Capítulo 5

Com o passar do tempo, já havia se passado um ano desde que Luna se casou com Max. Ele nunca mudou seu tratamento em relação a ela, nem passou a noite com ela como era necessário para que tivessem um filho. Diziam no palácio que ele sentia asco por ela, que era uma pessoa ruim e merecia o desprezo de seu marido.

Luna era agredida por todos no palácio do príncipe herdeiro. Os soldados não a respeitavam e quando Max a punia, eles riam e ajudavam alegremente o príncipe a humilhá-la. As criadas estavam do lado de Carolina e agora a ajudavam em suas mentiras, faziam-na passar fome e a confinavam em seu quarto, se Carolina os pedisse, por dias, sem água ou comida. Não apenas Max a punia, mas também a mulher que ele amava.

Embora no início pensasse que era uma boa mulher, pela qual o homem que amava havia se apaixonado, logo percebeu a realidade. Carolina não era boa, era uma pessoa cheia de maldade que colocou todos contra ela.

Justamente no dia do aniversário de casamento de Max e Luna, não se celebrou o aniversário deles, mas sim Carolina estava grávida. Todos riram de Luna, que chorou a noite toda ao saber, não pelo que diziam dela, mas porque ela queria ter um bebê com Max quando se casou e ele só lhe causou dor.

No dia seguinte, as criadas disseram a Luna que, se quisesse tomar o café da manhã, deveria ir à cozinha buscar. Luna estava triste, porque sempre tratava amavelmente todas as pessoas e elas respondiam rudemente, olhando-a com ódio. Ela se vestiu sozinha, sem a ajuda das criadas que a abandonaram há muito tempo para ficar com Carolina, que tinha a estima do príncipe, e desceu sem saber que era uma armadilha preparada para fazer com que ela parecesse mal novamente diante de Max. Quando chegou à escada, Carolina estava lá, esperando no meio do caminho. Ela parecia irritada ao vê-la.

- Demorou\, idiota - enquanto dizia essas palavras\, ria.

Ao vê-la rindo dela, Luna disse o mais calmamente possível para evitar um conflito:

- Por favor\, me deixe em paz. Eu não fiz nada a você.

Carolina ficou brava ao ouvi-la, para ela, era como se Luna fosse uma mosca morta.

- Claro que sim. Você se meteu no meu caminho\, no meu destino. Eu deveria ser a imperatriz e você está no meu lugar. Mas isso não vai durar muito\, eu vou cuidar disso.

Carolina estava sorrindo agora, com maldade. Ela olhou para trás de Luna e, no meio da escada, gritou:

- Não\, não\, Luna!

Ao ouvir o grito de sua amada, Max -- que passava pelo corredor para ir para seu estúdio, como todas as manhãs -- voltou o olhar e viu Carolina rolando escada abaixo, enquanto Luna estava mais acima. Ele assumiu imediatamente que ela a empurrou, provavelmente porque soube de sua gravidez.

Quando chegou ao pé das escadas, seu rosto estava tomado por uma expressão de ódio.

-Você vai pagar caro por isso, Luna. Prendam-na!!, disse aos guardas que o acompanhavam.

Luna foi levada com brutalidade pelos soldados e jogada em uma cela, e até três dias depois ninguém a visitou ou levou água ou comida. Ela ficou lá sozinha, sem saber o que lhe aguardaria o destino e esperando pelo pior.