Aconteceu

É sábado, normalmente tiramos esse dia para colocar a casa em ordem, aproveitar o nosso dia fazendo coisas de irmãos, hoje foi diferente. Por insistência do casal resolvi acompanhá-los ao cinema.

Lutei para não sair de casa, preferia ficar no meu quarto procrastinando até a hora de ir para o trabalho, amo eles, mas ficar de vela enquanto os dois trocam saliva me deixa enjoada só de pensar.

Chegamos no cinema, parecíamos adolescentes discutindo qual filme assistir, os pombinhos queria romance, bati o pé até convencê-los a escolher que eu queria.

Larissa e eu ficamos na fila que dava para a sessão onde do nosso filme, havia uma pequena fila, na entrada da sessão tive a impressão de ter visto alguém, posso estar enganada, mas o homem em questão era alto e loiro, o caimento e corte do cabelo era igual ao do Joaquim.

O cara estava de mãos dadas com uma mulher, ela tinha aproximadamente a minha altura, loira, cabelo curto chanel, fiquei com aquela imagem na minha cabeça.

— Nossa amiga, olha aquele cara ali de pé com a namorada, se ele não fosse baixinho eu poderia jurar que era o Joaquim.

A conexão que tenho com a Larissa é assustadora.

Desiré: É ele.

Lari: Não é ele, o cabelo pode ser igual, mas olha para ele, esse é muito baixinho.

Inesperadamente o homem vira olhando na nossa direção, respirei aliviada, de fato olhando bem ele não tem a aparência nem a altura do Joaquim, não que eu esteja feliz por isso, mas eu iria me sentir horrível de estar tendo pensamentos pecaminosos por um homem, e repentinamente descobrir que ele tem uma namorada.

Lari: Falei que não era ele.

O Rodrigo volta com a pipoca e o refrigerante, finalmente fomos assistir ao filme, deixei os dois na fileira de baixo e sentei sozinha na última.

O filme duraria uma hora e meia, não tínhamos tempo de assistir até o final, deixamos o Rod no cinema e fomos para casa tomar banho para irmos trabalhar.

A Scandall abrirá às oito da noite, duas horas antes do expediente normal. É aniversário de um dos clientes vip, amigo incomum do Leone, a casa ficará fechada ao público nesse período, só a área vip ficará aberta aos convidados do aniversariante.

Não é algo que me deixa imensamente feliz, mas o cachê que o Leone está nos pagando é altamente considerável, com esse valor irei conseguir pagar algumas parcelas do meu carro, dinheiro extra é sempre bem-vindo.

Estou apreensiva, normalmente eu recusaria o contive, os homens que promovem essas festas são caras de mais idade, na casa dos sessenta anos por diante, eles costumam ser bem ousados, essa será minha primeira vez indo numa festa como essa.

No entanto, não vamos generalizar, ao menos espero que o anfitrião seja no mínimo tolerante, odiaria ter que arrumar desafeto com alguém hoje.

Quando chegamos na área vip uma banda se apresentava, música boa, para o meu gosto, a atmosfera estava leve, muitos jovens de diferentes idades, muitas mulheres também.

As meninas foram fazer companhia aos convidados, decidi ficar no bar com o Vitor, bar tender, o lugar estava cheio e percebi que ele estava precisando de ajuda.

Duas horas seguidas servindo bebidas, as minhas pernas estavam me incomodando de mais, pedi ao Vitor para fazer um intervalo de quinze minutos era o suficiente para recuperar as minhas forças.

Assim que coloquei o pé para fora do bar, sentir uma mão segurando a minha e me levando para o meio da multidão, relutei em segui-lo, ele parou de andar e me olhou a sorrir. Era o Joaquim.

Joaquim: Vem comigo!

Por mais que eu fuja desse cara, ele não me dá sossego.

Ele olhou para mim, notou que eu estava em silêncio, quanto mais eu tentava puxar a minha mão de volta, mais ele me prendia.

Estava me levando em direção a porta que dava acesso ao escritório do Leone, chegando na escadaria ele travou a porta do lado de dentro, sem pronunciar nenhuma palavra ele pegou na minha nuca e me puxou para um beijo molhado e ardente.

No começo do beijo quis me afastar, mas quando sentir o gosto de uísque na língua dele se fundindo a minha, não conseguir me conter e o beijei de volta.

A luxúria dominava o nosso corpo, estávamos em chamas, o corpo dele me pressionando na parede, coloquei a mão por baixo da camisa dele, e sentir os gominhos definidos do tranquilo dele.

No ato desesperado, querendo senti-lo mais perto, puxei o cabelo dele o trazendo para mim, sem querer ele morde o meu lábio, eu não sentir dor, ao invés disso soltei a boca dele e o mordi no pescoço.

Ele gemeu, eu sabia que não havia possibilidades da gente parar agora, por culpa dele eu quero terminar o que a gente começou.

— A propósito é o meu aniversário. — Fala ele enquanto passa a língua no meu pescoço.

Desiré: Eu deveria parabenizá-lo?

Joaquim: Só me beija.

As nossas bocas coladas uma na outra, um beijo que parecia não ter mais fim, cada vez mais ele estava fora de si, me pressionava ainda mais contra ele, querendo me fazer sentir a ereção dele.

Arranquei a sua blusa, sentindo cada dimensão do seu corpo perfeito, ele levantou o meu vestido, não havia sutiã, só um pequeno tapa sex'i cobrindo o bico do meu peit'o, ele fechou os olhos com força e respirou fundo.

— Acho que estou sonhando, se eu tirar esse adesivo vai machucar você? — Pergunta ele com um olhar curioso.

Fiz que não com a cabeça.

Ele puxou os adesivos e se deleitou saboreando meus sei'os.

Não estávamos pensando nas consequências, só queríamos aquilo, estamos pela'dos, suados, a um segundo de nós entregarmos completamente, sendo que poderíamos ser pegos a qualquer momento, a ideia que isso viesse acontecer nos excitava ainda mais.

— Eu quero você agora. — A voz dele é um sussurro estupidamente sex'ie fez o meu corpo inteiro entrar em combustão.

— A proteção. — Perguntei.

— No meu bolso. — Respondeu enquanto beijava o meu pescoço.

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