Nicolas, esse é o nome de um dos mafiosos mais perigosos de Nova York. E não podemos nem ao menos dar parte na polícia por que todos eles são comprados.
Esse homem faz o que quer e ninguém tenta impedir, ao menos é o que eu fiquei sabendo.
- meu irmão está por aí correndo não sei quantos riscos e eu não posso fazer nada para ajudar - estou na casa da Lilly, os pais dela estão viajando e isso é bom. São pessoas boas e não quero que pensem coisas ruins sobre mim.
- Jai, seu irmão é esperto, ele vai dar um jeito - ela afaga meu ombro tentando me passar conforto, mas a única coisa que sinto nesse momento é angústia e medo.
- como? Não temos como conseguir esse dinheiro, e o pior de tudo é que eu nem sei onde e nem como ele está nesse momento - levanto do sofá - talvez eu possa ir até a casa desse Nicolas tentar pedir mais um pouco de tempo.
- está maluca? Esse cara é perigoso!
- não posso deixar meu irmão morrer, é minha única família, Lilly - pego minha bolsa em cima do sofá.
-. tá, eu vou com você, mas não se preocupe, tenho certeza que vamos achar esse cara.
(...)
Já é quase meia noite, rodamos quase toda Nova York e não achamos o Nicolas. Ele deve ser algum tipo de fantasma.
Estamos em um café que fica aberto até altas horas, paramos para comer um pão e beber algo.
- acho melhor a gente ir para casa, não é seguro ficarmos na rua até uma hora dessas - Lilly dá o último gole em seu café e eu concordo com suas palavras.
- você tem razão - pego uma nota de vinte dólares em minha bolsa e chamo o garçom - amanhã eu contínuo procurando, eu tenho que achar esse cara.
- e o que vai fazer se acha-lo?
- eu vou implorar para que ele nos dê mais tempo para conseguir o dinheiro.
- e você vai conseguir como?
- eu não sei, tá legal? - suspiro pesado - amanhã eu vou acertar as minhas contas no restaurante, trabalhei lá por um bom tempo e vou dar o dinheiro para ele, depois dou um jeito de conseguir o resto.
- eu soube que estão procurando o Nicolas, é verdade? - olho para o homem que acabou de sentar a nossa mesa sem ser convidado.
Bonito, olhos castanhos e pele clara.
Está usado uma camisa de manga social, calça preta e um sapato da mesma cor muito bonito.
- quem é você? por um acaso conhece ele? - Lilly pergunta na minha frente.
- ele é meu irmão e eu cuido de tudo o que lhe diz respeito - ele põe as mãos sobre a mesa - então, o que querem com ele?
- meu irmão pegou uma de suas porcarias para vender em um ato de desespero, mas ele acabou sendo roubado e o seu irmão deu vinte e quatro horas para ter o valor das drogas em mãos e não temos como conseguir assim, de uma hora para outra - olho para ele.
- e você acha que vai convencê-lo a perdoar o seu irmão, é isso? - ele pergunta em tom de deboche e eu nego.
- eu só quero pedir que aumente o prazo, não tem como conseguirmos isso assim, de uma hora para outra.
- ele não vai aumentar o prazo, Nicolas não dá segunda chance. Seu irmão só precisava vender a mercadoria e trazer o dinheiro para gente.
- ele foi roubado, será que está surdo?
- quem nos garante isso? ele pode ter vendido e ficado com a mercadoria, já lidamos com muitas pessoas assim.
- ele jamais faria isso! Ele iria devolver aquela merda a vocês quando o roubaram - levanto da mesa - vai nos levar até ele ou vou ter que continuar procurando?
- eu vou te levar até ele, mas pode ir perdendo as esperanças.
Ele levanta e sai na nossa frente junto com outros dois homens.
Devem ser seus seguranças, bem vestidos e mal encarados.
- você vai assim? sem ter certeza que ele é mesmo irmão do cara?
- o que eu posso fazer? tenho que arriscar - pego minha bolsa e sigo os homens até um carro preto.
- o que foi? vão ficar aí paradas? - ele abre a porta do carro fazendo menção para entrarmos.
