Era uma realidade a qual eu não estava acostumada. Um policial desceu do seu carro de ronda e me ajudou a levantar, era alto e bem apanhada com os cabelos castanhos e mandíbula larga.
Polícial:
-Senhorita, está bem? Espere, eu tenho primeiros socorros aqui no carro.
Tão rápido como se esperava de um policial, ele já havia aplicado remédio e colocado um band aid no meu joelho. Quando ele colocou uma mão apoiando atrás do meu joelho para colocar o band aid escutei um rosnado não muito longe da delegacia, na verdade parecia vir de dentro. O policial olhou diretamente para trás, o que me espantou e me fez perguntar se ele estava bem. Ele disfarçou e disse:
-Mas diga senhorita, precisa de mais alguma coisa? Parecia aflita quando a vi cair da biblioteca..
Apontei para a entrada da delegacia, ele acenou com o chapéu e me conduziu para dentro. Confesso que achei bem mais limpo do que imaginava: a entrada é bem grande, um piso de madeira, paredes brancas, uma planta e dois sofás verdes e duas salas fechadas com vidros escuros. Ao fundo havia dois corredores postos um do lado do outro; um levava para a sala do delegado e o outro para as selas.
O guarda me conduziu até a recepção me perguntando o que aconteceu, pegou um papel e esperou que eu dissesse algo:
-Quero fazer uma denúncia.
Ele começou a escrever e me chamou para sentar ao lado dele, quando me aproximei e me acomodei aquela mesma sensação estranha de estar sendo vigiada voltou, mas antes que eu desse lugar a isso o guarda me perguntou:
-Continue.
Eu o olhei e disse um pouco estressada. Um cheiro familiar...farejei olhando para cima e em volta, isso tem se tornado um habito estranho mas não é algo que eu possa lutar contra, porque parece instinto.
Policial:
-Senhorita? Porquê não começa me dizendo seu nome?!
Eu olhei de volta como se tivesse sido puxada pra realidade e disse:
-Mia Matsumoto, 17 anos.
Ele murmurou "Humm..." e eu continuei:
-Minha casa foi invadida ontem.
Policial:
-O que roubaram?
Eu o olhei embasbacada, ele parou de anotar percebendo meu rosto corar. Me lembrei de Eytril passeando pelo meu corpo, suas mãos e seu corpo prenssando o meu, seus lábios e...meu deus, o que está acontecendo comigo? Levei as mãos ao meu rosto para esconder uma mordida involuntária, um calor intenso começou a subir, minha intimidade apertou na roupa íntima e à senti gotejar, minha menstruação se misturava com o cheiro e me enjoava, aquele odor acabou se espalhando pela delegacia inteira...minha parte intima... parace inchada? Isso é ridículo! O que aquele cachorro maldito fez comigo? Eu sempre fui-
Policial:
-Senhorita?
Disse ele colocando uma das mãos em meu ombro, não sei porquê mas eu enjoei este ato de gentileza e odiava, o que meu corpo estava pedindo. Fiz um som com a garganta e sacudi minha cabeça enquanto tive a sensação, de ver de rabo de olho, o policial cheirando o ar. Continuei:
-Bem, nada. É que... bem... foi um homem.
Ele voltou a anotar e perguntou:
-Oh então você viu o infrator?
Eu acenei e continuei:
-Ele...invadiu pela janela do meu quarto e...bem...fez...coisa comigo. Eu tinha acabado de sair do banho...
Ele ficou sério. Me olhou bravo e disse:
-O quê? Você sofreu um abuso? em MoonWolf?!
Ele parecia perplexo então eu disse:
-Bem, ele não foi até o fim e também olha só isso
Eu mostrei minha 'marca' para o policial e ele se aproximou sem tomar cuidado algum farejando o local da marca. Se afastou, olhou para o papel e disse com vós baixa:
-Quem te marcou desta forma Sr. Matsumoto?
Não, não pode ser, não no lugar em que eu achei ser seguro. Escutei a porta do delegado abrir no final do primeiro corredor, senti o cheiro de Eytril...Não, não, não, não! Fiquei desesperada, entrei em pânico porque a cada passo que eu escutava tinha mais certeza que era ele, me levantei bruscamente me desequilibrando e o policial em um movimento rápido me puxou para seu colo. Eu segurei meus cabelos com força e comecei a repetir:
-É ele, é ele, é ele...
