conversa paralela

Mais um dia de aula, a mordida no pescoço de Gunther, feito por Winnie, deixou uma pequena marca, provavelmente deixará cicatrizes.

Era horário de refeição, geralmente Gunther trazia a própria alimentação, mas, naquele dia, ele havia esquecido, por algum motivo acordou atrasado, nem mesmo caminhar foi, a sua rotina ferrou-se, algo que fazia diariamente padronizado, e por conta disto, ele teria contra a sua vontade, pegar a comida da escola.

Apesar de as refeições não serem más, era um colégio de boa classe, mas Gunther tinha um certo incômodo, já que entrar naquele refeitório e encarar centenas de garotas lhe olhando, ainda mais com um rosto de “Saia daqui", não era nada fácil. A maioria dos garotos comia fora da cantina, havia mesas fora daquele lugar, além do parque, a maioria dos garotos era quase que invisível no colégio.

Enquanto Gunther pegava a sua comida, reparou um pequeno grupo de mulheres conversando, e sorrindo a volta de uma mesa, ao reparar direito percebeu ser Diego, o filho da falecida Darkhood.

— Hei, sente-se aqui comigo! — Acenou perto dali Winnie, o convidando para sentar ao lado dela.

Gunther respirou fundo, e tentou tranquilizar a mente, então decidiu ir sentar ao lado dela, após olhar a volta rapidamente e não ver opção melhor.

— Desculpe-me por ontem, eu não queria ter mordido você, né! Mas, acabei não controlando as minhas emoções e sendo racional, né. — Explicou-se ela.

— Não há motivos para pedir desculpas, está tudo bem! — Respondeu ele rapidamente.

— Mesmo assim, queria-me desculpar, não é um comportamento padrão meu, né, eu pedi desculpas antes na sala de aula, pois fiquei constrangida, né.

— Não sei se é verdade, mas fiquei a saber que você também é um menino, mas gosta de ter a aparência feminina?! — Questionou Gunther.

Winnie ficou vermelha, é arregalou os olhos, e recuou um pouco para trás, encostando as suas costas na cadeira dela.

— Bem… sim, né! — Acredito que tenha algumcproblema com isto? — Disse Winnie.

— Não parece! Não tenho problemas com está questão, mas se não tivessem falado eu nunca descobriria.

Winnie sorriu levemente, abaixou seu olhar para o prato e ficou mexendo com a sua comida, Gunther percebeu que ela estava um pouco tensa e nervosa, então decidiu mudar de assunto.

— Parece que ele tem uma boa recepção por aqui com as garotas, diferente de muitos meninos. — Apontou o seu garfo para Diego.

— Sobre quem está a falar? — Winnie não havia percebido quem era, em questão que Gunther falava.

— Não está óbvio, sobre ele, Diego filho da darkhood!

— Ah sim! Bom, suponho que está com inveja dele, né! — Disse ela soltando um sorriso ainda olhando para baixo.

— Eu?! Talvez, a maioria dos homens daqui recebem pressão das garotas, pelo motivo de querer o antigo regimento do colégio, dele ser apenas delas, sem garotos no local.

— Se você tiver a sentir pressionado, eu posso-te dar os meus vestidos para você, né, vai ficar uma gracinha, acho que combina com você!

— Não! está-me zoando?! Vai-me dizer que se veste assim para fugir desse caos?

— Claro que não, né! Eu gosto do meu corpo, mas prefiro usar feminino, e internamente também sinto-me assim, né, na verdade, e difícil explicar, minha vida e mais confusa que este caos aqui, eu não sou assim para fugir como um disfarce, mas, porque eu realmente sou assim, né.

— Entendo, as únicas duas pessoas que vejo melhor tratadas aqui pela maioria, são ele, é o garoto árvore! — Disse Gunther.

— Olha, mas ele já passa um pouco dos limites! Veja tem garota querendo dar lanche na boca dele!

