Okay, acho que terminamos! Isto serve, vamos ver o que posso fazer. - Ele disse isso antes de se distanciar um pouco. O quarto onde estávamos não era muito diferente do outro, não havia muitos móveis ou decorações, mas a casa estava sendo decorada por todas aquelas pessoas. Como se tudo fosse tão novo.
- Enquanto isso, podemos conversar. Eu sei que você é uma criança... meu nome é Lucas! Eu sou um humano... - Ele dava pequenas paradas, enquanto suas mãos se moviam rapidamente. - eu sou o estilista real. E agora, o homem que tem a mão da sua ir- Acho que mais claro... talvez azul?
"Ei, complete suas frases!" Eu murmurei este pensamento, mas parece que a cabeça dele não estava mais aqui.
No final, Lucas encheu minha cabeça com informação sobre cores e tamanhos. Mas não guardei nada.
- Foi o mais rápido que consegui, mas acho que serve! - Ele soltou um longo suspiro, bastante aliviado.
Minha mãe e ele me colocaram em um que podíamos chamar de terno. Estava na medida certa, nem frouxo, nem apertado. Ele tinha uma cor azul, quase preta.
- Você sempre consegue, obrigado Lucas! - Minha mãe parecia bem satisfeita com o resultado. Eu estava realmente bonito, eu não estava só com uma aparência agradável. Caramba, este visual...
- Oi, Hal! Sou eu... - "quem diabos é você?", eu me perguntei mentalmente. - sou sua irmã! - Era quase como se ela tivesse me respondido.
Eu tinha uma irmã que nem eu mesmo sabia da existência dela. Mesmo com quase dois anos, nem mesmo ouvi falar sobre ela.
Aquela garota com uma informação bastante duvidosa não parava de mexer com minhas bochechas. - Quem é o irmãozinho? - Levantei todos os meus membros, tentando mostrar o quão desagradável era a situação. -Você está gostando não é? - Não, eu não estou gostando. Mexer os membros só fez ela aumentar a velocidade.
Eu achei que ela se cansaria rapidamente, mas ela fez isto até o anoitecer.
- Vamos, a cerimônia já vai começar! - Minha mãe afirmou. Quando as portas foram abertas, a sala que antes era vaga, estava completamente decorada. Várias flores, roxas e lilases estavam espalhadas pelo salão. Flores brancas decoravam as portas, o chão estava completamente brilhante.
Uma mesa gigante, com muita comida e bebida. Consegui ver muitas pessoas, mas não conseguia distinguir nenhuma delas. Acho que de qualquer maneira, não vou conhecer ninguém aqui.
Algumas horas depois, o salão estava muito mais cheio. Alguns dos novos convidados pareciam arrogantes. Minha irmã, que não me soltava de nenhuma maneira estava recebendo todos eles.
Todos que entravam pela porta se curvavam ligeiramente de volta. - O rei está chegando! - O grito seguido por um ecoo seguiu por todo o salão. Todas as vozes logo cessaram, um silêncio longo e profundo caminhou pelo salão.
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Atualizado até capítulo 20
Comments
Arlequim é vc?
2023-02-02
4
Mas como é a pronúncia desse nome?? Parece que ele apenas jogou várias letras, Harlequim ainda vai mas esse outro...
2023-02-02
4
Unmei
tô em dúvida se é um casamento
2023-01-29
6