Capítulo 3

— Você, levanta! — A voz grossa e firme do líder da quadrilha intimida o Lucas, a arma apontada em sua cabeça, lembranças daquele tiro que ele tomou, mas agora tem uma nova chance de fazer algo diferente.

— O que você está olhando pivete? Mais uma olhada e atiro em você meu truta.

   "VOCÊ JÁ ATIROU EM MIM UMA VEZ" Lucas explode por dentro dizendo essas palavras, mas por fora está quieto e apenas olhando o bandido mascarado.

— Hum… — O rapaz se prepara pra falar.

— FALA! AGORA! — O bandido dirige as palavras com agressividade para o Lucas, mas o garoto aponta para o Pipoca, o ladrão pervertido.

— O dinheiro desse cara caiu mano, eu só queria dizer para ele — O Pipoca, mesmo usando sua máscara, é expressivo em sua reação com a fala do Lucas, a confusão em seu olhar é um tanto nítida. 

— Dinheiro? Que dinheiro? — A confusão é mais nítida ainda em sua forma de falar. O chefe da quadrilha empurra o Lucas com a sua arma.

— Anda, explica! — O tom da sua voz deixa Lucas um pouco assustado, mas ainda confiante em sair dessa situação. 

     Ele olha pra a Srta Patrícia e pisca um dos olhos para ela disfarçadamente. A moça tenta entender o que está acontecendo "Lucas Souza? O que ele tá fazendo aqui?"  Ela disse consigo mesma em seus pensamentos.

— Então gordinho, o dinheiro que você amarrou na cintura caiu — O Pipoca continua confuso, ele olha em sua cintura, mas sente algo em suas pernas. Notas de dinheiro em dólares ao seus pés.

— Pipoca?! Você… — O Chefe da quadrilha está desacreditado com seu amigo, não imaginava se encontrar nessa situação com seu próprio parceiro.

— Eu acho que, embora você tenha bolsas para guardar o dinheiro, esse cara é tão pobre que tem que usar a calça para guardar o dinheiro — Lucas se aproveita da situação para debochar do Pipoca, que se encontra estressado com tudo isso.

— Esperai! Porque o dinheiro está nas minhas calças? Não tenho nada a ver com isso meu chapa — Pipoca tenta entender, mas o momento não é nada satisfatório, a confusão que está havendo esta fazendo tudo perder o controle.

— Ei gordinho, mesmo se você encher as calças de dinheiro, só vai dar para alguns milhares de dólares no máximo. Uma bolsa é mais conveniente — O Pipoca se enche de ira pelo Lucas

— NÃO ME CHAME DE GORDINHO SEU MOLEQUE, É A SEGUNDA VEZ QUE VOCÊ ME CHAMA DE GORDINHOO — Seu rosto chega a ficar vermelho de tanta raiva e frustração dentro de si, mas Lucas ignora o bandido.

— Devo procurar uma bolsa para você? — Com tom debochado ele faz a pergunta ao Pipoca.

— NÃO SEU MO-MOLEQUE! DEVE SER UMA BRINCADEIRA DESSE GAROTO SAFADO!

— Sou apenas um homem de bom coração, relaxa aí parça — Com sorriso leve, Lucas responde ao bandido. Agora ele está confiante, com todo o controle da situação. Próximo a Srta Patrícia, ele segura as mãos dela com delicadeza e a levanta.

— Mas o outro cara não é estupido. Ele pediu a alguém que escondesse o dinheiro para ele. — A Srta Patrícia observa o comportamento todo confiante do Lucas, tentando entender o que ele planeja fazer.

— Lucas Souza…Você… — Ela solta somente essas palavras para ele, e os bandidos os observam com total atenção, e todos os reféns fazem o mesmo. Lucas está chamando muito atenção com a sua atitude. 

— Shii — O garoto faz um sinal para a Srta Patrícia não falar muito alto. — Eu preciso da sua cooperação — Ele continuou falando.

       Sem ninguém ver, o garoto estala os dedos. E de repente como um truque de mágica, o dinheiro surge em suas mãos.

