CAPÍTULO 20

Deitado na sua cama, ERIC rolava de um lado para o outro sem conseguir dormir. Com a sua cabeça cheia de pensamentos desencontrados e a imagem do corpo nu de AVERY ,estava em desassossego, sem saber o que fazer. Ela tinha que ser dele, apenas dele, mas não sabia nem mesmo como encontra -la.

Com o quarto iluminado por apenas uma vela,se levanta e vai até o móvel onde ficava uma bacia com água e lava o rosto na água fria para ver se o calor que queima o seu corpo diminuiu. Para tirar dos pensamentos a vontade de ter novamente momentos como o que teve na mina. Tenta pensar em como pegar Morac em algo mais concreto que apenas argumentos sem provas.

Ou o homem era um ser sem pretensões e que apenas gostava de ficar nas sombras, o que era pouco provável, ou ele era um ardiloso calculista. Fosse o que fosse, precisava pegar o maldito responsável por tantas coisas más que aconteceram na fortaleza e nos arredores, mas que com a sua chegada pararam misteriosamente.

Uma coisa era certa, o culpado não queria prejudicar o povo local, apenas desestabilizar lady Fiona, que já enfraquecida pela doença, acabaria abrindo mão dos seus direitos, já que não tinha herdeiros e a desconfiança sobre Morac era grande.

Seria necessário que o homem desse um passo em falso. Para isso precisava saber se ele trabalhava sozinho ou se tinha comparsas.

Mas não via perigo eminente. Com pensamentos assim, acabou por adormecer.

Logo pela manhã, levantou-se, vestiu-se e foi para junto dos seus homens. Queria estar com AVERY, mas o Conselho da curandeira ecoavam na sua cabeça: precisava resolver os problemas do povo para depois pensar na sua vida...

Com isso em mente, começou a arquitetar um plano para pegar Morac ou o verdadeiro culpado que fosse. Deixaria tudo em segredo, apenas Lok e Lino ficariam cientes, assim teria mais chances se menos pessoas soubessem do plano.

Foi direto para a área de treinamento, e notou muitos aldeões estavam ali para dar continuidade aos treinos que vinham recebendo.

Essa foi uma boa tática. Treinando todos os aldeões, eles teriam noção de defesa e poderiam ser usados no caso de alguma luta armada. Mesmo que o foco fosse o treino dos mais jovens.

Após um árduo período de treino, ERIC deixa Lok à frente dos homens e vai para o tanque que ficava perto dos portões e era usado para se refrescar, pois, ali era o ponto de encontro com Lino ,que logo chega eufórico.

---- Sir ,descobri que Morac, que serviu sempre o senhor da fortaleza e a lady, foi proibido de levar chás para ela ou até mesmo de visitá -la.

---- E de quem partiu essa ordem?

---- Da velha curandeira. Ela não deixa que nada seja dado a lady sem a sua autorização.

---- Bom trabalho garoto! Não é muito, mas agora temos mais pistas para seguir.

Enfiando a cabeça no tanque que ficava no pátio, refrescou-se. Quando balançava a cabeça para tirar o excesso de água dos cabelos, teve um vislumbre de uma moça. Ela se parecia com AVERY, mas acabou por perder a mulher de vista, misturada com as pessoas atarefadas com os seus afazeres.

Devia estar tendo alucinações. Seria muita sorte tê-la tão próxima assim. Só em pensar nisso, veio na sua mente a sensação do corpo dela colado ao seu, os seus beijos inseguros e aquelas pernas enlaçadas na sua cintura... enfiou a cabeça no tanque novamente.

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AVERY atravessou o pátio com Tale sentindo medo de ser reconhecida. Mas ao ver Sir ERIC no tanque, ela congelou. Não esperava vê -lo ,muito menos com o torso nu, com todos os músculos a mostra. Sentiu a mão da curandeira no seu cotovelo, guiando-a. Assim ela seguiu com passos incertos.

Quando Tale terminou os cuidados com a lady, disse que AVERY ficaria ali para cuidar da senhora. Instruiu a moça sobre os cuidados com a dama e como proceder em caso de necessidade. Já acostumada aos trabalhos, não viu dificuldades nisso. Apenas achava terrível ter que ficar calada, sem nada para fazer, pois, Ronda não lhe dirigia a palavra, ficava isolada num mundo só dela. E AVERY sentia-se incomodada, já que gostou sempre de conversar muito.

Após um tempo, Ronda saiu para aquecer o caldo que Tale havia deixado para o almoço da Lady, pois não confiava em deixar a comida fora do seu olhar.

AVERY estava faminta e a sua alegria foi sincera quando Ronda retornou trazendo não só o caldo quente mas também comida para as duas. Comeram em silêncio para o desespero da moça que tinha muitas perguntas aquela guerreira.

Ronda fez questão de alimentar a sua senhora quando ela acordou e manteve com a mesma um diálogo tão baixo, que AVERY nem conseguia entender.

AVERY gostaria muito de ver a lady acordada para poder conversar com ela e perguntar sobre o sinal de nascença que ela tinha. Acreditava que elas tinham algum parentesco. Mas lady Fiona e a sua tia Fiona não poderiam ser as mesmas pessoas, ou poderia?

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OLÁ AMADINHAS...

MAIS UM PEQUENO CAPÍTULO PRA VOCÊS. DESCULPAS PELA DEMORA 😇 ESTOU MEIO ENROLADA POR AQUI.

Bjs de Luz

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