Descobrindo O Amor - EM REVISÃO

Descobrindo O Amor - EM REVISÃO

Capítulo 1

Sentada nessa praia, observando as ondas do mar indo e vindo.

Às vezes parece que a minha vida é como um mar... dias revolto e tempestuoso, dias mais tranquilos e de calmaria. Mas o que eu queria mesmo? Dias em que eu pudesse só relaxar o meu corpo e deixar a maré me levar, deixar meu coração confiar, com a segurança de que, no final, eu não iria naufragar na desilusão novamente.

Eu, sou Larissa Mendes...

Uma brasileira de 22 anos, desiludida, enganada, traída e de coração partido... mas uma filha amada, irmã querida, e uma Engenheira recém formada, decidida a ser feliz e viver uma nova vida a partir de agora, deixando as tristezas e angústias para trás, e é exatamente isso o que eu vou fazer!

《••••》

Acordei bem cedo e, pra não perder o costume, fui correr e me despedir do parque onde pratiquei exercícios por tanto tempo.

Moro há anos nesse bairro, passei praticamente toda a minha adolescência aqui, e correr nesse parque se tornou algo tão comum... acho que até disso eu vou sentir falta.

Assim que chego em casa, me deparo com uma mesa linda de café da manhã, e minha família toda reunida, me esperando.

- Vocês querem me fazer chorar logo cedo, não é?! - digo, já sentindo meus olhos encherem.

É tão bom sentir esse carinho, esse cuidado, esse amor sincero.

E pensar que eu, mais uma vez, confiei no homem errado, entreguei o meu coração, abri minhas feridas e expus meus medos e dores, e mesmo assim, o Diogo me enganou, mentiu, traiu e... bom, melhor não tocar nesse assunto, porque Diogo Michellin agora é passado!

- Mamãe fez tudo o que você gosta, minha princesa. - minha mãe vem me abraçar, toda chorosa. - Minha filhinha...

Sônia

- Ah, mãe, não chora. - abraço ela. - Eu prometo que ligo todo os dias, e daqui um ano, eu volto e passo as férias com a senhora. - beijo o seu rosto.

- Acho bom mesmo, senão te busco pela orelha!

- Se dona Sônia diz, dona Sônia faz! - minha irmã vem me abraça também. - Vou sentir saudade, minha minion! - ela faz bico.

Cristine

- Oh, minha ruivinha... eu também vou morrer de saudades!

Abraço minha mãe e minha irmã, as mulheres mais incríveis que já conheci!

- Tem espaço para mais um nesse abraço? - meu irmão, meu "grande armário favorito" me olha, do jeito carinhoso e paternal que só ele tem.

Vitor

- Claro, grandão, vem cá! - ele envolve nós três, as três mulheres da vida dele, em um abraço apertado e quentinho. - Vou sentir saudades do seu abraço, Vi. - suspiro.

- É só me ligar, que eu pego o primeiro voo e vou direto até você, onde quer que esteja, minha baixinha! - Vitor me olha com carinho.

- Agora chega de chorar, e vamos comer, porque eu estou faminta e já gastei muita caloria correndo, então agora, preciso repor! - digo, fazendo todos rirem.

Nos sentamos e começamos a comer, e logo ouvimos a campainha tocar.

- Estamos esperando mais alguém? - pergunto, curiosa.

- Ah, quem você acha que são? - meu irmão torce a boca e eu sorrio, já imaginando...

Minha irmã já vai toda sorridente abrir a porta... então já sei exatamente quem é...

- Bom dia, família Mendes! - a voz potente é inconfundível. - É daqui que pediram uma dose extra de alegria para uma mocinha que vai nos deixar aqui de coração partido? - olho o Carlos Rafael e seguro a risada. - Eu trouxe a beleza, que sou eu é claro! E a alegria, que são a dupla de palhaços, Cahê e Edu! - ele sorri, mostrando os irmãos, que os encaram, incrédulos.

Gente, não dá... todo mundo gargalha, porque é impossível não ficar alegre perto desses três... meus três mosqueteiros!

Se tem uma coisa de bom que eu recebi por ter trabalhado nas empresas Michellin, além da experiência profissional, foi conhecer o Carlos Rafael, o Carlos Henrique e o Eduardo. Ou, como chamo, Cafa, Cahê e Edu!

