Capítulo 11. Café e Carinhos

Lizandra

Havia, no quarto, duas portas à direita e uma à esquerda, além da porta de entrada. A janela também era uma grande porta de vidro dando para uma sacada larga, com uma grade de proteção e de onde se podia avistar toda a floresta. Tudo estava muito bem organizado e lindo.

— Gostou? Decorei a pouco tempo, pensando na minha companheira, ou seja, em você. Mas é claro que, se não gostar, pode mudar tudo.

Então é por isso que não é tão masculino, ele fez pensando em receber bem a companheira, no caso, eu, como ele disse. Dei uma risadinha de satisfação.

Ele parecia bem orgulhoso  por sua atitude e eu achei romântico, por se preocupar com sua companheira. EU!!!! Adorei isso e minha vontade é de ficar repetindo, EU, EU, EU, com gosto de felicidade.

— Está tudo muito lindo, não quero mudar nada e nem saberia. — respondi.

— Que bom que consegui lhe agradar. Agora me diga, você sabe o porquê de sua loba ter asas? — Ele olhou para mim, deitado de lado, apoiado no cotovelo. Tinha me virado para olhar em seus olhos também.

— Precisamos conversar sobre muita coisa, mas esse assunto específico, ficará para outro momento, antes, preciso urgentemente ir ao banheiro.

Levantei, correndo em direção a uma das portas da direita, com vergonha por estar nua. A primeira porta que abri, já era o banheiro, ainda bem. Precisava me aliviar e tomar um bom banho.

Apesar das lobas se curarem rápido, ainda sentia um incômodo nas partes íntimas, que ardeu quando urinei. Fiz minha higiene matinal, encontrando tudo de que precisava. Tinham até cremes e escova de cabelo, novos. Abri todos os armários e bisbilhotei tudo, confirmando o cuidado dele em ter tudo o que uma fêmea precisava.

Entrei no box e abri o chuveiro, que fez cair uma chuva de água morna e pesada, sobre mim, uma delícia.

Derick

Quando ela saiu correndo, também levantei, precisava me aliviar também e fui para o outro banheiro que havia no corredor. No futuro, conforme ficarmos mais intimos,  poderemos usar o banheiro juntos, pois é para casal.

Aproveitei para escovar os dentes e passar água no rosto, não gostava de beijar sem ter livrado meu hálito dos odores matinais, mas não pude resistir e foi muito bom.

Por mim, a beijaria o dia todo, deitado naquela cama até conhecer cada cantinho do seu delicioso corpo.

Me olhei no espelho e perguntei: quem é você, o que fez com o alfa irritado que me olhava toda manhã no espelho? Ri de mim mesmo, valeu o beliscão dela, eu também estava achando que era um sonho. Mas era real, é real, e essa realidade está sendo melhor que o sonho.

Jamais imaginaria que minha companheira estaria ali, tão perto e debaixo dos meus olhos o tempo todo.

E pensar que reclamei dela estar o tempo todo em meu caminho...

Agora será diferente, nos conheceremos melhor e conhecendo sua loba, sabendo de seus dons e admirando sua beleza, não será difícil amá-la.

É claro que tenho que conhecer muito sobre ela, entender o que o mestre Plínio falou e adaptá-la a Alcateia. Não será fácil, pois foi por culpa minha, que apoiei Nestor naquela loucura. Rejeitar uma criança, que não tinha culpa de nada, não foi correto e propaguei aquela rejeição para todo o povo.

Como deve ter sofrido, a minha fêmea e ela é tão frágil e delicada.

Terei que me esmerar em cuidar dela, pois poderá sofrer até todos se acostumarem com sua posição de Luna. Não deixarei que a maltratem por culpa nossa, mas também exigirei dela, que aprenda a lidar com as questões sociais da Alcateia, afinal, esse é o papel de uma Luna.

Terminei minha higiene e me enrolei em uma toalha, voltando para o quarto para tomar banho com ela. Ah, pensamentos safados que inundam minha mente e fazem meu membro ganhar vida, como gosto de tudo isso.

Não esperava que ela fosse minha companheira, nunca a desejei, mas agora que a tenho, não consigo imaginar outra, em seu lugar. Só pode ser a magia da Lua Azul.

Lizandra

Quando estou sentindo a água escorrer por meus cabelos e molhar o meu corpo como um bálsamo, aliviando a pele seca e necessitada. Escuto ele entrar no banheiro, fingi que não percebi e fiquei esperando.

Derick

Voltei ao quarto e ouvi o barulho da água do chuveiro caindo, era tudo o que eu queria, fui até lá. Entrei, tirei a toalha e admirei seu corpo através do vidro. Molhado, lindo e sensual. Como não vi que ela é tudo isso, parecia feitiço de ocultação.

Foi bom não tê-la rejeitado, pois é maravilhoso tê-la aqui comigo. Entrei no box, envolvendo meus braços em sua cintura pelas costas, beijando seu pescoço sobre a minha marca e lambendo-a. Esfreguei meu membro já duro em seu traseiro redondo e ela gemeu, gostando.

Difícil será respeitar o seu corpo, que ainda deve estar sensível. Apesar de já ter passado a hora do almoço e já ter passado doze horas da reivindicação, é bom ter cuidado para não feri-la.

Continuei beijando seu pescoço, pois não consigo resistir e virando seu rosto, alcanço sua boca e beijo-a profundamente.

Delicia!

Lizandra

— Veio tirar minha privacidade? — brinquei com ele, disfarçando que fiquei excitada com o beijo.

Me aconcheguei em seus braços e levei minhas mãos a sua nuca, massageando seus cabelos e me deliciando com seu cheiro de macho alfa pervertido. Ri de meus próprios pensamentos. Cadê a Lizandra recatada e inexperiente.

Ele esticou o braço e pegou uma esponja rosa, pendurada ao lado de uma prateleira de vidro, cheia de produtos de banho. Colocou sabonete líquido na esponja e senti o aroma de menta.

— Vim ajudar minha fêmea a tomar banho, não quero ela cansadinha. — falou, erguendo um lado de seus lábios lindos, num meio sorriso safado.

— Você é muito safadinho, um verdadeiro lobo mau — sorri e beijei de leve seus lábios. — Você já sabia que uso produtos com aroma de menta? — perguntei, achando muita coincidência.

Ele começou a esfregar meu corpo com carinho, espalhando espuma perfumada e me deixando arrepiada.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***