Lugar certo, hora certa (Joaquim)

Marcamos de nos encontrar em frente ao clube às dez e meia da noite, para não correr o risco cruzar com a Manú acidentalmente sai de casa mais cedo.

Cheguei no clube e fiquei esperando a galera chegar, estavam atrasados como sempre, o sono começava a chegar meus olhos estavam ardendo, decidir ir pegar uma bebida para passar o sono.

Enviei uma mensagem para Márlon o avisando, paguei a entrada e fui pegar uma bebida.

Após beber duas cervejas os vigaristas chegam.

Márlon: Que foi cara perdeu algo?

Joaquim: Finalmente, achei que vocês não viessem mais.

Breno: Próximas rodadas são por minha conta, em comemoração ao nosso parceiro que está indo para a forca.

Márlon: Olha o respeito.

Lucas: A posto que o próximo a se casar será o Joaquim.

Joaquim: Eu não tenho tanta certeza disso. Como não estamos aqui para comemorar a minha despedida de solteiro e sim a do nosso amigo, bora beber gente porque amar tá difícil.

Fui atraído por uma luz rosa chok, a curiosidade foi mais forte do que eu, fui me guiando pela multidão, tentando abrir espaço para passar, e procurando saber o porquê da reação desses homens.

Passei a entender o motivo dos assovios, e gritos ensandecidos, contei meia dúzia de garotas em cima de um palco dançando uma coreografia muito sensual, a dizer pela música que tocava.

Elas pareciam Deusas agraciando nos pequenos mortais com seus corpos belos e esbeltos.

Fiquei hipnotizado com uma delas, cabelo ondulado, pele dourada parecendo ser esculpida por um Deus, me recuso acreditar que não havia notado ela antes.

Digo isso, porque sou velho frequentador desse clube, sabia das dançarinas, sei que o Leone sempre inova colocando dançarinas novas para chamar publico, mas isso é inadmissível, como eu não a vi antes.

 Ao passar a quase meia hora observando a moça esvoaçante movendo-se lindamente naquele palco, vestindo aqueles pedaços de tecidos que cobriam somente o necessário me deixou fraco.

O corselet preto, deixando os seus seios apertados e voluptuosos, um espartilho rendado, segurando a cinta liga segurando a meia arrastão, era muita informação para não olhar aquele monumento de mulher em minha frente.

Eu não estava conseguindo tirar os olhos dela, mesmo diante de toda a multidão os olhos dela encontraram os meus, meus amigos perceberam a nossa troca de olhares e começou uma perturbação sem fim.

Márlon: Quem é ela?

Joaquim: Ela quem?

Joaquim: A moça que você está secando desde a hora que chegamos aqui!

Breno: Conheço esse olhar seu cachorrão.

Lucas: Hoje deveria ser a despedida de solteiro do Márlon.

Breno: Isso, não uma pulada de cerca sua, Joaquim.

Joaquim: Eu nem pensei nisso.

Márlon: Cara pensou, sim, você olhou direito, olhou que eu sei. A mulher é linda, Laísa amor perdão eu te amo.

Claro que eles estão falando bobagens, a alteração na voz deles diz claramente o quanto estão embrigadados, uma mulher dessa jamais iria querer algo comigo, mesmo que isso seja uma aventura de uma noite só.

Embora minha cabeça me forçasse a pensar o oposto meu coração dizia para ir atrás dela, eu não tenho nada a perder mesmo. Se ela tiver namorado? E pior se ele estiver aqui estarei encrencado.

Márlon: Tá pensando de mais, o que foi? 

Joaquim: Será que ela tem namorado?

Márlon: Quem?

Joaquim: A dançarina.

Márlon: Ah entendi, cara você nunca irá saber se não perguntar a ela. E se ela tiver um namorado a gente lhe dá apoio na hora que ele tiver lhe dando uma surra.

Joaquim: Nossa o seu apoio moral me conforta.

Márlon: Ela está correspondendo seus olhares, é um sinal.

Infelizmente a performance das garotas chegou ao fim, eu não queria ir embora, dar a noite por encerrada era estar entregando os pontos e desistindo de conhecer aquela dançarina.

Deixei os rapazes e fui ao banheiro.

Os benefícios dos banheiros da área vir é que quase não tem filas, terminei de fazer minhas necessidades, ainda dentro do banheiro ouvir vozes exasperadas pelo grave tom de voz era um homem.

Fiquei atordoado com a cena que eu estava presenciando, um homem extremamente grande estava esganando uma mulher. Ele alevantou com uma única mão, ela se debatia tentando se livrar do agressor, porém sem sucesso.

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