Capítulo 19

    Patrícia observa o Lucas com sentimentos mistos, ele sempre a protegeu de alguma forma. A moça não está criando sentimentos pelo jovem, mas é grata de alguma forma por alguém se importar tanto assim com ela. O clima de tensão toma conta do ambiente, Lucas está a sua frente enquanto encara de frente os dois homens.

— Sua? E daí? Ela tem uma relação contratual com a nossa empresa — O homem barrigudo responde pelo seu amigo que levou um belo de um soco do Lucas, que ainda está no chão sem respostas a dar. — Foi ela quem não leu com atenção, você devia saber a multa é….— Inesperadamente o homem barrigudo recebe o tapa bem forte do Lucas em seu rosto. O pegando de surpresa, o jovem foi muito rápido. 

— Cala boca oh, Seu Barriga maconheiro, que tal cobrar o aluguel em outro lugar hein? Aprenda ser comunicativo ou não fale — Lucas ri e debocha do homem que está sem palavras no momento. O outro rapaz narigudo, ainda agachado, cospe dentes no chão, a raiva é crescente dentro dele. Um garoto está simplesmente humilhando os dois, isso é inaceitável, chega ser ridículos dois homens adultos passando por uma situação assim. Isso o deixa mais agitado quanto mais pensa nisso.

— Seu pivete desgraçado! EU VOU MATAR VOCÊ SEU MERDA!!— O homem narigudo se levanta cheio de raiva sacando uma faca de sua cintura, agora todo banguelo sem os seus dois dentes, o outro acompanha ele fazendo o mesmo.

— Vamos ver se vai dar um soquinho na faca, não é o machão da professora? Vem agora seu merdinha — O grandão solta as palavras, mas não intimida o Lucas, que continua com seu ar de deboche e sorriso estampado na cara.

— Soquinho que fez seu amigo ficar com a cara do meu avô. Olha, parece que vocês não sabem o que está acontecendo. Olhem para trás e vejam quem está atrás de vocês — Os homens olham para trás assustados, em alertas achando ser uma emboscada atrás deles, e quando se voltam para o Lucas, o jovem tá correndo segurando a professora em seus braços indo em direção ao ônibus amarelo. 

     Ele entra dentro do veículo e se senta aliviado e bem tranquilo no banco, a Srta Patrícia se senta ao seu lado sem entender absolutamente nada. Está completamente em silêncio. A única sensação que a rodeia é a apreensão, ela não para de olhar a janela vendo os homens se aproximando. Ela só quer sair dali, o medo é visível.

— Parece que você não sabe quem é o dono do ônibus — Lucas se gaba pra sua professora, que ainda não se manifestou em toda essa situação desde que o Lucas apareceu.

     Enquanto isso, os dois homens se aproximam do ônibus e entram no veículo, e pagam o Lucas falando aquelas palavras com toda sua arrogância para cima da professora. Os homens estão com sangue nos olhos, na sede de acertar as contas com Lucas e a Srta Patrícia. Eles sentem no comando da situação agora, pois os dois estão sem saída agora, e como estão armados com as suas facas, serão mais fácil de resolver essa questão.

— Você está tentando nos enganar de novo seu vagabundo? Não me diga que esse ônibus pertence a você. Você me encheu a minha paciência seu filho da puta — O homem narigudo desacredita do Lucas, jamais que um veículo daquele pertenceria a um jovem como aquele, isso não entra na cabeça dele. 

      Um vulto bate como um vento forte em seu rosto novamente. Arrancando mais sangue da face do homem narigudo, que cai no chão na hora. É a Sicily, segurando sua espada, em sua forma de ataque. Ela insere golpes de Taekwondo na parte de baixo contra barrigudo, que foi pego desprevenido, e em sequência dar um soco bem forte na cara dele. Ela segura sua cabeça e empurra com força no banco, batendo uma, duas, três vezes, fazendo o corpo do homem ficar estirado no chão, ficando atordoado pelos golpes. Ela olha para o Lucas e a professora, e o garoto dar uma piscadinha para ela, sem nenhuma preocupação, ele sabe que a Sicily é uma grande amiga, que iria proteger ele e a Patrícia.

       Ela em seguida joga o corpo deles para fora do ônibus, trabalho cumprido. E Lucas segue tranquilo assistindo tudo aquilo de camarote. E vendo eles fora do ônibus jogados na rua, ele abre a janela e Lucas aproveita o momento para dar suas últimas palavras.

— Sim eu sou o dono do ônibus seus otários, chupa! — Sicily pisa no acelerador e vaza naquele lugar, os homens continuam jogados no chão, completamente vulneráveis.

— Lucas — Depois de um bom tempo em silêncio, a professora diz alguma coisa, com jeito envergonhado e constrangido. Lucas fica imediatamente preocupado com ela, prontamente em fazer qualquer coisa para fazê-la ficar bem.

— O que foi professora? Precisa de alguma coisa? Você tá bem? 

— Você poderia, por favor, tirar a mão na minha coxa? — O jovem fica vermelho na hora e tira a mão na coxa dela, ficando até mesmo sem graça e jeito perto da sua professora.

— Lucas por favor, me deixe descer — Srta Patrícia passa uma vibe melancólica, o tom desanimado de suas palavras, seu olhar reflete uma tristeza jamais vista pelo Lucas — Eu realmente não posso pagar a multa. É melhor eu ir pedir desculpas a eles… Você não precisa ficar no meio desse fogo cruzado por mim — Ela conclui, totalmente cabisbaixa. Lucas apenas a escuta e apenas sorri para ela. A moça não entende essa atitude dele, a segurança que ele passa é algo que lá no fundo a conforta. Ela admira o esforço do jovem, e se sente grata, mas teme pela vida dele, pois se envolveu com duas pessoas perigosas, que futuramente poderão dar uma grande dor de cabeça tanto para ele, quanto para ela.

— Não se preocupe, você é minha agora. — Ela não entende essas palavras do jovem, como assim ele é dela? O que isso significa? São perguntas que se passa na sua mente. 

     E o rapaz dar uma rápida olhada no holograma invisível para a professora, ele dar uma lida na missão.

..." Missão:...

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