Capítulo 10 - Calor

hoje eu decide acordar antes do horário da minha mãe, não quero continuar a discussão de ontem pois ainda são quatro horas e meia da madrugada. Exatamente as cinco horas eu já estava no quintal da frente olhando a rua e observando as árvores com meus pensamentos em Eytril...

"Ah Eytril..."

Me lembrei de quando ele invadiu meu quarto, a mesma sensação de prazer renasceu em mim e uma deliciosa eletricidade percorreu todo meu corpo me calsando arrepios. Peguei minha bicicleta e comecei a pedalar, senti o olhar da minha mãe nas minhas costas mas não me dei o trabalho de olhar para trás, até porque eu decide que vou comer na universidade.

Enquanto eu pedalava bem devagar e virava a esquina senti um perfume maravilhoso de gotas de eucalipto e grama molhada invadirem minhas narinas, um calor intenso começou a subir e crescer em cada parte do meu corpo. Parei a bicicleta por falta de ar e uma vontade absurda de arrancar minhas roupas apareceu em minha cabeça, de ficar nua... deitada na grama da floresta ao redor da cidade e receber a brisa da madrugada.

O cheiro começou a ficar mais intenso a cada instante que passava, não aguentei e larguei a bicicleta ali na grama mesmo ao lado da estrada e adentrei a mata..nada mais me passava pela mente, execeto a idéia de tirar minha roupa e encontrar um lugar fresco para deitar. Uns minutos se passaram e eu passei a correr o mais rápido que conseguia, sentia o vento nos meus cabelos e uma liberdade imensa para retirar minhas roupas.

Então uma brisa gelada bateu em meu rosto trazendo o mesmo cheiro intoxicante para meus pulmões, me fazendo parar no mesmo instante e jogar meu corpo na grama gelada. O ar a minha volta parecia se fechar cada vez mais, comecei a tirar minha roupa ainda deitada e logo senti o molhado da grama, o gelado do vento que parecia querer me possuir.

Fechei os olhos já com falta de ar, senti meus pulmões buscarem todo o ar a minha volta e meu coração palpitar. Minha parte íntima começou a latejar quando aquele maravilhoso cheiro me consumiu por inteira, parecia que estava me seguindo.. então não aguentei, minhas pernas estavam abertas e eu me entreguei totalmente aquele momento.

Primeiro um, depois outro...o cheiro de... soltei um gemido do ar e fechei meus olhos quando senti que estava próxima do ápice. Meu olfato se apurou, senti o cheiro molhado que saia de mim enquanto meus dedos se moviam mais rápido, sentia o cheiro das folhas, dos animais, do ar e o mesmo perfume de eucalipto e grama molhada, fatejei mais, mais e mais até ouvir em minha mente:

"-Senti teu cheiro do outro lado da cidade fêmea."

Era Eytril. Parei o estava fazendo, mas antes de abrir meus olhos os lábios de Eytril capituraram os meus. Mais uma vez ele segurou minhas mãos com toda sua força com apenas uma mão, quando senti a outra mão descer, olhei para ele mordendo os lábios. Eytril me encarou, abriu mais minhas pernas e disse:

-O que você estava fazendo?

Disse ele com um sorriso maroto, quando abri minha boca para responder ele mesmo moveu seus dedos em mim e eu voltei a fechar os olhos. Aquele mesmo calor subia cada vez mais, a cada minuto sentia os dedos de Eytril me tocarem por dentro, mas de novo quando eu estava quase no ápice, ele parou. Me olhou com um sorriso enorme e sem aviso desceu seus lábios até minha parte intima segurando minhas coxas com força e eu agarrei com minhas mãos o cabelo dele.

Percebi, quando pela terceira vez sentia que eu estava chegando perto, que o cheiro de antes estava vindo de Eytril. Quando finalmente me libertei, Eytril me farejou e soltou minhas pernas na grama. Eu virei de lado recuperando o fôlego e ele se deitou ao meu lado, depois de se limpar com a agua da garrafa na minha bolsa, que eu nem havia retirado das costas e disse:

-Na próxima vez não corra tanto.

Disse sussurrando ao pé do meu ouvido. Me virei apoiando em seu peitoral enorme e disse:

-Você esta sempre sem roupa?

Eytril:

-Não, mas senti teu cheiro no ar.

Ele virou a cabeça meio de lado, segurou meus cabelos pela nuca e tornou a perguntar:

-Porque estava se tocando sozinha?

Senti sua aura mudar novamente, seu olho ficou azul ficou mais forte e ele parecia bravo, foi neste momento que minha loba assumiu o controle novamente, segurou as mãos de Bayster com suas garras se soltando e em seguida ela fez uma coisa que nem eu estava esperando, ela o marcou também. Ele rosnou e quando ela parecia tomar o controle, ele a retirou de cima dele ficando por cima. Ela pareceu ficar com raiva, mas eu sabia que ela gostava disso mas sendo teimosa, sei que ela vai arritá-lo o máximo que puder.

Bayster a segurou com mais força e disse:

-Te fiz uma pergunta. Responda.

Ela o encarou, e dos meus lábios que ela controlava saiu:

-Não preciso de você para me aliviar.

Então os lábios de Eytril, que estavam sendo controlados por Bayster roubaram os de Myr,

Bayster:

"-Porque me mordeu se não precisa de mim?"

Ele a beijava com tanta intensidade que era palpável

Myr:

"-Porque não quero dividi-lo com mais ninguém."

Ele abertou seu corpo em cima de Myr, ela soltou um rosnado no ar e eu acabei rindo, sentia Eytril se divertir com tudo isso assim como eu, apenas assistindo tudo no inconsciente.

Bayster:

-Peça. Peça para eu devorá-la!

Ele disse olhando diretamente para ela, fiquei atenta por não conhecer o próximo passo que ele queria dar. Mesmo sendo bruto ele parecia respeitá-la, então fiquei mais tranquila

Myr:

-Nunca.

Ela rosnou e ele a beijou novamente, até que Eytril e eu tomamos o controle de nossas mentes outra vez. Depois que nos vestimos Eytril me levou até a universidade, quando veio se despedir sua vós estava mais branda e ele disse:

-Eu te pego mais tarde Luna, tenho que te levar a um lugar.

Passei no refeitório para tomar café, já eram sete horas mas eu realmente precisava comer. Mas quando eu fui beber meu café preto um cheiro horrível invadiu o local. Olhei em volta e todos já estavam correndo para as salas, pareciam não sentir nada e então percebi que aquele odor vinha de trás das minhas costas. Olhei para trás para ver se tinha alguém, e foi aí que vi a pessoa que eu mais odiava no mundo:

Matheo:

-Oi Mia..

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