Capítulo 13

Betty

Eu não sei porque, mais o meu coração disse sim á essa ideia estúpida e ilegal do senhor Paulo.

Eu nunca o vi daquela maneira tão desesperado. Ele ama a Interprise, ao ponto de fazer qualquer coisa para não perde-lá.

E a reunião foi um sucesso, me lembro que essa semana eu nem comi direito, de tão nevervosa e com medo que eu estava. A dona Rosário ficou toda preucupada comigo, ao ponto de querer me levar ao médico, por não está comendo a comida toda.

Eu fiz os relatórios falsos para o senhor Paulo, mesmo com o coração no mão. Se alguém descobrir isso, além de eu perder o meu emprego, eu também posso ir para cadeia. Mais o seu Paulo me garantiu que ninguém descobriria. Nem mesmo o Rodrigo, seu sócio sabe. Só nós dois, apenas.

E enquanto eu aprenstanda os relatórios e as bolsas de valores na sala de reunião, fiquei com a barriga toda formigando, e as pernas tremendo. Principalmente, porque de uma lado tinha o Paulo e outro o Daniel. E não sei o que dizer, mais meu coração errava uma batida quando eu olhava para os dois.

E como se não bastasse, o Daniel me fez várias perguntas desconfiado e provocativa. Mais ainda bem que eu soube responder cada uma delas. Se ele soubesse o que eu e o seu Paulo fizermos, com certeza, seria o primeiro a nos denunciar.

E eu conheci o pai do seu Paulo, que é o Ricardo Marchesi. Agora eu sei, dá onde ele herdou tanta beleza e charme assim. O pai dele é um homem de poucas palavras, porém era intrigante e muito sábio quando abria a boca. E eu vi a dona Sophia toda hora, olhando para ele. Eu não sei se foi apenas impressão minha.

E ele me elogiou muito, junto com a dona Sophia. E eu fiquei tão feliz, e rindo atoa.

A sala começa a se esvaziar, e eu termino de tirar todos os equipamentos que eu usei.

Até que eu tomo um susto, quando a porta é fechada.

E olho para o Daniel, só podia ser ele.

E ele vem com um olhar de predador para cima de mim, e minhas pernas parecem sem força.

— Daniel, abre essa porta!

— Calma Beatriz! Eu jamais faria algum mal para você. Não sou nenhum monstro. Apenas fechei, porque eu queria falar a sós com você. Por acaso não posso?

Ele sorri, e isso me irrita.. affs! Tudo nele me irrita.

— Não, não pode! Não temos nada em comum para falar.

— Ah, temos sim! Mais do que você imagina.

— Porque não larga do meu pé? Fique sabendo que você não não conseguir me manipular! Acredito que o seu tempo seja precioso! Entã, não gasta com quem não está nem aí para você.

— Mais eu adoraria perder o meu tempo com você, só que na cama.

Eu o olho com raiva, pela audácia dele.

— Sai daqui Daniel, ou eu não respondo por mim! Para com esses joguinhos falsos.

— Não é joguinho.. mais já que você está fazendo de difícil! Eu posso pagar.

— Pagar?

O olho sem entender.

— Sim! Pago o dinheiro que você quiser, para se deitar comigo por uma noite apenas.

Minha mão voa no seu rosto, e dou um tapa na sua cara.

E ele segura as minhas mãos furioso e com agressividade.

— Eu não sou nenhuma prostituta! Se quiser uma na sua cama, vai para o bordel meu querido. Aposto que lá você irá encontrar um monte.. agora eu juro, que se você me incomodar mais uma vez, eu darei  uma joelhada em você, porque esse tapa no seu rosto foi pouco.

—Você irá se arrepender por isso Beatriz! Irá amargamente. E não sou eu que vou mais atrás de você, e sim, você que irá vindo correndo aos meus pés.

Gargalho alto.

— Isso é o seu sonho! Mais eu nunca vou fazer isso. Você não me agrada e muito menos me atrai como homem, acredito que eu muito menos para o senhor. Sejamos francos.

— Aé? Pena que o seu não corpo diz o mesmo..

Ele passa as mãos pelos os meus braços, e os meus pelos se arrepiam na hora.

— Guarda Beatriz, cada palavrinha que você falou! Porque eu nao me esquecerei. E odeio! Mais odeio mesmo ser rejeitado. E adoro um desafio..

Ele beija um lado do meu rosto, e sai da sala.

E eu passo a minha mão a onde ele beijou, com raiva.

Esse homem é louco por ter me fazido uma proposta dessa! Quem ele pensa que é? Eu jamais me venderia para alguém por dinheiro. E sim, com certeza ele só pode está brincando comigo. Ou me testando para ver se eu caio nos seus joguinhos. Porque oras, é patético! O que ele viu em mim? Não possuo uma aparência tão bonita, e o meu corpo.. não é nada magro e esbelto como dessas modelos que ele sai. Tenho pernas gordas e grossas, e cheia de celulites ainda por cima. E fora os meus quadrils, que são muito largos. Por isso que eu não uso essas roupas coladas no meu corpo, sempre uso as que ficam mais folgadinhas. Porque detesto ser alvo de atenção! Sempre fui invisível e nunca me importei em ser assim.

Saio da sala de reunião, ainda irritada com o que acabou de acontecer.

E vou para o meu escritório.

— Betty!

Paulo vem todo alegre e me abraça.

E o meu corpo todo se arrepia.

— Obrigada!! Meu pai adorou a reunião, e ele elogiou muito você.

— Ah senhor Paulo, não me sinto muito bem em ter mentindo dessa forma..

