Capítulo 13 - Plano de Ação

Escutar os berros de Erica perante quase toda minha equipe de segurança, logo no final da tarde, é algo que me extressa. Não gosto de algazarra, não gosto de desordem e nem que me desafiem. Eu sou o Alfa aqui! Acho que já é chegada a hora de me posicionar:

"BANG!!!"

O baque da porta de entrada do salão foi tão alto, que a parede atrás de mim tremeu, rachou e todos os meus homens levaram as mãos aos ouvidos. As vozes pararam, Erica se recompos e disse fazendo uma reverência:

-Grande Alfa, Seja bem vindo.

Caminhei enquanto eles me reverênciavam e me posicionei na minha cadeira bem ao meio do palco. O salão da alcatéia é grande, geralmente me reúno aqui para discutir os problemas mais sérios, as paredes de madeira são revestidas para que nenhum som escape daqui, claro, possuem também um toque de magica da Bába.

Um lobo que cuida da segurança norte da cidade se manifestou enquanto coçava as orelhas:

-Alfa, pra quê essa brutalidade?!

Ele riu e logo se calou quando o encarei olhando meio por cima. Me acomodei mais. É importante ressaltar, que há mesas com cinco cadeiras cada, distribuídas por todo o salão que é circular, e bem ao centro se encontra uma plataforma redonda com duas cadeiras de couro avermelhadas grandes e acolchoadas, ordenei que colocassem uma para minha Luna logo que senti o cheiro dela na cidade. Então me acodei

Tirei a camisa e disse, passando as mãos no cabelo:

-Minha Luna quase morreu hoje. Então,

Continuei nesta posição, ficçei meu olhar para eles e todos já nem piscavam quando meu único olho azul se intensificou, então aproveitei e disse:

-Eu quero saber apenas uma coisa: VOCÊS ESTAVAM SE FODENDO POR ACASO?!

Um dos lobos levantou a mão e disse:

-Tivemos invasões por todo lado hoje...Grande Alfa!

Ele baixou o olhar e fez uma pequena reverência.

Mantive minha posição relaxada na cadeira, o olhar fixo para eles e nada saia, ninguém ousava falar em cima de mim. O som das minhas cordas vocais faziam toda minha aldeia tremer, pelo menos é o que eu sentia. Erica se assustou tanto, que até derrubou a caneta do tablet no chão. Ela sempre costuma anotar e catalogar tudo que falo em pronunciamento, por isso a escolhi como Beta.

Então, como sempre, ela rapidamente me serviu um copo de Whisky e voltou a escrever. Minha raiva era tanta, que mesmo tomando Whisky os pelos negros de Bayster começaram a sair pelos meus braços e eu continuei, em alto e bom tom:

-EU ORDENEI A VOCÊS QUE FICASSEM DE OLHO NELA!! PARA NÃO ACONTECER, JUSTAMENTE, O QUE ACONTECEU HOJE.

Neste exato momento que minha vós esbranquecia a face de todos, inclusive a de Erica que anotava tudo parecendo um fantasma, o cheiro da minha Luna invadiu o salão. Todos se desconcentraram de mim farejando o ar, Erica olhou para a porta e sorriu feito uma criança, escutei o som da respiração de Mia atrás da porta do salão, antes de entrar.

Nada mais importava para mim, meus olhos se guiaram para a entrada e lá estava ela, toda bela usando a mesma blusa que eu havia colocado nela. Os cabelos completamente soltos, os pés descalços desfilando por entre os lobos. Sua pele macia parecia clamar por meu toque, seus olhos encontraram os meus com um brilho nítido e pela Deuza...

Logo que chegou a minha frente, eu automaticamente ameacei levantar, mas quando fiquei de pé ela me jogou na cadeira outra vez com apenas o toque de suas delicadas mãos, sem nenhum esforço, ela me calou ao subir e se encaixar no meu colo com as pernas afastadas.

Mia:

-Você grita muito Eytril...

Ela disse em um tom doce e eu perguntei:

-O que faz aqui minha Luna? Era para estar deitada.

Coloquei minhas mãos em seu quadril e mordisquei seu queixo, ela virou a cabeça meio de lado ainda olhando para mim e disse, a voz num tom muito sensual:

-Porque não continua o que estava dizendo?

Bayster rosnou dentro de mim, senti que queria devorá-la ali mesmo sem ligar para os outros. Mas aí me lembrei dos guardas que coloquei, e fiquei irritado. Ela sentou de lado no meu colo, Bayster estava enfurecido por ela ter saído:

-Como você saiu?

Myr tomou o controle de Mia, eu sentia isso apenas pelo aroma que ela emanava por estar no período sagrado dos lobos, ela me encarou e disse:

-Sério Bayster?! Achou que apenas quatro cachorros poderiam me deter?

Bayster:

-Eu mandei você ficar deitada.

Meu inconsciente mostrava que todos estavam apenas sentados, olhando tudo como um verdadeiro show. Tomei o controle antes que tudo fosse para um rumo diferente e a beijei. O sabor de seus labios me diziam que minha Luna estava de volta, então ela disse de uma forma muito meiga:

-Desculpe, ainda não sei como controlar a Myr.