Gunther reparou no que ela diz, tentando visualizar o que ocorria.

— Realmente, ele e um garoto de sorte! — expressou ele.

— Queria que a minha mãe também fosse uma heroína lendária, né.

Gunther ficou pensativo e silencioso.

— Todos nos queremos! — Ele a respondeu.

— Ele e tipo um humano superdotado, ou possui alguma alteração genética? — Perguntou Winnie.

— Ele é igual eu, todo o poder está na base da dedicação é treino, geneticamente e uma pessoa normal.

— A mãe dele era uma pessoa extraordinária, lutar contra inimigos super–acima dela, com certeza não era fácil, né, ainda mais sendo uma heroína de médio a longo alcance.

— Não é atoa que foi classificada como lendária. — Gunther se mostrava bastante entediado.

— O que vai fazer depois do almoço? Já escolheu o clube que vai entrar? — perguntou Winnie encarando-o, mas Gunther estava concentrado apenas na sua comida, parecia que o ar daquele ambiente estava pesado para ele.

— Vou ver como será o clube de tiro, se não der certo, não sei qual será o clube, talvez eu fique sem, mas, é você? Já escolheu o clube onde vai participar, Winnie?

— O clube de tiro parece ser bom, além dele participar dos jogos olímpicos escolares, mas, eu já escolhi os meus clubes, né, na verdade, já tinha a noção bem antes que eu queria, né, só estou indo experimentar os outros clubes por diversão, né.

— Quais clubes vai fazer?

— Quero participar das corridas e da culinária, né, mas penso se troco a de culinária pelo (clube) de etiqueta pirata informático.

— O que culinária te ajudaria como heroína lá fora?

— Tipo, muita coisa, eu sou péssima em cozinhar, poderia ajudar as (ONG'S), ou cozinhar para meu futuro namorado, né. — Disse Winnie a Gunther, meio que uma indireta.

— Melhor ir para o clube de pirata informático mesmo! Você disse ser péssima em cozinhar!

— Nossa Gunther! Seu insensível, eu posso melhorar, né. — Winnie cruzou os braços e ficou um pouco irritada pelo que Gunther falou, além de fechar o semblante fazendo bico enchendo as suas bochechas de ar.

— Desculpe, mas é sobre ser hacker? Já tem habilidades? — perguntou ele curiosamente.

— Não aceito o seu pedido de desculpas, muito superficial, é eu tenho sim, né, boas habilidades de hacker, você ficaria espantado com o que sei fazer, né! Mas tenho receio de entrar num lugar inferior ao meu conhecimento, né!

— Que ótimo, não imaginava ter algo escondido de habilidade!

Winnie deu uma risadinha, um pouco maléfica bem baixinho, como se escondesse mais coisas, ou algo pervertido.

— Mas, você não está abaixo dele, né! Fiquei a saber que vocês são poucos aqui, com estatuto privilegiado, e você é um deles, né, os seus pais são ricos, ou sócios? — Perguntou ela curiosa sobre Gunther.

— Bom, na verdade, é o meu tio, mas não gosto de destacar estas coisas.

— Que legal, né, mas eu já teria destacado! Não sei quem é o seu tio, mas aqui tudo que tiver é melhor usar, né. — Explicou Winnie.

— Prefiro não falar, algum dia pode saber, mas não será por mim.

— O que foi, tem vergonha do seu tio? Ou ele e algum mafioso?né!— Questionou ela.

— Fique despreocupada, tenho certeza que ele não é um mafioso, apenas quero crescer sem estar abaixo dos privilégios de outra pessoa, debaixo da sombra.

— Você é bem suspeito, né! — Ela olhou-o de canto comprimindo os olhos.

O sinal tocou, é já estava na hora de ir visitar os clubes, Gunther ia ao clube de tiro, enquanto Winnie iria fazer os seus deveres como vice-presidente de sala.

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