Ao deparar com a punição. Lucas soou frio com a possibilidade da missão falhar. A indignação é crescente em sua mente, suas pernas tremem, ele sente um pouco de medo.
— Caraca, punição muito pesada. Se eu perder a minha habilidade linguística, como poderei negociar com as pessoas futuramente? — Ele vê as horas no seu relógio da Peppa Pig — São duas horas da tarde, quer dizer, tenho que comprar um veículo antes das oito horas…
Ele começa a correr, a adrenalina sobe. A sensação de perigo faz ele abrir o largo sorriso. Uma nova missão se inicia.
— Eu tenho muito tempo moleque. Ninguém pode me impedir de gastar dinheiro — Quando menos espera, seus pés saem do chão, braços em sua volta o seguram com muita força. — Hã? Que? Porque estou voando quem tá me… — Ele mal termina de falar, Jéssica o agarra com força assustando demais o Lucas, que faz uma careta bizarra pelo susto.
— PARE DE CORRER SEU CARECA! — Ela o joga no chão com força, mas se desequilibra e cai junto com Lucas.
O garoto geme de dor com a pancada do impacto ao cair. Mas ele nota algo em cima dele. É ela.
— Meu uma bunda na minha cara! — Ela rapidamente saiu de cima dele, toda desengonçada, mas com algemas colocada em seu braço esquerdo.
— Lucas, agora você tá preso por cometer agressão sexual com uma policial e conduta desordeira— O garoto fica roxo de confusão ao ouvir essas palavras, uma situação constrangedora. Ele fica sem palavras e apenas obedece a policial.
……
Na delegacia
Na sala de interrogatório, ambos se encaram. E Jéssica se aproxima mais do Lucas com expectativa de obter respostas.
— Confesse agora — Ela impõe sua autoridade, com tentativa de espremer informações do Lucas.
— Eu te contei tudo. É realmente um mal entendido. — Justifica o Lucas, sentindo uma impotência naquela situação.
— Ok, tá tudo bem, posso passar o dia todo com você aqui, eu não tenho pressa. Ah não ser que você esteja, enfim, vamos esperar pra ver — No controle da situação, Jéssica tem tudo em suas mãos, é questão de tempo para ele confessar tudo.
— Senhorita Jéssica, se você não me deixar ir, perderei a minha capacidade de falar — A sua voz fica levemente embargada, mas ainda firme. Porém, a tensão aumenta a cada minuto que passa.
O clima de agonia e tensão é cortado pelo toque do celular da policial.
— Alô? Sim fala… Que?... Como assim soltar ele? Cês tão de sacanagem comigo …. Tá tá… — O seu olhar pro Lucas soa como se tivesse fracassado em sua investigação.
……
Na porta de saída da delegacia de polícia de São Paulo, Lucas está acompanhado da Sicily, que está a sua frente conversando com a policial Jéssica.
— O Mestre Lucas foi libertado. Fale comigo antes se quiser algum interrogatório no futuro. Sou a aeromoça e advogada dele. — Sicily coloca firmada em suas palavras ao dirigi-las a Jéssica. Que está com uma cara nada boa ao ter seu trabalho interrompido.
Por outro lado, uma angústia e apreensão fica cada vez mais gritante dentro do Lucas, que não para de pensar na missão e nas horas que se passam. Uma impulsão dentro dele fala mais alto.
— Cily na boa, continua aí porque eu tenho que agora — Ele sai correndo da delegacia apressado. Sicily e Jéssica o olham sem entender o porquê de toda a pressa do jovem.
Andando pela cidade. Faz um bom tempo que Lucas não sente aquela brisa fresca da tarde, pessoas andando pra lá e pra cá, as árvores com suas belas folhas caindo. Os últimos dias pra ele tem sido muito barulhentos, coisas acontecendo a todo momento, até agora. Graças a Sicily que o pior não aconteceu. Tanta loucura esses dias, que esse simples tempo dele andando na rua já é um grande alívio, um respirar.
Andando no meio daqueles prédios da zona leste de São Paulo. Lucas fica de olho em cada loja de carro, mas nenhum está aberto no momento em cada uma que ele viu ou tentou entrar "Merda, eu estou muito ferrado. São seis horas agora. A concessionária está fechada, meu Deus eu tô lascado… Mas assim, calma Lucas, calma, primeiramente onde posso encontrar um carro que vale dois milhões de dólares? Acho que nem o Silvio Santos sabe onde comprar esse suposto carro" Lucas não percebe que um ônibus vinha em sua direção ao atravessar a rua. O motorista aperta a buzina e o garoto sai da rua e recua para a calçada. A porta do ônibus abre.
— Você quer morrer? Presta atenção, tá maluco? — Lucas leva uma bronca daquelas, ele fica tenso, mas logo uma ideia nasce em sua mente. A voz do motorista fica até distante "Ótimo! Aqui está!"
Lucas dá um grande sorriso pro motorista e o agradece, o moço fecha a porta com tudo na cara dele com expressão fechada. O garoto corre contra o tempo com a ideia fixada na sua cabeça. "Mano, como não pensei nisso antes? Que baita ideia deu o motorista meio que sem querer…"
Ele chega na empresa de ônibus, e tem um setor onde é possível comprar uns. Lucas observa cada ônibus à venda, os preços são altíssimos, um absurdo para a realidade de cada pessoa. Quem compra esses veículos geralmente são empresas privadas. Lucas passa seus olhos em cada ônibus, até que um o chama atenção.
— Moço, me fala desse ônibus? — O vendedor, pouco sem vontade e duvidando que ele vai comprar, vai até o ônibus.
— Bom, vamos lá né… Híbrido: Gasolina-Elétrico… Espaço amplo. Completamente carregado… Ar condicionado automático com temperatura constante… Assento de couro… Espelho retrovisor giratório de cento e oitenta graus… — Ele termina sua explicação, olhando de cima a baixo o garoto, com olhar de completo desprezo pelo garoto, só por causa da roupa que ele veste.
— Apenas vinte milhões? — De fato Lucas ficou impressionado com tanta coisa boa que esse ônibus oferece.
— Sim — Respondeu sem vontade, com uma arrogância que faz Lucas ter mais desejo ainda de comprar esse ônibus.
— Eu vou comprar! — Lucas abre o largo sorriso, finalmente achou um veículo na casa dos vinte milhões. Agora ele está pronto para continuar a sua missão.
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Atualizado até capítulo 73
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