Capítulo 4 A inseminação

Capítulo 4

A inseminação

Meredith

Na faculdade nesta manhã de segunda-feira não consegui me concentrar em nada, só me passa um filme com as lembranças de tudo que aconteceu na clínica o tempo todo na minha cabeça. Talvez eu seja um pouco dramática, mas é a minha personalidade o que eu posso fazer.

A manhã passa lentamente e hoje não trouxe almoço então vou almoçar no restaurante hoje. Cristian e Joice se sentam comigo e perguntam do meu pai, eles sabem que ele está internado.

-- Ele está se recuperando bem devagar, mas está melhor, obrigada!

-- Se precisar de qualquer coisa Merí não sinta vergonha de nos procurar. Diz Joice.

-- Obrigada querida, por enquanto está tudo bem.

Claro que eu estou tendo que vender um filho para pagar o tratamento, mas está tudo bem. Penso.

Também tenho que pagar os custos do hospital em que ele está hoje. O nosso convenio médico é parcial. Eu não posso pagar um completo.

-- Tchau Merí bom trabalho. Dizem Cristian e Joice saindo da mesa.

-- Tchau obrigada.

A tarde voa na faculdade, e a noite já em casa não tenho animação para fazer bolos. Mia bate em minha porta.

-- Oi Mia tudo bem?

-- Vim te ver como você está?

-- Você já deve estar sabendo amanhã faremos a inseminação.

-- Estou sim. Você está mesmo decidida?

-- Estou, dei a minha palavra.

-- Como você vai fazer com a faculdade.

-- A médica vai me dar um atestado com alguma desculpa. Preciso ficar três dias em repouso absoluto.

-- Com quinze dias já teremos o resultado.

-- Espero que dê certo de primeira. Digo sem pensar muito.

-- Sabia que esse seu apartamento está à venda, e o que eu moro também, tem mais nos andares de cima.

-- Meu Deus e como não me falam nada. Eu digo indignada.

-- Os valores são, menos de sessenta mil dólares, você deveria comprar uns dois ou mais para alugar e ter mais segurança financeira.

-- Obrigada pela dica vou pensar nisso. A conta do meu pai no hospital já está em cinco mil dólares, a dívida dele com os gangsters é de sessenta mil. Talvez eu consiga comprar pelo menos dois apartamentos ainda na primeira etapa do pagamento.

-- Isso faça isso mesmo. Compre o meu assim você já tem uma inquilina. Mia fala batendo palminhas.

Mia me faz jantar e tomar os remédios.

-- Agora assista um filme, relaxe e vai dormir.

-- Boa noite Mia.

-- Boa noite querida.

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Manhã seguinte

Ligo para faculdade e faço como a médica me instruiu.

-- Estou sentindo dores abdominais muito forte. Vim ao médico e estou em observação.

-- Melhoras querida não esqueça o atestado médico.

Diz a senhora Olivia ao telefone, eu fico até me sentindo mal, mas não posso dizer a verdade está no contrato. Quando for impossível esconder direi apenas que estou gravida e depois quando não existir bebê direi que faleceu. Já tenho tudo planejado. Nunca imaginei que me tornaria uma mentirosa.

Estou ainda em minha cama quando chega mensagem no celular do Sr. M. Ele disse para que eu esteja pronta as onze horas que o segurança virá me buscar.

As horas passam rápido e onze horas desço e Mike já está a minha espera. Sempre tão simpático comigo sorri e abre a porta do carro.

Dessa vez estou sozinha no banco traseiro, isso para mim é um alívio.

-- Mike hoje o Sr. M não vai?

-- Eu não sei senhorita. Não sei mesmo.

-- Tudo bem.

Em menos de quarenta minutos chegamos na clínica em Dallas.

Hoje a clínica não está fechada, com certeza o poderoso não vem. Não posso negar é melhor assim ele me intimida e me faz com que eu me sinta uma vadia engravidando de alguém que nem conheço o rosto. Coisa mais estranha.

Não demora uma enfermeira me chama e me diz que vou me internar.

-- Verdade eu não sabia, não trouxe nada.

-- Já providenciaram tudo para você. E você irá passar o seu repouso aqui.

-- Mike ainda está aqui?

-- Não sei por quê?

-- Preciso de um carregador de celular.

-- Resolvo isso pra você Srta. Meredith. Agora descanse.

Ela fala enquanto me entrega um pijama.

-- Obrigada.

Visto o pijama e me deito. Me distraio assistindo um filme, almoço, durmo, por volta das 17 horas uma enfermeira entra no quarto.

-- Srta. Meredith tome um banho e coloque esta camisola com a abertura virada para trás. As 18 horas será feito o procedimento.

Muito nervosa e me tremendo fiz o que a mulher pediu. Como combinado às 18 horas vieram me buscar.

Por conta que ainda sou virgem e iria doer mais do que o normal fui sedada.

Acordei horas depois. sem sentir nada parece até que não fizeram nada. A médica disse que meu parto caso tudo dê certo será cesárea para não estragar a minha virgindade. O que me importa.

Me assusto quando ouço alguém suspirar. Ergo minha cabeça.

-- Mia? Como sabe que estou aqui.

-- Estou aqui para garantir que você não se levante.

-- Eu não vou me levantar. Você conhece mesmo o mascarado né.

-- Não sei se conheço ele ou alguém que o conhece. Já que ele é mascarado. Mas o importante é que estou aqui com você.

-- Isso é verdade. Sentar eu posso.

-- Vou te ajudar.

Mia Sobe a cama e me deixa sentada.

-- Eu não posso nem ir ao banheiro?

-- Não querida. Se quiser te trago a comadre.

-- Não sabia que precisava tudo isso. Eu heim.

-- Tudo para que dê certo de primeira. Não é isso que você quer?

-- É sim. Preciso pagar as dívidas do meu pai e o hospital.

-- Vai dar certo. Soube que você ovulou naturalmente isso aumentam as chances.

***

Nos próximos dias senti muita dor de cabeça, por causa dos medicamentos e de ficar deitada sem fazer nada. Mia ficou comigo o tempo todo. Ela entrou com pizza e refrigerante escondido, fizemos a noite das meninas comendo e assistindo filmes.

No terceiro dia depois das 18 horas recebi alta e Mike nos levou embora.

Mike atendeu ao meu pedido de passarmos na faculdade para que eu deixe o atestado, Mia levou para mim até a secretaria, no atestado fala que passei por uma cirurgia de emergência.

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