— Betty, Xiu! Fala mais baixo, podem nos ouvir. E não se preucupe, embora os relatórios são falsos, depois serão verdadeiros. Pois, com isso, eu ganhei um prazo de fazer algo para a Interprise voltar a ser o que era. E para comemorar Betty, porque nao vamos almoçar em um restaurante? É por minha conta! Eu pago, afinal de contas você merece.

Sorrio, sem acreditar.

— Sério senhor Paulo?

— Sim Beatriz, olha me encontra naquele restaurante da avenida A! Que eu vou ao seu encontro. Só vou dá uma passadinha em um lugar antes, e para não te deixar esperando aqui, é melhor você ir na frente.

— Tabom senhor Paulo, eu só vou me ajeitar e já estou indo.

Ele sorri para mim, e logo em seguida pega o seu telefone.

Ele sorriu para mim! Meu coração parece que vai sair pela boca.

Vou até o meu mini escritório, e ajeito a minha roupa.

Pego um dos meus perfumes, que tem cheiro de morango e eu passo por todo o meu corpo. Eu adoro cheiro de frutas, e todos os meus hidratantes e perfumes, sempre compro com esse cheirinho.

Passo um glos labial de trutti frut, e ajeito o meu cabelo.

Saio do escritório e já não encontro mais o senhor Paulo.

Encontro a fefe no caminho.

— Betty! Que bom que eu te encontrei, as meninas do pilotão não param de falar sobre você! Você irá almoçar com a gente?

— Ah Fefê, eu gostaria muito.. porém hoje não vai dar.

— Você vai almoçar a onde então?

Ela me endaga curiosa.

Cruzo os meus braços, não sei se eu conto o real motivo, ou não..  mais não tem nada demais em contar que o senhor Paulo me chamou para almoçar com ele. Afinal de contas, ele só está agradecido pelo o que eu fiz.

— Ah, eu vou almoçar com o senhor Paulo.

— Sério? Almoço de negócios?

— Não fefê, é de comemoração mesmo, pelo sucesso da reunião.

Sorrio para ela.

— Nossa! Você merece Betty. Mais cuidado para nao desmaiar ao lado daquele Deus Grego.

Ela sorri, e eu coro vermelha.

— Fernanda! Você e sua boca grande.

— Ué, por acaso eu estou falando alguma mentira? Uma pena, que ele esteja noivo daquela mulher insuportável.

— Fefê, eu preciso ir agora..

— Betty, já que você não vai almoçar com a gente, então podemos marcar uma reunião depois do nosso expediente? Você precisa nos contar todos os detalhes daquela briga sua com a Allana! Estamos curiosas demais.

— Mais a onde vamos se encontrar?

— Podemos ir para a minha casa!? eu vou ligar para a minha filha, e pedir para ela prepara um mini coquetel para gente.

— Você tem filha fefe?

— Sim betty, minha princesa já tem 17 anos! Inclusive, ela e a filha da dona Sophia, são melhores amigas.

A olho, sem acreditar. Jamais imaginaria que ela teria uma filha de 17 anos. Não porque ela tem a aparência de nova, mais também porque ela nunca tocou no assunto.

— Fefê, eu não conheço muito bem essa cidade, tenho medo de me perder..

— Relaxa betty! Você vai com a gente, e não vou deixar você voltar sozinha para casa.

— Bom sendo assim, eu posso sim.

Falo sorrindo e me despeço dela.

E eu pego o elevador e assim que eu chego no Hall, encontro a azeda da Patrícia.

E eu tento passar direto, e fingir que ela nem existe, mais a mesma começa a me provocar.

— Além de feia e gorda, ainda é barraqueira! Eu não queria te falar, mais nem pense em cantar vitórias antes do tempo! A allana está uma fera pelo fato do Paulo não ter te demitido, depois de tudo que você fez com ela!

— Pena, que não é vocês que mandam nessa empresa né? E quer saber, porque ao invés de tomarem conta da minha vida, porque não toma da sua?

Dou língua para ela, e vejo o seu rosto esquentar de raiva.

E eu a ignoro por completo.. não vale a pena gastar a minha energia com suas provocações baratas e chatas.

Saio da Interprise, e eu vou caminhando até restaurando, que fica na avenida ao lado.

E assim que eu chego, escolho uma mesa á dois.

— A senhora deseja alguma coisa?

Um garçom me atende educadamente.

— Não, muito obrigada, eu vou esperar mais um pouco..

Falo, olhando para o relógio em meu pulso.

E ele acena para mim.

Passa uns dez minutos e nada do senhor Paulo.

O Garçom passa aqui em 2 á 2 minutos, perguntando se eu quero algo. E eu já estou quase me estressando com o bichinho, que nao tem culpa de nada, pois só está fazendo o seu trabalho.

Meu telefone toca, e penso que é o Paulo, mais para a minha supresa é a dona Rosário..

Ela nunca me liga, só pode ter acontecido alguma coisa.

Eu atendo preucupada.

— Dona Rosário?? Aconteceu alguma coisa?

— Senhorita Beatriz Padilha?

Estranho, ao ouvir a voz de um homem.

— Pois não, sou eu mesma! Quem é que está falando?

— Bom, a paciente Rosário da Silva Aguiar, sofreu uma tentativa de derrame cerebral, por sorte não teve um AVC, eu liguei para senhora, pois o seu número estava no primeiro da lista de telefônico dela, logo cogitei que poderia ser a filha dela.

Meu coração começa a acelerar, não! a dona Rosário não..

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