CAPÍTULO 10

Quando retornaram ao acampamento, AVERY notou que já não havia mais vestígios de sangue ou do corpo do invasor.

Ficou sentada , recostada no tronco de uma árvore com sua manta nos ombros. Estava assustada. Nunca tinha visto alguém morrer dessa forma . Já havia visto feridos por conta dos treinos, mas tanto sangue...ficou chocada. Lutou algumas vezes com alguns que queriam ataca-la, mas nunca precisou ferir ninguém. Saber que quase ela que teria feito o " serviço" , lhe dava ancia.

Lino trouxe o seu prato de ensopado de, estava sem apetite, comeu apenas por saber ser necessário, mas não sentiu nem o sabor. O primo ficou ao seu lado calado, mesmo em silêncio isso era reconfortante, dava a sensação de proteção.

Sentia que precisava superar o trauma. Não sabia o que a esperava agora que estava fora da proteção de DUNHILL e do pai, mesmo o seu genitor não sendo um exemplo de guardião.

Deveria ser forte, aliás, o ocorrido seria sua superação e um marco que dividiria a sua vida em duas etapas: antes e depois dessa morte.

Essa seria sua última noite na floresta, a próxima já estariam na fortaleza dos Macgary.

Não sabia como seria recebida ou se a sua tia ainda estava viva. Tinha que pensar como faria para ter abrigo nessas terras. Ouviu dizer que os Macgary eram boas pessoas, talvez conseguisse alguma ocupação no castelo. Isso lhe garantiria comida e um lugar para dormir .

Com esses pensamentos adormeceu, uma adaga na cintura e outra na mão, pronta para se defender se fosse necessário.

No meio da noite acordou alerta com um sussurrar de vozes por perto, mas era apenas a troca de turno dos vigias.

Apesar de cansada, o seu sono estava leve, percorreu o local com os olhos semicerrados observando o movimento, sem sair do aconchego das mantas. Notou o olhar especulador de Sir ERIC, mas fingiu não vê -lo e tratou de voltar a dormir.

O dia nem bem clareou e os homens já estavam se preparando para mais um dia na estrada. Alguns foram se lavar no córrego, outros preferiram comer o desjejum, mas todos estavam ansiosos por saber que estavam próximos do destino. Ninguém gostava do desconforto da estrada.

AVERY se forçou a comer algo, precisava se alimentar e ter forças para enfrentar o seu futuro incerto. Procurou não pensar mais no ocorrido muito menos falar sobre ele. Nunca foi uma mulher fraca e não seria agora, quando mais precisava que se daria ao luxo de ser.

Poderia precisar se defender outras vezes e os seus costumeiros xingamentos e palavras afrontosas não lhe serviria de nada. Estava na hora de aprender a se defender de verdade para ter ao menos alguma chance fora de DUNHILL.

Lino percebeu como a prima estava quieta, além do normal.

--- Como você está prima? Parece preocupada.

--- Estou pensando no que farei ao chegar na propriedade dos Macgary. Não tem ninguém me esperando. Não sei para aonde ir. -- disse AVERY, revelando os seus medos.

--- Prima, creio que você deverá procurar por sua tia ou parente dela,assim que chegar.

--- Será o melhor a fazer Lino. Apenas sei que tia Fiona foi pra lá por conta do seu casamento. Sendo assim, terei parentes de sangue, só se ela tiver filhos.

---AVERY, estou preocupado. Penso que o melhor a fazer, se você não quiser ser arrastada para DUNHILL e pro seu cuidador de porcos, é melhor se afastar do grupo assim que entrarmos pelos portões.

--- Será que Sir ERIC me obrigaria a voltar ?

---Ele é um guerreiro e a honra de um guerreiro o obriga a fazer isso. Então aproveite a grande movimentação da nossa chegada e se misture aos aldeões locais. Deixe o cavalo pra não ser acusada de ser ladra.

AVERY concordou com a cabeça, ao mesmo tempo, em que olhava ao redor para ver se alguém ouvia a conversa.

Pararam para o almoço com o sol a pino. O vento gelado obrigou todos a ficarem perto do fogo enquanto descansavam. Foi um descanso curto, pois todos tinham pressa de um bom descanso e de boa alimentação.

AVERY começou a planejar a sua chegada na propriedade dos Macgary, guardou junto aos seus poucos pertences pedaço de broa seca e algumas cenouras,em seguida sentou-se afastada dos outros e se ocupou a amolar suas adagas. Queria estar preparada para uma emergência. Notou que Sir ERIC a vigiava. Cada movimento seu, era seguido pelo guerreiro.

Ele parecia desconfiado, mas ela fingiu não perceber o seu olhar inquiridor. Após conferir o fio das armas, ajustou uma na cintura e outra no compartimento secreto da bota.

Não sabia como, mas teria que abandonar o grupo .A melhor hora seria dentro dos portões da fortaleza. Lá estaria mais segura, era só se manter afastada de problemas.

Eric percebia no comportamento e nos olhares que AVERY dirigia ao escudeiro Lino, que ela trajava algo. Não conseguia antecipar o que seria ,mas tinha algo sendo planejado entre os dois primos. Decidiu ficar de olho nos dois .

A noite começava a chegar quando avistaram a fortaleza dos Macgary. Tiveram que se apressar, pois logo fechariam os portões.

Quando os 13 cavalos se aproximaram dos portões ainda abertos da fortaleza, os sentinelas já estavam a postos para intercepta-los se fossem inimigos.

Aí anunciar que eram do Clã Cameron, vindos de DUNHILL para ajudá --los logo foram autorizados a entrarem. Foram recebidos no pátio pelo responsável da segurança do local, que lhes deu as boas-vindas e indicou o estábulo para deixarem os animais e o tanque para se limparem e ir para o salão principal para serem recebidos.

Nesse momento, ERIC olha para seus companheiros de viagem e não encontra AVERY que simplesmente desapareceu!

💥💥💥💥💥💥💥💥💥💥💥💥💥💥

OI AMADINHAS.

DESCULPEM A DEMORA COM OS CAPÍTULOS, ESTOU TENDO COMPLICAÇÕES NA VIDA REALE COM ISSO TENDO DIFICULDADES DE ENTRAR NA FANTASIA.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***