Capítulo 20

Quando Luna chegou à varanda, suspirou enquanto exibia um sorriso, pois sabia que a rejeição que fez a Max o faria ficar zangado. Ha, ha, ha.

Enquanto Luna estava pensando em como Max ficaria zangado, havia um homem de cabelos negros e belos olhos esmeralda escondido entre as sombras. Ele a olhava com intensidade desde que ela chegou lá. Ela estava tão absorta em seus pensamentos que não percebeu, mas quando Max invadiu a varanda ela virou-se para olhá-lo.

- O que está acontecendo?

- Você é inútil. Claramente\, eu disse para você se comportar.

- Max\, não exceda a minha paciência. Você quer que eu te dê uma surra nesta linda festa?

- Não vá longe demais!

- Não\, é você quem está ultrapassando limites. Já pare de se intrometer em minha vida ou vou colocá-lo em seu lugar na frente de todos

- Olhe Luna\, é melhor você se comportar e ter cuidado com quem fala\, já que você está vestida como uma prostituta.

Plum! Luna deu um forte soco na barriga de Max para ele se calar.

- Não me fale desrespeitosamente novamente e não me compare a sua prostituta\, já que ela e eu somos muito diferentes.

Em seguida, ela virou as costas e saiu da varanda, deixando Max ajoelhado no chão, enquanto recuperava o fôlego.

Max ficou na varanda por mais um tempo até sua respiração voltar ao normal e foi para dentro, para o salão.

Por outro lado, o homem que estava espiando Luna viu toda a interação do casal. Ele não podia acreditar como Luna, uma mulher tão magra, deu um golpe tão forte em Max, que mesmo não sendo muito forte porque não treinava, era um homem alto e musculoso.

Quando Max saiu, ele o seguiu para dentro, notou que a princesa estava acompanhada pelos imperadores e se dirigiu para lá.

-Boa noite, pai, boa noite, imperatriz, sóis do império.

O homem era Frederix Contreras, o segundo príncipe do império, filho do único amor do imperador e rival de Max pela ascensão ao trono.

O pai de Frederix estava muito contente em vê-lo, já que fazia alguns dias que não via seu amado filho. A imperatriz, como sempre, ao vê-lo, ficou chateada, já que era sua festa de aniversário e não o queria ali, mas não podia dizer nada na frente do marido, que amava tanto aquele jovem.

-Filho, que alegria poder te ver aqui.

Disse o imperador.

-Sim, Frederix, que alegria.

Disse a imperatriz.

Tanto Frederix quanto Luna notaram que era mentira, que a imperatriz não ficou feliz em ver o jovem, mas nenhum deles disse nada.

O jovem olhou para Luna e disse:

-Princesa Luna, que alegria poder vê-la enfim, faz muito tempo que não venho ao palácio.

-Obrigada, alteza. Eu digo o mesmo, é uma alegria vê-lo depois de tanto tempo.

Embora Luna se lembrasse do irmão de Max pelos registros da sua memória original, ela não se lembrava que ele era tão bonito. O homem era lindo, embora também possuísse uma aura brutal.

- "Princesa\, concederia-me este baile?"

A música começou a tocar, o que a encorajou a responder. Os imperadores olharam surpresos para o jovem e pensaram que ela diria não, por isso ficaram ainda mais surpresos quando Luna colocou sua pequena mão sobre a mão já estendida do jovem.

Eles se movimentaram pelo salão de mãos dadas até chegar à pista de dança, onde imediatamente começaram a dançar.

As pessoas murmuravam loucamente, os imperadores surpresos não sabiam o que dizer, já que Luna havia dito anteriormente que estava cansada e que não dançaria com o marido, mas agora estava dançando com outro homem sem problemas.

Max também estava lá, ele havia ido ao banheiro depois do incidente com Luna na varanda e, quando chegou ao salão e viu sua esposa dançando com Frederix, ficou tão bravo que não pensou em nada além de separá-los. Ele se aproximou deles e pegou o braço de Luna, fazendo com que o silêncio caísse sobre todos, e em seguida lhe disse:

"O que você pensa que está fazendo?"

"Estou dançando, caso você não tenha percebido. E pare de me machucar."

"Se você gosta de ser uma vadia, tudo bem, mas não me deixará em uma situação ridícula."

"Você é quem se coloca em situações ridículas, não precisa da minha ajuda."

"Cale a boca e vamos já para o palácio."

"Max, acalme-se e me solte, eu disse que você está me machucando."

“Você acha que o que você diz me importa?“

Sem se importar com o local onde estavam, ao ver que Luna não se movia do lugar, Max deu-lhe um tapa e disse:

-Rápido!

Todos estavam com a palavra na boca, o príncipe tinha agredido sua esposa na frente de todos os convidados e dos imperadores.

-Max, o que você pensa que está fazendo?

Gritou o imperador. Foi então que Max percebeu que estava em uma sala cheia de pessoas que o olhavam com desaprovação por ter agredido sua esposa.

-Desculpe, querida.

Disse Max soltando a mão de Luna e tentando se aproximar dela. Luna, que sabe do que Max é capaz quando desempenha seu papel de esposo amoroso, recuou fingindo medo.

-Por favor, chega, Max, não me bata, eu não fiz nada de errado desta vez.

Disse ela, soltando algumas lágrimas.

-Apenas estava dançando com seu irmão.

Frederix, que entendeu o que Luna estava fazendo e acrescentou mais lenha na fogueira, disse:

-Como é que desta vez? Meu irmão a bate em casa?

Luna, que percebeu que Frederix entendeu o que ela estava fazendo e ainda estava a ajudando, fingiu surpresa e medo com Max, enquanto dizia:

-N... não, não, ele é um bom marido.

Quando a palavra marido saiu de seus lábios, ela fingiu desmoronar e começou a chorar mais alto.

O imperador acreditou rapidamente no que Luna disse.

-Você bateu em sua esposa, filho?

-Não, pai, esta foi a primeira vez!!

O imperador, não muito convencido pelas palavras de seu filho, olhou para Luna e perguntou...

-Já te bateu meu filho antes?

Como Luna se fazia indecisa para responder, o imperador lhe disse.

-Ordeno que responda com a verdade.

É nesse momento que Luna começa a chorar mais forte, enquanto assente com a cabeça.

O imperador e Frederix levam Luna da sala, deixando os convidados olhando mal para Max, que também ficou ali junto à sua mãe. A imperatriz disse a ele que o acompanhasse até seu quarto para conversar.

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