Capítulo 11

Ficamos acordados até tarde, namorando, nos curtindo...e eu acabei adormecendo nos braços fortes do meu namorado, ouvindo seu coração bater, e acho que dormi sorrindo.

《••••》

Acordei no dia seguinte, sentindo um braço enorme e tatuado envolvendo meu corpo. Sorri, meio envergonhada por ter dormido ao lado dele e mais ainda por estar com o rosto inchado e por ele ter presenciado aquela cena horrível, quando o Diogo me bateu.

Mas me senti segura ao seu lado, ao lembrar que foi o meu namorado quem me defendeu e cuidou de mim... Felipe Donartti, meu namorado... Que loucura!

Olhei a aliança no meu dedo e fiquei lembrando da forma carinhosa como fui tratada, dos beijos, dos carinhos, do cuidado que o Felipe teve comigo e, principalmente, de como ele me respeitou e em nenhum momento tentou alguma carícia mais ousada ou algo a mais. Ele foi incrivelmente amoroso e romântico, um verdadeiro príncipe.

Senti ele se mexer e cheirar meus cabelos, antes de beijar meu pescoço e me puxar mais pra perto dele.

-Bom dia, minha princesa. - aquela voz rouca, logo pela manhã, me fez arrepiar.

-Bom dia, meu lindo. - sorri, escondendo o rosto em seu peito.

-Dormiu bem? Porque eu dormi feito um bebê...

-Dormi sim. - beijei aquele peitoral nu, lindo, tatuado e musculoso.

-Eu acho que vou querer acordar assim todos os dias. Com você nos meus braços, enroscando essas pernas lindas nas minhas, com seus beijos no meu corpo, sentindo seu cheiro. - senti ele roçar o nariz no meu pescoço, me fazendo cócegas. - Tão sensível a minha baby. - sorri discretamente desse apelido fofo.

-Acho bom não se acostumar, Sr.Donartti, porque foi só essa noite. Eu vou voltar para o meu apartamento daqui a pouco.

-Não vai não! - diz, sério.

-Que?! Claro que vou, Felipe! Eu não vou ficar aqui com você, dando trabalho e tirando a privacidade de vocês.

Ele me olhou e ficou sério. Senti seu corpo ficar rígido.

-Eu não vou correr o risco de te machucarem de novo, Larissa. Olha o que fizeram com você...- me olhou, preocupado, e infelizmente ele tinha razão.

-Eu não tenho culpa da loucura dos outros, Felipe. - falei, sentindo as lágrimas rolarem pelo meu rosto. - Não quero perder minha liberdade...

Ele me abraçou forte e beijou minha testa.

-Eu sei minha menina, não foi isso o que eu quis dizer...eu só acho mais seguro você ficar aqui, pelo menos por enquanto, porque tem mais proteção. E eu vou estar com você e vou poder cuidar de você pessoalmente, entendeu? - sinto ele afagar os meus cabelos.

-Entendi...mas eu quero continuar vivendo minha vida normalmente.

-E você vai. - olha nos meus olhos. - Mas por enquanto, eu quero você aqui em casa. Pelo menos até eu descobrir os planos do Diogo...

-Como você sabe o nome dele? - o encarei, surpresa.

-Eu sou observador, Larissa. E você vai aprender isso com o tempo...mas quando minha mãe me contou que seu ex te ligou e disse que sabia que roupa você usava, eu imaginei que ele estava te seguindo. Por isso fui atrás de você ontem, e quando ele te atacou e você o reconheceu, eu vi medo em seus olhos, mas também vi que você tentou convencê-lo a te soltar e até tentou acertar um chute nele, mas ele desviou e acabou te batendo. - ele respirou fundo. - Eu vou fazer ele pagar muito caro por isso! - ele passou o dedo pela minha bochecha, que ainda estava roxa.

-Esquece isso, Felipe. Eu não quero que você se prejudique por minha causa. O Diogo é capaz de tudo, ele é perigoso e está descontrolado, ontem eu tive a prova disso. Não quero que ele te machuque ou faça algo contra você.

