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Quando acordei, senti o cheiro de desinfetante, olhei ao redor e percebi que não estava sozinha, haviam várias outras pessoas ali naquele quarto.
___ Ah\, você acordou!__ Disse uma mulher com roupas brancas\, ela segurava uma prancheta\, deduzi que fosse uma enfermeira.__ Como se sente?
___ Minha cabeça dói.__ Falei\, levando a mão á testa e notando que havia um curativo lá.__ Que lugar é esse?
___ Você está em um hospital! Vou chamar o médico\, pode me dizer o seu nome\, para podermos entrar em contato com seus parentes.
Abri a boca, pronta para falar, foi quando percebi, eu não lembrava meu nome.
___ Eu não sei quem eu sou.
Meu coração acelerou, eu não lembrava de absolutamente nada sobre minha vida, se tinha família, ou quantos anos eu tinha.
___ Não se preocupe.___ Falou a enfermeira\, que em seguida deixou a sala.
Um médico veio minutos depois.
___ Sua cabeça dói muito?___ Perguntou.
Assenti.
___ Não se lembra de nada mesmo?
Balancei a cabeça em negação.
___ Pode ter sido pela pancada na cabeça\, faremos mais exames para investigar. Não se preocupe\, ficará tudo bem.
Forcei um sorriso.
___ Doutor\, preciso que venha até aqui.___ Chamou a mesma enfermeira de antes.
Fiquei alguns minutos sozinha, até a dor ficar insuportável, fechei os olhos. Se dormisse, ficaria melhor para suportar.
___ Ela está aqui.___ Ouvi a voz do médico.
___ Rafaela!___ Uma mulher falou com a voz chorosa.___ Graças à Deus!
Abri os olhos, piscando lentamente.
Ela não devia ter mais que 50 anos, estava com um sorriso no rosto, apesar dos olhos lacrimejarem. O cabelo era curto e repicado, com luzes platinadas nas pontas e a raiz escura.
___ Quem é você?___ Indaguei.
Seus olhos arregalaram e ela logo olhou para o médico.
___ Sua filha sofre de amnésia\, a memória dela voltará com o tempo\, pode levar dias ou meses\, tudo dependerá dela.
" Então essa é a minha mãe?"
Ela assentiu.
___ Ela pode ser transferida? Haverá algum problema para ela?
___ Problema nenhum! Transferiremos ela o mais rápido possível\, senhora.
___ Obrigada doutor.
Senti o toque de sua mão na minha.
___ Você me preocupou tanto! Tive tanto medo de perder você\, Rafaela.
___ Mamãe?___ Experimentei falar.
Seu sorriso se alargou.
___ Fique tranquila\, eu a levarei para casa.
___ Está bem\, mãe.
****
___ Espere aqui\, enquanto pego o carro\, está bem?
___ Ok\, mãe.__ Sorri.
___ Eu não vou demorar.
Sentei em uma das cadeiras da recepção enquanto a mais velha saía.
___ Mas olha só! Quem é vivo sempre aparece!___ Uma garota veio até mim.
Olhei-a de cima a baixo.
___ Desculpe\, nós nos conhecemos?
Ela gargalhou.
___ Para de palhaçada\, Gabriela!
" Gabriela?"
O nome me parecia familiar, por algum motivo.
___ Vou fazer você lembrar de mim!
Ela deu um puxão em meus cabelos.
___ Pare com isso!__ Empurrei-a. ___ Quem é você?
___ Você sabe quem eu sou\, não se faça de sonsa!
___ O que está havendo aqui\, Rafaela?
Minha mãe apareceu.
___ Essa maluca\, veio aqui e me deu um puxão de cabelo.
___ Saia de perto da minha filha! Quem pensa que é para fazer isso? Vou chamar a polícia!___ Mamãe imediatamente se colocou na minha frente.
___ Não é necessário! Me desculpe!___ A mesma falou\, nervosa.___ Eu a confundi com outra pessoa\, me desculpe de verdade!
Saiu apressadamente.
___ Onde já se viu?!___ A mais velha balançou a cabeça em negação.___ Que garota mais mal-educada!
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Marli Franroz Hofildmann
indo para casa? não seria transferida para um outro hospital, fazer outros exames?
2024-03-10
1
Claudia Lanzetti
ela ia ser transferida ..derrepente já estava de alta ia pra casa. .a maldosa aparece do nada no hospital...está difícil entender este livro
2024-03-07
5
Ecleilda Justino
agora deu mesmo
2022-12-09
1