CAPÍTULO 11

AVERY não teria outra chance !

Ao se aproximarem dos portões, manteve o seu cavalo na fileira de trás. Quando receberam a autorização para adentraram na fortaleza, ela viu que assim como em DUNHILL, muitos vieram ao pátio para observarem a chegada dos visitantes. Foi em meio a essa confusão que ela desmontou do seu cavalo deixando-o preso num tronco do lado de fora da fortaleza para pensarem que ela não havia entrado pelos portões.

Pegou seus pertences e sem dificuldades misturou -se com os moradores locais procurando ficar do lado oposto ao estábulo para não correr o risco de ser encontrada. Não avisou nem mesmo o primo do momento da sua "fuga" para não correr o risco de ser encontrada.

Agora estava por conta própria. Deu uma última olhada nos seus companheiros de viagem, em especial em Sir ERIC . Ele era imponente e viril, logo teria alguém para distraí -lo e certamente enquanto se ocupava levantando algumas saias, perderia o interesse por sua fuga.

Afastando -se do local, foi analisado as pessoas. Precisava encontrar um rosto amigo a quem pudesse pedir ajuda. Mas ali ela não conseguia nada. Todos tinham olhos apenas para aqueles guerreiros fortes que vieram prestar ajuda ao povo local.

AVERY então resolveu ficar num canto, onde as sombras a protegeriam e de lá ela poderia avaliar a situação. Pelo que percebia, aquelas pessoas tinham Boa alimentação e andavam limpos. Isso em si já era uma boa notícia, certamente o chefe daquele clã era piedoso com os moradores da fortaleza e provavelmente com os aldeões também.

--- Ei garoto ! Eu nunca te vi por aqui. De onde você é? -- pergunta um rapazola sentado numa pedra.

AVERY se assusta ,mas logo se acalma. Se o rapazinho acreditou no seu disfarce, seria mais fácil. Tomando uma postura arrogante e masculino, explicou:

--- Venho de longe, vim para encontrar a minha tia, cheguei a pouco, mas não encontrei ninguém.

--- Sou Bartolomeu, pode me chamar de Bart. Eu ando por aí quando a minha mãe não me ocupa com nada. Quero ser um guerreiro como esses aí. -- explica apontando para os homens de DUNHILL.

--- Pode me chamar de A . --fala AVERY sem conseguir pensar em um nome.

--- A ? Isso lá é nome ?

Bart olha desconfiado , mas não fala nada.Logo uma senhora grita o nome de Bartolomeu e ele se levanta rápido.

--- Nos vemos por aí A.

AVERY fica olhando o garoto desaparecer entre as pessoas. Teria que inventar uma boa história para não se meter em encrencas.

A noite vai caindo , o pátio perde toda aquela movimentação e tudo fica calmo, apenas um ou outro soldado fazendo a ronda.

Se esconde num pequeno beco escuro, pedindo aos céus tranquilidade e proteção. Estava sozinha, assustada e pensando que se casar com o cuidador de porcos não era tão ruim assim.

Pegou em seus pertencesa manta e enrolou-se nela esperando que fosse suficiente para aquece-la ,quando ouviu um barulho bem perto. Levantou-se alerta com o seu punhal nas mãos .Mas era apenas um cãozinho revirando alguns lixos espalhados por ali. Com um sorriso chama o animal :

--- Vem cá seu sapeca ! Deixa ver ... um menino. -- fala rindo entre lambidelas que recebe do bichinho.

--- Você é muito levado, vou te chamar de Liv.

Tirando um pedaço de broa do bolso ,dividiu o alimento com o seu mais novo amigo, que comeu tudo e agradeceu com mais lambidas.

Brincaram por algum tempo e logo AVERY se enrolou na manta e Liv se juntou a ela .Assim ficaram, um aquecendo o outro.

Acordou logo cedo com o barulho da vida dentro da fortaleza e com lambidas para acorda-la de vez. Espreguiçou languidamente e olhou ao redor. Precisava encontrar sua tia .

Poderia não ter tanta sorte assim nas próximas noites. Tentou enganar a fome com uma cenoura e foi caminhando por ali e tentando conhecer o lugar ,quando os portões foram abertos, saiu e viu que ali era um lugar bonito. Precisava de cuidados, mas era um bom lugar para se viver.

Não era como DUNHILL ,mas se via que ali todos trabalhavam para viverem bem .

Ao redor da fortaleza tinha algumas cabanas com chaminés a todo o vapor. Algumas ovelhas pastavam por ali e algumas senhoras carregavam baldes de água.

Aproxima de uma cabana, disposta a saber alguma informação de sua tia Fiona. Caminhava entre a vegetação com Liv em seus calcanhares, tentando disfarçar a voz chama na entrada.

---Olá ! Bom dia senhora ! -- chama a atenção de uma mulher que mexia num fogão.

A senhora idosa analisa AVERY em meio a fumaça e se aproxima :

--- Garoto, você precisa de algo ?Parece faminto. Não tenho muito, mas se quiser posso dividir.

Com um sorriso,AVERY se junta a senhora e se apresenta como A,fazendo a pequena mulher ficar com o rosto sério.

--- Sabe ,quando se vive por tantas primaveras como eu , se aprende algumas coisas na vida e uma delas é saber o que é falso. E você parece-me um engodo mal contado...

AVERY engole em seco e com um sorriso amarelo, aceita uma velha caneca com líquido fumegante.

--- Você anda se escondendo não é verdade? Não precisa ter medo ou mentir para velha Tale.

Olhando assustada para o rosto enrugado da vellha senhora que tinha um jeito de olhar que desnudava a alma e isso era estranho...

--- Menina rebelde ! Não aceitou o destino que queriam-lhe impor e fez o seu futuro incerto. Pobre criança.

Dizendo isso, a mulher solta os cabelos de AVERY e a abraça com ternura. Sem saber o porquê que, lágrimas lavam seu rosto e um peso parece sair de seus ombros.

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OLÁ AMADINHAS...

DESCULPEM A DEMORA, FIQUEI SEM INTERNET 🙄

mas comentem, dêem idéias para o enredo pois ainda estou escrevendo...

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