-Desculpa amor, mas eu não vou esquecer. Isso não vai ficar assim. E, se você quiser, vamos a delegacia e você faz uma denúncia contra ele. Isso foi agressão, Lari! - fala, nervoso.

-Eu sei, mas não vai adiantar. O Diogo é rico e influente, isso não vai dar em nada. E de agora em diante eu não preciso me preocupar, pois tenho um namorado incrível e também muito teimoso, que vai sempre me proteger, mesmo que eu diga que não, certo?! - ergo a sobrancelha.

-Muito certo! - assente. - Eu vou estar sempre com você. Mas agora...eu quero meu beijo de bom dia. - ele tenta me beijar, mas eu viro o rosto.

Levantei da cama e corri dele.

- Mas nem pensar...eu preciso escovar meus dentes, Felipe!

-Para quê? Eu não me importo. Só um beijinho... - ele fez carinha de triste e eu ri.

-Um homem desse tamanho fazendo drama. - meneio a cabeça. - Vê se eu aguento com isso?!

-Ué...vai que cola!? - dá de ombros.

-Pois comigo isso não funciona, seu manhoso. Vou lá no outro quarto tomar um banho e me trocar, porque senão vou me atrasar para o trabalho.

-Hoje você não precisa ir, amor. - paro ao ouvi-lo me achamar assim... dá um calorzinho gostoso no peito. - Prefiro que você descanse um pouco. Amanhã você volta a sua rotina, pode ser?

-Felipe, eu estou bem. E essa marca eu consigo esconder com maquiagem. - suspiro.

-Eu sei Lari, mas estou falando para o seu bem. Aproveita o dia, vai ao shopping com a minha mãe, pega umas roupas e algumas coisas no seu apartamento e trás para cá. E se a sua amiga quiser, ela pode ficar aqui também, a casa é grande e tem espaço de sobra.

-Não aceitei vir pra cá não, sabia? - cruzo os braços.

-Larissa, isso não é negociável, é pra sua segurança e eu não abro mão disso! Se preciso for, eu voo hoje ainda, para o Brasil e falo pessoalmente com a sua família e peço sua mão em casamento, mas não abro mão de você sob meus cuidados e proteção, e pra isso você vai ficar comigo, aqui em casa, e não adianta bufar!

Bati o pé no chão, impaciente. Mesmo que seja para o meu bem, mas eu ainda tenho que me acostumar com a ideia.

-Não adianta bufar para mim. É isso e não tem conversa, mocinha!

Estreitei os olhos pra ele, que se ajeitou nos travesseiros, cruzou os braços atrás da cabeça e sorriu. Infelizmente, ele tinha razão, aqui tem mais segurança, câmeras, sistema de monitoramento o tempo todo, sensores...enfim, parece até uma fortaleza.

-Tá, tá...- levantei as mãos. - Eu venho...mas vou ficar no outro quarto. E é só por uns dias, ouviu?

-Isso é negociável... - ele sorri de lado. - Por enquanto.

-Sei bem...- torço a boca. - Bom, vou tomar um banho.

-Eu ia me oferecer pra ir junto, mas acho que você vai recusar... - faz cara de coitadinho.

-Felipe! - digo, brava.

-Tô brincando amor... - ele pensa. - Talvez... - move as sobrancelhas de modo sugestivo.

Saí do quarto dele e, quando cheguei no corredor, comecei a rir. Eu estou gostando desse lado leve e brincalhão dele. É um Felipe totalmente diferente, com sorrisos sinceros, carinhoso e todo atencioso.

Quando saí do banho, me deparei com um buquê de rosas sobre a cama e um bilhete.

Obrigado por me fazer o homem mais feliz do mundo, por aceitar ser minha namorada e me dar a oportunidade de te fazer feliz.

Dormir e acordar do seu lado foi incrível e espero repetir isso todos os dias, pro resto das nossas vidas.

Hoje é o nosso primeiro dia, do resto das nossas vidas, juntos.Te espero para o nosso café da manhã, meu amor.

Todo seu, Felipe Donartti.

Suspirei...que homem romântico!

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