Carlos Rafael

Carlos Henrique

Eduardo

Esses três são seguranças e trabalham para os pais do Diogo... E novamente vem esse infeliz na minha mente. Mas o meu relacionamento com o "homem perfeito", que na verdade era uma ilusão, me trouxe a amizade desses três homens incríveis, que se tornaram parte da minha família, e eu os considero como meus irmãos de verdade, porque eles cuidaram de mim como só um irmão cuidaria de uma irmã.

E o Edu acabou virando meu cunhado, já que ele e a Cris se entenderam. Fico feliz demais por eles!

Recebi tanto carinho, abraço, beijo... muito amor!

E no fim do nosso café da manhã de despedida, eles me fizeram chorar de novo...

Me deram uma correntinha, com um pingente escrito "Lari", meu apelido desde que eu era um tiquinho de gente que vivia pendurada nas costas do Vitor, e roubando biscoito de nata e pão de queijo na cozinha, junto com a Cris e a Mônica... minha mãe sempre fingia que não via, e nosso pai acobertava nossa traquinagem.

Minha infância foi boa, pelo menos uma parte dela... Mas assuntos tristes não devem ser lembrados hoje!

《••••》

Chegamos ao aeroporto, e essa é a hora mais difícil...

Quando aceitei a proposta para trabalhar nos Estados Unidos, eu sabia que precisaria ser forte para aguentar me separar da minha família, mesmo que só por um tempo, pois o contrato de trabalho dura cerca de três anos, e nas férias eu virei visitá-los.

Mas para mim, vai ser bom esse processo, essa distância do Brasil e das lembranças ruins.

Vai ser uma oportunidade de recomeço, de viver algo novo, diferente e uma experiência única.

Eu preciso recomeçar, preciso me curar emocionalmente, mesmo que eu ainda não saiba como, mas algo dentro de mim me faz sentir que essa viagem vai mudar a minha vida...

Abracei meus irmãos, e confesso que chorei, mas disfarcei bem. Já a minha mãezinha...chorou muito...e com ela eu não consegui me segurar, e chorei rios e mares!

Quando ouvimos a chamada para o embarque, respirei fundo e caminhei rumo ao desconhecido, literalmente!

Enfim, entrei no avião e prendi o cinto. Fechei os meus olhos e orei...Entreguei a minha vida e a minha família nas mãos de Deus, e também pedi a Ele que cuidasse de mim, que curasse as feridas no meu coração e na minha alma! Pedi que não me deixasse fraquejar, mas que continuasse me sustentando como sempre fez, e agradeci, pois mesmo em meio às lutas e dificuldades, problemas e sofrimento, eu sei que Deus nunca me abandonou, e Ele nunca perdeu o controle da situação. E com o coração leve, eu me senti em paz!

Uma nova etapa da minha vida me espera...estou anciosa e cheia de expectativas, mas acima de tudo, tenho fé que tudo vai dar certo!

.

.

.

Quando desembarquei, no aeroporto JK em Nova York, e liguei o celular, o pobre quase pulou da minha mão de tanto que vibrava com notificações de mensagens e ligações perdidas da minha família. Sorri feito boba com o carinho e preocupação deles, mas confesso que o meu coração já apertou de saudades... Sinto que esse um ano vai ser bem difícil!

Estava tão distraída, puxando a minha mala de mão, e digitando no celular conversando com a Cris, que acabei batendo em algo, ou melhor, em alguém, tão alto e forte que meu corpo desequilibrou com o impacto e quase caí de bumbum no chão, mas senti uma mão grande apoiar minhas costas.

-Opa, te peguei! - ouvi uma voz grave, e ergui o olhar lentamente, até os meus olhos encontrarem um par de olhos claros como o mar, e um sorriso...

Gente... que sorriso lindo!

《••••》

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Comments

Vera Lucia Valério

Vera Lucia Valério

ainda bem que os homens não são atores da Globo né pq é muito chato quando vces colocam atores como personagens do livros,VCES tem que entender que a foto que vcê colocar é o personagem que vamos construindo na nossa mente ,então não pode ser de qualquer jeito

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