Gabriela
___ Olha só quem está aqui!___ Eloísa cruzou os braços e veio até mim.
___ E então? Vai aceitar minha ajuda, vai deixar seus amiguinhos órfãos passarem fome, Gabi?
Respirei fundo.
___ Não vai aceitar minha ajuda, então tudo bem! Vou ligar para a fiscalização e dizer que vocês passam por maus tratos.
Imediatamente ela desferiu um tapa em meu rosto. Levei à mão até a bochecha, surpresa.
___ Sabe como é, né? Precisamos ter provas visíveis.
Senti uma joelhada nas costas que me derrubou no chão, com certeza era uma de suas amigas.
Elas gargalhavam.
___ É tão divertido brincar com você!___ Maria colocou seu pé em minhas costas.
___ Pare!___ Gritei, tentando me levantar.
Ela tirou o pé enquanto ria.
___ Me desculpe, Gabi.
Eu estava farta daquilo tudo, não pensei duas vezes e me atirei no seu pescoço, dando tapas e mais tapas no seu colo, braços, tudo o que pudesse alcançar.
___ EU ODEIO VOCÊ!___ Gritei com toda a minha força, eu estava transtornada. ___ SUA DESGRAÇADA, EU QUERO QUE VOCÊ MORRA!
___ O que está acontecendo aqui, Gabriela?
Era a professora Márcia.
___ Solte-a agora!
Larguei Maria Eloísa e a mesma escondeu-se atrás da mais velha.
___ Professora, ela está sempre me perturbando, está fazendo bullying comigo.
Ergui as sobrancelhas, chocada.
___ ISSO É MENTIRA!
___ Gabriela, abaixe o seu tom de voz!___ A mestra me repreendeu.
___ Mas ela está mentindo! Eu juro!___ Comecei a chorar.
___ Não adianta fazer esse teatrinho, eu vi tudo. Vá direto para a sala dos professores! Vamos, Eloísa, vou ligar para os seus pais.
Bati na parede com força, ela tinha conseguido vencer.
___ Isso é para você aprender a não mexer com a Eloísa!___ Uma de suas amigas disse.
Mariana fez contato visual comigo enquanto eu saía da sala, pude ver em suas expressão que não estava concordando com aquilo.
Enxuguei as lágrimas e forcei um sorriso.
___ Está tudo bem!___ Disse, mesmo que ela não pudesse me ouvir completamente, pois estava sentada no fundo da sala.
Quando cheguei à sala, Márcia assumiu a postura de coordenadora e começou a gritar.
___ Que decepção! E pensar que era a representante da turma. Por que essa violência? Não se arrepende nem um pouco disso?
Não disse nada, permaneci com a expressão séria.
___ Eu não tolero bullying nesta escola, Gabriela, você sabe disso!
Foi até a mesa e, olhando para o computador, começou a redigir um documento.
___ Assine isso.___ Entregou-me a folha e uma caneta.
___ Uma expulsão?!___ Exclamei enquanto lia.
___ Como você não mostrou nenhum arrependimento, eu não tenho escolha.
Queria continuar gritando, tentando convencê-la da verdade. Contentei-me em cerrar o punho e assinar.
___ Espero que reflita sobre isso.
Saí sem responder nada e fui buscar as minhas coisas, quando cheguei, a minha mochila tinha uma pintura feita com corretivo escrito morra.
___ Tchau Gabriela. ___ Maria Eloísa apareceu.___ Vou visitá-la na casa do amor e nos seus empregos, não vai ficar sozinha.
___ Por que é assim? ___ Perguntei.___ Por que me odeia tanto?
___ Porque você é você! Não tenho que ter um motivo específico.
___ Eu tenho pena de você!
Minha fala a revoltou.
___ Meninas.
Assim que ela chamou suas amigas me agarraram, uma em cada braço e me arrastaram até o banheiro.
___ Achou que sairia desta escola sem nenhum problema?
As duas puxaram minha camisa, até conseguirem tirá-la, deixando-me só de sutiã, Eloísa começou a tirar fotos.
___ Pare com isso. ___ Tentei me cobrir, mas suas duas capangas me impediam.
Assim que tiveram o que queriam, elas me deixaram lá, enquanto eu chorava. Me vesti e saí de lá aos tropeços.
Fui ao abrigo e troquei de roupa, praticamente voando pela porta em seguida.
___ Gabi! Gabi! ___ A diretora me chamou, mas ignorei. Nada importava mais.
" Chega de tudo isso!"
Fui até a praia, na parte mais alta, uma colina com um gramado baixo, lá embaixo estavam várias roxas e a água. Ventava bastante aquela hora e eu estava usando o moletom cinza e rosa.
As águas estavam calmas, não havia mais nada em que pensar, ninguém para me atormentar, nenhum trabalho para fazer.
Aqui ninguém podia acusar-me de nada.
E pensar que tudo isso começou, porque fui defender uma colega.
Eu estava na dúvida, devia pular ou não, a grama escorregava e o vento fazia com que os cabelos cobrissem a minha visão, mas isso era bom, porque não queria ser vista chorando.
Respirei fundo, dando mais um passo à frente. Olhei ao redor, ninguém me veria, afinal havia uma grande árvore para me esconder.
" Por que estou pensando tanto?"
" Não tenho nada a perder!"
Fui até a beirada e joguei-me, o choque do corpo na água fez com que eu batesse a cabeça.
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Marli Franroz Hofildmann
nossa, que triste
2024-03-10
2
Ecleilda Justino
essas nogenta acho que dinheiro e tudo tenho raiva dessa pessoa que faz isso aff
2022-12-09
4