Policial:
-Quem? Me diga o nome Mia...
Ele me olhou carinho e eu pulei do seu colo quando, na verdade ele me jogou quanto escutamos um rosnado forte vociferar pela delegacia:
Eytril:
-Eu, Ben.
Ben:
-Grande Alfa..perdão, eu não sabia.
Ele veio até mim. Me ajudou a levantar e disse:
Eytril:
-Venha a minha sala, tenho coisas a te dizer.
Fiquei com raiva, ela nasceu dentro de mim e se libertou:
-Não preciso de sua ajuda Eytril!!
Minhas mãos tornaram este momento mais estupefato para mim, o som do tapa no rosto de Eytril foi tão inesperado que ele acabou dando um passo para trás e eu aproveitei para escapar. Mas claro, na porta acabei topando com a Erica, ela me segurou para não cair e antes que ela dissesse algo eu apontei para trás na direção de Eytril e disse gritando:
-Você faz parte disso Erica? Hein?!!
Ela me olhou e disse embravecida:
Erica:
-Eu avisei para você Eytril! Eu disse que não seria-
Mas ela congelou. Senti um arrepio frio tomar meu corpo
Erica:
-Corre. Mia sai daqui!!
Eu olhei para trás e Eytril estava se transformando, Ben tentou segurá-lo mas foi jogado contra a parede. Eu corri até minha bicicleta e pedalei o mais rápido que pude, mas infelizmente eu estava sendo alcançada pelo lobo de Eytril. Direcionei minha bicicleta até a floresta Alpina e consegui pedalar até perto da minha casa, quando deci, antes de sair correndo e chegar no meu quintal, braços e um corpo desnudo me ergueram do chão.
Ele me deitou na grama e mordeu novamente minha 'Marca', separou minhas pernas e roçou sua parte íntima em mim, suas mãos agarraram meu rosto e ele me beijou. Contrai um gemido, ele se apertou em mim e minhas mãos me trairam segurando os cabelos da nuca dele. Ele liberou um gemido rouco no ar e disse, olhando em meus olhos:
-Mia, eu nunca vou te ferir. Eu queria dizer isso com mais calma mas,
Ele lambeu minha ferida a cicatrizando novamente e continuou
-Você é minha Luna. Mas, se bater outra vez...
Ele se apertou mais vezes em cima de mim massageando com as mãos meus seios:
-Vou fazer você calar, entendeu?
Ele me olhou. Eu retirei minhas mãos de suas costas e disse saindo de baixo dele, que não fez esforço para me segurar pela primeira vez:
-Eytril, eu não conheço você, fica me agarrando e me causando estas sensações... eu não sei o que fazer...
Comecei a chorar, ele tentou se aproximar e eu disse:
-Não Eytril, preciso de uns dias. Pelo menos para descobrir o que está acontecendo comigo
Eytril:
-Você é uma loba, como eu.
Eu olhei enchugando as lágrimas e disse:
-Desde ontem? Porquê tudo em mim está mudando rápido de mais desde que você me mordeu, e fez isso outra vez agora...
Ele se aproximou com cuidado, me levantou com carinho em seu colo, apoiou minhas costas em uma arvore e disse:
-A cada hora que me faz esperar, eu fico mais fraco, meu lobo não pode esperar mais.
Eu o acariciei no rosto, este ato de gentileza dele acabou me acalmando um pouco:
-Na próxima sexta eu vou fazer dezoito anos. Pode me conceber este pedido, grande Alfa?
Ele ficou sério novamente, me soltou e pulou no ar se transformando em lobo. Antes de sumir ele disse, ecoando sua voz em meu pensamento:
-Então voltarei na lua cheia.
A última coisa que vi foram seus pelos negros e seu corpo grande de lobo sumir pela floresta e eu? Bem, eu desejava estar com ele mas sabia que esta, é minha chance de abrir as coisas no sótão.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Mariana Velino
Que Hot foi esse
2024-09-23
1
Janete Mezzaroba .
parabéns,legal
2024-08-05
0
Edilaine Assis
muito bommmmm
2024-05-20
1