capítulo 6

Sair dessa casa vai ser a melhor coisa que eu já poderia ter feito, ficar aqui, nas mãos desse homem só vai me trazer desgraça! Marcos está morto e isso me dói, o quanto será que ele não sofreu nas mãos daqueles homens?

Mas será que está morto mesmo ou é só mais uma das suas mentiras? Eu o considerava meu melhor amigo, eu achava que ele me protegeria dos males do mundo, mas foi só contrário! Ele trouxe o mal até mim, trouxe todas as desgraças possíveis para a minha vida e agora eu preciso consertar tudo.

- menina, pensa bem, não precisa ir embora se não quiser. Aqui você tem um lar, uma cama quente para dormir e não precisa se preocupar com nada além de ser feliz.

- Feliz aonde, Cecília? - nego com a cabeça - não pertenço a esse lugar, a é esse mundo - seguro sua mão e suspiro pesado - você foi maravilhosa comigo, pela primeira vez eu pude senti de perto o que é ter uma mãe e acredite, você foi uma para mim nesse pouco tempo em que passamos juntas - Cecília é uma pessoa muito doce e adorável, é impossível não se encantar por ela, pelo seu jeito doce e amável de nos tratar e talvez seja por isso que todo mundo aqui goste dela - meu irmão está morto, Cecília, e por mais que ele tenha errado muito, ele era a minha família e eu o amava - mesmo depois de tudo que aconteceu, eu daria qualquer coisa para tê-lo de volta, era a minha única família e agora eu estou sozinha nesse mundo.

- eu sinto muito, menina - ela me puxa para um abraço e eu apenas me deixo ser levada pelo momento - eu sei que ainda tem muitas coisas boas para viver aqui nesse mundo - ela afaga minhas costas - tem uma alma linda e merece ser feliz - ela se afasta e enxuga minhas lágrimas - eu tenho uma casa em um bairro muito bonito, é simples mas pode ficar lá o quanto precisar - ela pega as chaves no bolso e coloca em minhas mãos - não adianta dizer que não vai, já deixei tudo pronto desde o momento em que o Nicolas me ligou falando que você iria embora.

- ele ligou para você? - meu coração acelera só em ouvir o nome dele. Que idiotice, não acredito que me apaixonei por um cara que só vi poucas vezes mesmo morando em sua casa. Ele nem repara em mim direito.

- Ele se preocupa com você - ela sorri de lado - deixei comida pronta na geladeira.

- eu nem sei como te agradecer - não tenho como negar uma ajuda dessa, não tenho mesmo para onde ir e não quero ficar na casa da Lilly com os pais dela, são pessoas legais mas não mim sinto confortável.

- pode levar a sua amiga para lá quanto quiser, a casa é sua.

- eu tenho que ir - pego minha mala no chão. Eu chamei um táxi e já deve ter chegado.

- eu vou com você até lá fora, vou passar o endereço ao motorista.

(...)

Já estou em casa, não é muito longe de lá. É uma casa bem moderninha e não tem nada de muito simples, ela e bem aconchegante por sinal.

Dois quartos, sala grande, cozinha, banheiro e uma varanda muito bonita.

Tem crianças correndo pela rua, pessoas andado e era disso que eu precisava.

Eu passei meu endereço para Lilly e ela ficou de vim a noite.

Pego a xícara de chá que acabei de preparar e vou até a varanda sentando no sofá instalando no local.

Eu tomei banho assim que cheguei, lavei o cabelo e agora estou aqui, pensado nos dias que passaram. Nicolas saiu ainda cedo, quando acordei tinha um envelope no criado mudo com uma bela quantia em dinheiro e eu peguei com certeza. Em outro momento eu recusaria, mas agora não tenho esse privilégio. Amanhã mesmo vou sair para procurar trabalho, preciso ajeitar a minha vida, não posso ficar com ela parada por muito tempo.

- ainda tinha esperança de você ficar lá em casa.

- meu deus do céu! - derrubo a xícara no chão ao ouvir a voz do Nicolas.

Eu estava tão inerte nos meus pensamentos que nem vi ou ouvir ele chegar.