Tá, mesmo com medo eu tenho que ir, é pelo meu irmão, pela minha família.
(...)
Fomos durante todo o caminho em silêncio.
O irmão do Nicolas atendeu algumas ligações durante o trajeto. xingou algumas pessoas, foi ignorante com outras e assim foi nossa viagem.
Chegamos já faz uns dez minutos, a casa é linda! Quase todas as paredes são de vidro dando visão para um belo jardim ao lado de fora. Bem decorado com móveis de dar inveja. Não só os móveis mas todo o resto.
Deve morar muitas pessoas aqui.
- ele está te esperando no escritório, e é para ir sozinha - olho para Lilly que me encara e sigo para o corredor nervosa.
Empurro uma porta que está meio aberta e entro.
Meu coração está em tempo de sair pela boca, um perfume apimentado está tomando conta de todo ambiente, o ar gélido do ar condicionado fez todo o meu corpo se arrepiar.
- o que tanto quer falar comigo?
- levanto minha cabeça para encarar o dono desse voz rouca e marcante.
- eu q - que - gaguejo ao ver seus olhos me encarando com tanta atenção.
Confesso que nunca vi homem tão bonito quanto esse.
Olhos azuis, cabelos jogados para trás e um olhar de deixar qualquer pessoa assustado.
- meu irmão cometeu a loucura de vender drogas - suspiro tomando coragem de me pronunciar - ele nunca havia feito isso antes, está desempregado e eu acabei de ser demitida, e com medo de acabarmos na rua ele acabou cometendo esse ato idiota.
- você sabe quanto valia o pacote que supostamente foi roubado?
- ele me disse que valia muito dinheiro, e eu não vir aqui para pedir que esqueça isso. Eu estou arriscando a minha vida apenas para pedir que nos dê mais um tempo, eu posso arrumar um jeito de te dar o seu dinheiro.
- essa dívida não é sua, é do seu irmão.
- essa dúvida é minha e dele. Marcos é a única família que tenho e eu não vou perde-lo só por quê cometeu a estupidez de se envolver com gente da sua laia. Ele é um homem bom, só cometeu um erro e ele estava vindo consertar isso quando foi roubado.
- seu irmão não foi roubado.
- mas é claro que foi! Ele chegou em casa desesperado sem saber o que fazer.
- eu mandei averiguar tudo o que ele disse - ele mexe no notebook em cima da sua mesa e o vira para mim - seu irmão vendeu a minha mercadoria e sumiu com todo o dinheiro. Ele veio até a minha casa com esse papo de que tinha sido roubado mas eu já passei por situações como essa, e acredite, eu nunca deixo isso abatido.
No vídeo eu consigo ver claramente que Marcos vendeu a mercadoria e levou várias notas por ela. Deve ter uns cinquenta mil ou mais ali.
- mas por quê ele mentiu para mim? Marcos sumiu, ele foi embora falando que você iria mata-lo, que não seria seguro eu ir com ele e me deixou na casa de uma amiga.
Meu irmão me abandonou, foi isso? Ele fez o mesmo que os nossos pais?
- mas que merda de vida é essa que eu tenho? Eu trabalho igual uma condenada, passei por momentos difíceis, cresci em um orfanato e além de ser abandonada pelos meus pais, também fui pelo meu irmão - deixo as lágrimas caírem livremente pelo meu rosto.
- me desculpa vir até a sua casa incomodá-lo, eu só tentei ajudar uma pessoa que não quer ser ajudada.
- não chore pelo seu irmão, ele já vem trabalhando para mim alguns meses e eu te garanto que eu o pagava muito bem. E se ele nunca te contou isso ou nunca se quer lhe ajudou, é por quê não é uma pessoa muito confiável e não merece as suas lágrimas.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Rosimeire Saraiva
Coitada é triste quando vc e enganada e confiar na pessoa que era pra te proteger .
2024-07-08
2
Sueli Fatima Ribeiro
E agora o que vai acontecer com ela Marcos mentiu e fugiu a deixando sozinha
2024-04-22
4
RosaSantana
/Smirk//Smirk/
2024-04-20
0