Capítulo 12 - As partidas consecutivas

Yua foi embora antes mesmo de eu abrir os olhos. Ela parecia ansiosa e com medo. Eu não consegui muitas respostas do que ela foi fazer, mas parece que Coleseard foi atacada.

Eu aprendi bastante nesse tempo, não pude estudar magia, mas me tornei bom na esgrima. Não consegui ganhar de Yua nenhuma das vezes, mas, pude ver que seus ataques estavam cada vez mais previsíveis e lentos.

Enquanto empunhava a espada que ganhei de Yua, deixei estes pensamentos fluirem. Ouvi o leve farfalhar das folhas distantes. Eu golpei a espada da direita para esquerda, da esquerda para direita. Não parecia que faria muita diferença mais tarde, mas é bom me acostumar com o peso da espada.

Não tem mais o que fazer no Castelo. A única coisa que posso fazer aqui é adiantar a minha ida para escola. Eu posso conversar com meu pai, ele tem influência, ele pode me ajudar nisso. Eu entrei no castelo e subi as escadas. Não tinha pensado nisso, mas usar castelo é bem estranho. Entrei no escritório do rei e esperei que ele notasse minha presença. — Hal, o que procura? — Meu pai disse notando minha presença. — Eu quero que adiante minha ida para Dendale. — Meu pai não pareceu surpreso, apenas mudou seu tom e continuou. — Você tem certeza? As pessoas de lá serão bem mais velhas que você, talvez mais fortes. — Ele disse pausadamente. — Sim, tenho certeza. — Eu disse sem hesitar. — Se é isto que você quer, adiantarei os papéis para essa semana. — Ele deu uma pausa antes de continuar. — Você pode pedir a sua mãe para ir comprar equipamentos junto com ela, também pedir para Lucas fazer uma armadura leve para você. — Meu pai me disse isso antes que eu deixasse o escritório.

Se bem que não adianta muito eu usar uma armadura, se me lembro bem, terei que usar o uniforme da escola. Eu e minha mãe saímos para a cidade, enquanto a carruagem chacoalhava, eu observava todas aquelas bancas de comerciantes na rua. Eu não esperava encontrar algo que me agradasse, mas sim por que era, finalmente, uma vista diferentes.

Todas aquelas espadas, armaduras. Elas me interessavam, mas eu já tinha minha espada. — Para onde estamos indo? — Eu perguntei. — Vamos apenas passar em Torafell para comprar um terno para sua entrada. Também temos que mudar seu cabelo, de acordo com o termo, isso pode entregar que você é o filho do rei. — Minha mãe falou. Nós chegamos em Torafell algum tempo depois. Eu fui olhar todos os ternos, pra ser sincero, nenhum deles me despertou interesse. Apenas o manto preto no fim da sala, se eu quisesse entrar aem parecer alguém da nobreza, eu precisaria de algo que não fosse um terno e ele seria a escolha perfeita. — Eu quero esse. — Eu disse. — Esse é um tanto mais caro, mas posso fazer por um belo preço. — Torafell disse distante. — Este é um manto criado por um dos nove. Mas não vai demorar muito para você entender do por que ele ser caro. — Ele continou. Sem hesitar muito, eu não mudei minha escolha. — Agora, precisamos mudar seu cabelo. Você é o único elfo de cabelos castanho, é provável que essa notícia já tenha se espalhado. — Ele tinha razão. Eu não havia parado pensar nisso. Torafell me acompanhou até uma sala por trás da recepção. Ele levantou o manto junto de si.

— Coloque, você vai precisar quando sair daqui. Eu já sei sobre as condições, porém, não deixe na cara que é você. — Torafell sussurrou. Eu coloquei o manto sobre a roupa que estava usando. Era uma roupa bem simples em leves tons marrons. O manto preto cobriu toda a roupa, por pouco, não alcançou meu pés.

Torafell se aproximou de mim e colocou suas mãos sobre minha cabeça. Ele fechou os olhos e logo suas mãos começaram a brilhar. Seus lábios se moviam de forma leve mas, eu não podia ouvir sequer uma palavra. Os fios de cabelo que estavam sobre meu rosto foram mudando de cor levemente um por um. A cor dourada se espalhou rapidamente por todo o cabelo. — Ah! — Este foi o único som que saiu da minha boca. Foi impressionante. — Eu usei uma magia de ilusão, ela deve durar até você sair da escola. Tenha cuidado, pessoas fortes vão notar que à magia de ilusão sobre seu corpo. — Torafell disse olhando diretamente nos meus olhos. Eu coloquei o capuz do manto sobre o rosto, antes de deixar a parte de trás.

Eu me encontrei com minha mãe, que me escoltou até a entrada da carruagem. — Você tem certeza que quer entrar com este manto? — Minha mãe perguntou. — Sim, não precisa se preocupar. Eu disse com um leve sorriso. Nós rapidamente voltamos para casa.

Eu voltei diretamente para o meu quarto. Não tinha muito o que fazer. Observei atentamente o teto enquanto minha vista escureceu. — Hal, venha comer! — Pela primeira vez, Eleanor não gritou. Sua voz estava em um tom diferente de antes. Eu desci as escadas e me deparei, desta vez, apenas com minha família na mesa. Eu me sentei em uma das cadeiras enquanto todos trocavam olhares. — Já que ninguém quer falar, eu vou! Vamos sentir saudades! — Eleanor disse enquanto lágrimas rolaram no seu rosto. Acho que mamãe e papai contaram para ela. — Por que estão tão abalados? — Eu perguntei um pouco surpreso. — Você ficará pelo menos 5 anos na escola. Sem chance de voltar para casa. — Meu pai respondeu.

Eu esperava que a educação aqui funcionasse de maneira diferente, mas, são 5 anos sem voltar. É muito tempo. Minha mãos tremeram enquanto eu segurava os talheres. — Vai ficar tudo bem! — Eu disse soltando um sorriso de canto de boca. Não sei se foi o melhor sorriso, mas eu havia me esforçado.

Eu subi as escadas antes de todos. Nem mesmo terminei a refeição que estava no prato. Deixei meus pensamentos escaparem ao mesmo tempo que minhas pálpebras ficaram cansadas.

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