Ao observar seu trage, ela mesma se aconchegou em meu colo arrumando as pernas ficando de lado. Erica se aproximou dela e disse:

Erica: É muito bom te ver acordada Mia!

Mia:

-Ah!!! Por quanto tempo eu apaguei?

Quando Erica quis responder eu intervi, olhando diretamente para os olhos de Mia, que não baixou o olhar e me encarou:

-Como você saiu?

Nesse momento Ben entra no salão afoito junto com os outros que estavam em casa, correndo atrás dele:

Ben:

-Alfa!!! a Mia, ela...

Mas ele parou quando a viu em meu colo. Todos me olharam, mantive a postura relaxada com Mia em cima de mim e continuei, mais e calmo mas dominante:

-Separem a segurança em quatro grupos. Quero 300 homens em cada. Dois grupos vão se dividir e proteger as fronteiras, o terceiro grupo formará defezas nas centrais da minha cidade, quero este grupo completamente armado com as balas de toxina que construímos e o quarto grupo, quero que cuidem dos cidadãos. Os que estão vigiando a Mia quero que se concentrem interamente nela.

Ela apenas me observava, eu a olhei e disse:

-Você não vai mais andar sozinha na cidade. Também não vai mais de bicicleta pra universidade.

Mia:

-Sou sua prisioneira agora Eytril?

Ela estava claramente com raiva, eu ignorei e a Bába entrou neste exato momento. Aproveitei e disse para Erica, enquanto a Bába se acomodava em sua grande almofada ao lado da minha cadeira:

-Erica, você vai acompanhar a Mia todo o tempo, quero que fique com ela até nas aulas e principalmente em casa, enquanto a mãe não chegar. Quando isso acontecer me avise e mandarei mais homens para vigiarem a casa.

Mia:

-Eytril eu te fiz uma pergunta!

Ela estava claramente irritada, tentou se levantar mas eu usei minha força a mantendo no meu colo e continuei:

-Bába quero que você e Erica também comecem os preparativos para nosso acasalamento, já perdemos um dia. Isso vai acontecer depois de amanhã a meia noite.

Bába:

-Já está atrazado querido! (Ela ri depois de dizer isso)

Mas Mia se soltou em pulo de mim, ficou a minha frente e eu vi um pequena mancha de sangue no lugar que minha mão estava em sua cintura. Ela não se importava em nada, então eu inclinei na cadeira e disse a encarando:

-Você se cortou.

Mia:

-Eu não precisaria me cortar se você não tivesse me prendido e me ignorado Eytril!!

Tentei ignorar virando para Erica e disse:

-Você também vai cuidar de todas as alimentações da Mia para o Ritual.

Erica a olhou, depois se voltou para mim e disse:

-Sim grande Alfa, pode confiar em mim.

Mia:

-Hei, Eytril!

Me virei, mas senti meu rosto arder. Minha raiva subiu e Bayster tomou o controle recendo do palco e indo até ela. Mia tentou se afastar mas eu segurei seu braço, ela o puxou de volta com força e disse:

-Acha que vou deixar você me dominar Bayster!! Eu não sou sua cachorrinha seu bastardo!!!!

Bayster tomou o controle, rounou e mais rápido que eu próprio pude ver, já tinha jogado Mia em meus ombros e antes de sair, ele me virou e disse:

Bayster:

-Reunião encerrada.

Do lado de fora Mia, ou melhor, Myr se debatia com raiva usando o corpo de Mia meio transformado em loba. Bayster estava com raiva mas ao mesmo tempo eccccitado

Myr:

-Seu bastardo me coloca no chão!!!

Ele não falava nada. Subiu na moto e a guiou até em casa com apenas uma mão. Mia gritava em meus ombros, e o xingava a todo momento. Subimos até meu quarto, Bayster não queria me devolver o controle e Myr também a não queria devolver.

Myr:

-BAYSTER!!!!!

E ela arranhava minhas costas me deixando completamente louco, eu literalmente estava salivando. Bayster apertou um botão que fica bem atrás do quadro acima da minha cama, é como eu disse: Tenho coisas que deixei para viver apenas com minha companheira.

Então, um par de correntes se soltou em cada lado da minha cama, Bayster jogou a Myr e eu estava louco para beber da Mia outra vez, então eu mesmo tomei o controle e a prendi na cama com Bayster chiando dentro de mim, Primeiro as mãos e depois os pés.

Myr:

-SEU BASTARDO!!! ME SOLTE OU EU VOU TE ENSINAR A NÃO ME IGNORAR OUTRA VEZ!!

Subi em cima dela já com as pernas afastadas e disse:

-Primeiro: Sou filho legítimo do Grande Alfa da Matilha Norte do país e da Grande Luna. A lua me abençoou com seu poder então não acho que sou um bastardo. Segundo:

Então eu vedei seus olhos, me aproximei dos seus ouvidos enquando sua face arrozava e disse, aos sussurros e bem lentamente:

-Hoje eu vou te ensinar, a nunca mais levantar a mão para mim, Mia.

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