- desculpa te assustar - ele pega os cacos da xícara no chão e coloca em cima da mesinha - eu gosto de vim aqui as vezes - ele senta ao meu lado sem ser convidado e relaxa o corpo no sofá fechando os olhos logo em seguida.

Como pode existir um homem tão lindo assim? Cada detalhe dele parece ter sido escupido.

- não pode entrar na casa dos outros sem ser convidado.

- eu não entrei dentro da casa, só estou na varanda - ele sorri de lado - eu sinto muito pelo seu irmão - ele muda a sua expressão - e eu queria pedir desculpas por todo ocorrido de ontem, eu garanto que não vai mais acontecer, qualquer pessoa que ousar chegar perto de você vai se arrepender muito - ele segura minha mão fazendo meu corpo se arrepiar - eu tenho um café lá no centro da cidade, pode trabalhar lá se quiser.

- eu...

- eu tenho outros negócios além daquele, e não se preocupe, não tem nada de ilegal lá, é um trabalho bom e eu pago os meus funcionários muito bem - ele solta a minha mão e levanta do sofá - olha só, eu sei que talvez não tenha uma imagem muito legal sobre mim, eu tenho uma grande parcela de culpa em tudo que lhe aconteceu, talvez se eu não tivesse aceitando que o seu irmão trabalhasse para mim nada disso estaria acontecendo com você.

- não tem culpa em nada, Marcos era adulto o suficiente para saber o que era certo e errado e foi ele que optou por isso - levando do sofá ficando de frente para ele - quer um chá? - tento mudar o rumo da conversa.

- não gosto de chá - ele entorta a boca - a gente poderia sair para dar um passeio, o que acha?

É impressão minha ou ele parece meio nervoso?

- vou te levar no café, e se gostar pode começar amanhã mesmo se quiser.

- ótima ideia! - pego os cacos da xícara e entro dentro de casa - eu só vou trocar de roupa e já volto - jogo os cacos no lixo e corro para o quarto.

Não vou ser hipócrita, eu estou mesmo apaixonada por ele, só em ouvir a sua voz as minhas pernas tremem, mas talvez nunca dê certo, somos de mundos diferentes e eu não estou pronta para passar por nada daquilo novamente, pensei que fosse morrer.

Mas por outro lado nada daquilo foi culpa dele e muito menos minha.

Abro o guarda roupas e pego um shorts jeans, uma blusa vermelha sem manda e jogo na cama tirando a roupa que estava vestida.

Coloco as peças em mim e olho no espelho para ver se ficou legal e sorrio ao ver que ficou bom.

Gosto de mim senti confortável, vou usar a minha rasteirinha por que gosto e é a única que tenho agora.

Solto o meu cabelo e dou uma arrumada com as mãos mesmo, pego o meu perfume de frutas vermelhas no guarda roupas e passo um pouco, sempre usei ele e não o troco por nenhum outro.

- vamos? - saio do quarto devidamente pronta enquanto ele me observa - O que foi? Estou feia?

- está linda! - ele olha para mim - tem um rosto tão de menina, parece não saber de nenhum mal que o mundo carrega - ele se aproxima parecendo está com os pensamento longe - vamos? - ele entende o seu braço para mim e eu aceito sem receio.

Eu só quero poder esquecer um pouco de tudo, e sair talvez me ajude. Sua presença parece ter tirado de mim toda a tristeza que estava sentido a poucos minutos atrás.

Não que eu tenha esquecido de nada, mas eu estou sentido meu coração mais leve e eu espero que isso não passe.

Sinto que daqui para frente a minha vida vai mudar muito, e eu espero que seja para melhor.

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Comments

Andreza Cristina Cunha

Andreza Cristina Cunha

só tá faltando foto dela e dos outros personagens

2024-10-14

0

Sueli Fatima Ribeiro

Sueli Fatima Ribeiro

A foto do Nicolas está linda.E Jai está apaixonada por ele uhuuuuuu

2024-04-23

4

Marilda Dos santos

Marilda Dos santos

autora tem que colocar as fotos por favor

2023-12-04

8

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