— Esta bela senhorita foi forçada a…ESCONDER O DINHEIRO PARA ESTE CARA — Lucas aponta o dedo para o homem de boné, um outro ladrão mascarado com sua camiseta verde. Ele fica sem entender nada da acusação do Lucas.

..."O Gastador...

...Regra de uso número um: O dinheiro pode aparecer em qualquer local específico que o usuário do sistema escolher. O usuário também pode decidir a quantidade de dinheiro."...

    O Chefe e o Pipoca olham furiosos para o terceiro colega da quadrilha, que está sem entender nada do que está acontecendo.

— Eu… — Completamente trêmulo e em choque, ele não consegue se mexer, a sua tensão está angustiante. Uma sensação estranha de medo com desesperado o envolve. Ele soa frio.

— Cada um de vocês está longe de ser honesto. Mas eu não esperava que vocês ainda quisessem esconder dinheiro enquanto estamos fazendo algo sério! — O líder do bando fala diretamente com os dois, com sua voz carregada de raiva e frustração com o roubo no banco.

— N-não fizemos nada de ruim para v-você. C-como você pode suspeitar de nós? Estamos dizendo que so-somos inocentes pô — Pipoca vai a frente tentar se explicar para o seu chefe, tentando convencer de que são inocentes. Mas isso não está o convencendo, que em sentimento de fúria aponta arma para seus próprios companheiros.

— ENTÃO O DINHEIRO APARECEU DO NADA COMO TRUQUE DE MÁGICA? 

    Quieto em seu canto vendo a treta entre a quadrilha, Lucas se diverte com tudo isso, o seu lado confiante vai ganhando forma, o sentimento de prazer em ver que está no controle proporciona algo único, ele realmente está mandando ver "Não me admira que ele seja o chefe, bravo" o seu lado sarcástico rodeia seus pensamentos.

— Mano! Você também não é justo — Lucas dirige as palavras para o Chefe, apontando os seus dedos para o dinheiro escondidos atrás do vaso de plantas que se encontra no Banco do Brasil. 

— Rogério, Você que é o bandidinho aqui! — Pipoca se volta contra o seu chefe, desacreditado, agora o momento ficou completamente difícil, todo o plano foi por água abaixo.

— PORRA VOCÊ ME CHAMOU PELO NOME VERDADEIRO! — O chefe atira no Pipoca, e a bala acerta bem no olho do ladrão, fazendo-o morrer na hora. O tiroteio começa entre a própria quadrinhas e o Lucas junto com a Srta Patrícia se escondem atrás dos balcões para fugir do tiroteio. Os reféns continuam no lugar e uns tomam tiro bala perdida e morrem na hora. Mas o Chefe, escondido se desviando dos tiros, mira em um dos seus ex companheiros e acerta no meio da testa. Ele recarrega a arma e aperta o gatilho, atingindo outro homem no peito,que cai no chão ainda vivo, mas ele dá outro tiro, matando de vez outro ex-companheiro da quadrilha.

       Lucas fica abraçado com Patrícia, e consigo mesmo ele tem alguns pensamentos "Merda, parece que o dinheiro não acabou! Restam cem mil dólares". Ele olha para o relógio e são "15:59"

       O jovem escuta passos lentos vindo em sua direção, e uma arma sendo recarregada. Tudo está em silêncio e quieto por hora, os tiroteios cessaram e há vários corpos no chão, alguns reféns ainda estão vivos. E o cano da arma é colocada em sua cabeça. Dessa vez pouco quente por ter sido usada recentemente.

— Você é o maldito que pregou a peça na gente. Vá para o inferno! — A sua voz cheia de ódio pelo garoto, o sangue em sua máscara e a adrenalina de pura fúria e desprezo pelo Lucas, que retorna o olhar apreensivo e tenso para o Chefe.

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Comments

Sara Gabriele

Sara Gabriele

.........

2022-09-30

1

Leo.S.A.

Leo.S.A.

dólares? ;-;

2022-08-10

0

Leo.S.A.

Leo.S.A.

nem o Lucas sabe que dinheiro e esse /__/

2022-08-10

0

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