Impedimento

Mais um dia se passou, Gunther estava ali preso naquele inferno, cada segundo parecia um ano, ele balançava a caneta como um sinal de ansiedade e estresse, pois, desejava sair logo daquela aula, o ponteiro do relógio não ajudava.

O sinal tocou, e Gunther foi um dos primeiros a se levantar, para o duelo faltava quase vinte e cinco minutos, mas Gunther parecia preocupado.

Ele ao passar pela janela olhou o seu reflexo, ao observar o seu próprio semblante viu que não estava como diariamente, ele parou perto de uma varanda, e respirou fundo, o vento estava suave, ele precisava se acalmar. Não era normal ele estar assim, na sua reflexão interna, se justificava, não havia motivos dele ficar daquela forma, algo estava errado, mas ele suspirou fundo é a controlar a sua respiração, abaixou o nível dos seus batimentos cardíacos.

— Moço! Desculpe-me incomodar, mas poderia ajudar-me rapidinho?

Gunther escutou aquela voz suave, ao se virar uma garota de cabelos longos, magra alta, bem atraente o chamou a atenção, o perfume dela floral, era suavemente doce.

— Não vai levar um minuto, e preciso de pegar apenas um “item”, mas tenho medo de altura! — disse ela para Gunther.

Ele olhou para seu relógio, e viu que ainda faltavam alguns minutos, e que não teria um problema ao ajudar ela, não havia motivos para recusar.

— Sim, posso ajudar, se não for demorar! — Respondeu ele olhando-a fixamente pós-confirmar no seu relógio o tempo restante.

— Eu juro, e bem rápido, venha!

A garota pegou na mão dele o puxando para uma sala próxima dali, os corredores estavam vazios, e Gunther olhou aquilo, achando estranho, mas ela logo soltou a mão dele, Gunther percebeu, que ela parecia mostrar algum interesse por ele, ou, talvez fosse a forma natural dela agir.

Ela entrou com ele numa sala, parecia meio abandonada, estava escuro, bem empoeirado, e tinha muitas caixas e itens velhos, tinha um armário alto a direita e uma escada vermelha.

A garota não ligou a luz ao fechar a porta, a iluminação daquele lugar era pelo fato de algumas janelas com cortinas brancas passarem a pouca luz do sol, que iluminava o local.

Gunther ao ver a escada e o armário, pensou que seria algo ali que teria buscar para ela no alto, mas ouviu a porta sendo trancada.

Quando Gunther virou, percebeu a garota ofegante, e ela com a mao direita desabotoou alguns botoes de sua camisa, ela o olhou fixamente encostada na porta, e foi para cima de Gunther dando nele um beijo de tirar o folego.

Ela empurrou ele com força enquanto o beijava, Gunther quase caiu no chão com ela, ela se entregou a ele, e o corpo dela o pressionava.

Gunther meio sem folego afastou o rosto dela, fazendo a garota misteriosa parar de beijar ele.

— Eu fiquei interessada em você, desde quando te vi no primeiro dia, eu não sabia como me aproximar, queria ficar muito com você! — Ao falar isto, tentou beijar ele de novo.

— E contra o regulamento ter qualquer tipo de relação mais intima na escola! — respondeu ele assustado tentando afastar ela.

— E quem se importa?! Ninguém vai saber, ninguém vem aqui, e sou presidente de sala também do segundo ano, cala sua boca e me beija! — disse ela dando um beijo novamente nele.

Gunther estava gostando, mas lembrou do seu compromisso.

— Eu agradeço, mas infelizmente terei que sair, tenho um compromisso, posso falar mais tarde contigo? — disse ele.

ela fez cara de brava, e deu uma forte joelhada na parte intima dele o deixando ajoelhado de dor.

— Anya N. Rousé , mandou lembranças! — disse ela. — Você e bem cabeça dura mesmo, mas só vim aqui para de impedir, e se eu tivesse sucesso, você seria expulso por assediar-me me trancando aqui!

Ela saiu, e trancou a porta deixando ele sozinho lá. Ainda na porta antes de sair disse:

— Boa sorte em sair daqui, Gunther!

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