CAPÍTULO 13

AVERY sentiu-se aliviada após o abraço aconchegante que a velha Tale deu-lhe. Não sabia como ela soube do seu segredo, mas aquela senhora sabia bem mais que pessoas comuns...

Tale era curandeira da região e em segredo, tinha o dom da adivinhação. Mas desde menina, descobriu que esse dom poderia transformar -se num fardo pesado demais para se carregar, sendo assim,procurava manter para si suas premonições.

A velha senhora demonstra a AVERY toda a bondade que tinha no seu coração. A acolheu na sua cabana,a alimentou com um delicioso desjejum, em seguida ofereceu-lhe um banho quente na tina com sabonete de ervas perfumadas. Um luxo que há muito tempo ela não tinha.

Os seus cabelos foram lavados e escovados por Tale ,deixando-os com um brilho. AVERY vestiu roupas limpas, o vestido não tinha laços ou rendas, mas era limpo e tinha um cheiro maravilhoso.

--- Menina,sei que o seu destino é melhor que esse,mas primeiro temos que plantar para depois colhermos e todo o pão precisa ser bem sovado para podermos desfrutar da delícia de poder comê-lo.

Mantendo o silêncio, AVERY ouvia Tale com um certo receio, pois a velha senhora falava com propriedade e essa certeza que ela tinha ao falar a assustava bastante.

--- Você pode ficar sob a proteção da velha Tale aqui, mas quando o seu destino tomar forma, você poderá segui-lo em paz, pois estará segura.

--- Pronto menina. Cabelo trançado é melhor que preso e escondido como você vinha mantendo. -- finalizou a senhora admirando a bela fisionomia de AVERY.

--- Obrigado Tale.

--- Para mim, é um prazer poder cuidar novamente de alguém. Vivo sozinha há muito tempo... agora vamos que os nossos afazeres nos aguardam .

--- Sim, Tale, posso te ajudar, só não sei cozinhar. O meu pai sempre reclamou que nem para isso eu servia.

Tale abraça a garota com carinho e seguem para fora da cabana onde umas poucas galinhas rondavam por ali e o seu cãozinho Liv. se divertia afugentando-as . Ao ver AVERY, ele desiste da farra e vem para junto da sua dona.

--- Tento manter as coisas o melhor que posso, não tenho mais forças para alguns afazeres e você será de grande ajuda enquanto o seu destino se faz.

Dizendo isso, se pôs a arrancar as ervas daninhas da sua horta e AVERY se abaixou para ajudá-la e constatou que era necessária muita ajuda para por tudo em ordem.

A pequena cerca que circulava a casa servia apenas para conter as galinhas e elas não fossem para longe, pois pra segurança de nada servia.

Trabalharam em silêncio, cada uma perdida em seus pensamentos, vez ou outra Liv corria entre as duas mulheres tentando chamar a atenção, fazendo uma bagunça e latindo alegremente.

O sol já ia alto quando Tale foi fazer o almoço e AVERY ficou terminando o trabalho.

O almoço era simples, mas muito saboroso. A velha explicou que pouco tinha em moedas para comprar alimentos, mas com os seus chás curativos ela conseguia o suficiente. E somando as doações que recebia em forma de pagamento pelo serviço de curandeira e parteira, onde alguns aldeões eram agradecidos pelos filhos saudáveis que ela trouxe ao mundo.

Após o almoço, AVERY sentou-se sob a sombra de uma árvore com Liv no seu colo e logo os dois adormeceram...

Ao sair do lago deu de cara com Sir ERIC sentado a observando, pelo desejo que via nos seus olhos, ele estava ali a um bom tempo.

Lentamente levantou-se e foi na sua direção com um andar predador, sem tirar os olhos do seu. As suas pernas fraquejaram e ela não pôde dar nem mais um passo. Com o coração acelerado e a respiração falha, esperou por aquele guerreiro forte e viril.

Sir ERIC aproximou-se e levou as suas mãos fortes até a sua cintura, trazendo-a para perto de si e faminto se apossou da sua boca num beijo exigente, molhado e a sua língua enorme ia da sua boca ao nariz, bochecha...

--- Ugh... Liv ! Como ousa tirar-me do melhor sonho de toda a minha vida?

--- Cachorro levando, estava sonhando com o meu príncipe e você atrapalha... vem cá fofinho me desculpa. -- acariciando o amigo de quatro patas, sai a procura de Tale.

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Eric foi para parte dos fundos da fortaleza juntamente com os seus homens e alguns do Clã Macgary para treinarem com as suas espadas, afinal um guerreiro deve estar sempre pronto para luta e queria saber a quantas iam as abilidades de todos.

Realmente o que ele queria era esquecer o sonho que o fez perder o sono. No seu sonho, a pequena AVERY saía nua de um lago, essa lembrança o perseguia a manhã toda e mesmo se exercitando com os seus homens, seus pensamentos eram para ela, apenas ela.

Precisava saber onde ela estava ou enlouqueceria.

Nunca havia acredito nessa história de "alma gêmea"que o seu irmão Connor falava aos quatro cantos de DUNHILL. Mas agora estava achando que era isso ou feitiço, já que não tinha interesse em outra mulher, apenas naquela pequena mulher sem vaidade que se vestia de homem.

Foi quando sentiu o seu braço arder e viu sangue no seu braço.

--- Você deveria pegar sua espada apenas quando o seu cérebro estivesse te acompanhando! -- Lok fala ríspido.

Largando o treino, Eric vai até o tanque lavar-se e ver a extensão do corte. Maldita seja as mulheres, em especial uma que habitava seus pensamentos.

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OI AMADINHAS...

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beijos

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