CAPÍTULO 12

Eric estava sem entender como aquela garota disfarçada de escudeiro sumiu sem deixar rastro. Os seus homens encontraram o cavalo amarrado do lado de fora dos portões e mais nada. Desapareceu como fumaça.

Estava agora no salão principal desfrutando de uma mesa farta, mas estava sem apetite. Todos comiam e bebiam alegres e ele não via prazer naquilo, muito menos nos olhares cheios de promessas que recebia das damas do salão e de algumas serviçais. Estava alheio a tudo isso. Precisava descansar e se não tinha se recolhido ainda, pois esperava pelo chefe do Clã Macgary para ficar selado o acordo entre eles.

Sentado entre os seus guerreiros, ficou a observar o ambiente limpo e organizado como em DUNHILL. O que lhe trouxe um sorriso aos lábios, certamente essa organização era coisa de esposa.

Foi quando tudo mudou, as serviçais começaram a trabalhar em silêncio e os homens no salão viraram cavaleiros.

Olhando ao redor,viu descer as escadas,uma mulher com certa idade, com o andar decidido e imponente.

Sentando-se no lugar de honra, a mulher pede a palavra batendo com uma faca em seu copo de prata :

--- Senhores, queiram-me desculpar pelo atraso. Não estou bem de saúde, evito ficar muito em pé,mas gostaria de agradecer o Lorde Cameron, de DUNHILL ,pelos homens que chegaram para nos ajudar .Não sabíamos mais como proceder aos ataques que estamos sendo vítimas. O nosso Lorde faleceu à dois meses, deixando-me viúva e a nossa fortaleza enfraquecida. -- fazendo uma pausa para controlar as emoções, ela logo continua.

--- Eu ,Lady Fiona Macgary deixo a nossa segurança nas mãos desses guerreiros experientes e confiáveis de DUNHILL.

A senhora sentou-se novamente e levantou o seu copo num brinde silencioso. Eric notou o abatimento da Senhora da fortaleza.

Ao fixar a sua atenção na senhora, percebeu que algo nela lhe era familiar, só não conseguia saber o que. Notou também que na sua presença, todos mudaram o comportamento. Até mesmo as mulheres presentes mantinham a compostura.

Pelo visto ali não era tolerado certos costumes que na corte eram naturais ou a falta de modos durante a refeição. O que fez com que se lembrasse de sua cunhada Mery que ensinou bons modos até mesmo ao seu irmão Connor.

---Sir ,Milady gostaria de falar-lhe. -- falou um senhor de certa idade, mas de olhar astuto.

--- Certamente...

Eric se levanta, seguindo aquele homem que mancava de uma perna, mas pelo porte físico, notava-se que no passado fora um guerreiro.

Num canto afastado do salão estava a senhora sentada confortavelmente. Em pé ao lado de sua cadeira, outra mulher, com olhar sério e focado, o analisava.

Eric notou que ela mantinha a sua mão no cabo de uma pequena espada, o que o deixou curioso, já que não havia ninguém armado no salão.

Pela postura já soube na hora que não se tratava de uma dama delicada e sim de uma mulher que sabia lutar e empunhar bem uma espada.

--- Bem Sir ERIC, vejo que já percebeu que a minha amiga e protetora Ronda ,está desconfiada. Não se preocupe, ela não confia nos homens e sempre está em alerta para estranhos.

Eric concordou apenas com a cabeça, esperando que a senhora terminasse explicações.

--- Com a morte do senhor de Macgary ,eu, como viúva e única herdeira, pois não há graça de termos filhos e ele era filho único. Tento fazer o melhor para meu povo. Não sou guerreira, não temos aptidão para batalhas. Os nossos homens estão se esforçando para fazerem o melhor, mas nosso inimigo está um passo a frente. Ronda acredita ser um de nós, pois nunca mata ninguém. Não posso crer nisso, são meu povo, não fariam algo assim...

Eric, que ouve atento, desvia o olhar para a mulher que ainda está de pé e mantém -se em alerta. Era válido esse pensamento e decidiu que precisava ouvir Ronda , poderia ser de grande ajuda o que ela tinha a dizer e talvez até a chave do problema do Clã.

Ficarei em dívida eterna com DUNHILL se conseguir me ajudar com esse problema que tanto prejudica os meus aldeões e nos causa tantos transtornos. -- finalizou lady Fiona.

--- Gostaria de ouvir os motivos das suspeitas de Ronda . Se forem válidas, seria bom suspeitar de todos e não falar com ninguém sobre nossos planos ou como agiremos.

--- Certamente Sir... agora irei me recolher, a minha saúde não é a mesma e o descanso se faz necessário nesse momento.

Eric volta para junto dos seus homens e deixa Lok à par da conversa. O seu mentor e amigo fica pensativo por um tempo,mas logo opina:

--- Penso que o que temos pela frente é um caso interno, por isso delicado. Não acredito que teremos aqui uma batalha usando a força bruta, mas sim numa contenda de estratégia com uma boa dose de sigilo.

--- Eu preferia uma boa batalha usando a minha espada. -- retruca ERIC,retirando -se para os aposentos que lhe foi destinado.

A viagem foi longa e cansativa.E a pequena AVERY não saía dos pensamentos. Lavou o rosto e as mãos numa bacia colocada sobre um móvel no canto do quarto. Retirou as suas roupas e deitou na cama larga e gelada.

Estava quase adormecido, vencido pelo cansaço, quando ouviu o estalo da sua porta sendo aberta. Todo o seu sono desapareceu e em alerta manteve a mão no cabo da sua espada.

Foi quando o invasor acende a vela que trazia nas mãos e Eric percebeu se tratar de uma das serviçais que o assediou insistentemente durante o jantar.

Sem nenhum pudor ,ela colocou a vela num móvel e puxando apenas uma fita, as suas roupas foram ao chão...

Eric já estava acostumado com esse comportamento e sempre ficava feliz com a companhia descompromissada.E a moça tinha o corpo voluptuoso,caminhou para ele sem se intimidar ,ficando de joelhos sobre a cama, puxa as cobertas:

--- Vim cuidar desse guerreiro...

Falando isso, ela toca na sua virilidade, deixando claro a que veio. ERIC só não contava que em sua mente viesse a lembrança de mãos pequenas e delicadas...

--- Acho melhor você se retirar. Essa noite prefiro ficar sem companhia. -- falou retirando a mão da mulher da sua intimidade.

A mulher saiu a bufar dos aposentos com as roupas em baixo do braço sem nem ao menos se importar em vesti-las.

Nem mesmo ERIC conseguiu entender o que ouve com ele ! Recusar companhia feminina !Desde seus 14 anos ele nunca havia feito isso...

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OLÁ AMADINHAS...

DESCULPEM PELA DEMORA EM ATUALIZAR OS CAPÍTULOS. MINHA VIDA ESTÁ MEIO COMPLICADA POR ESSES DIAS.

beijos...por favor comentem e curtam para valorizar meu trabalho. Podem opinar no enredo.

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